Quarta, 8 de julho de 2020
E cada vez mais o cenário para a aplicação da 2ª fase do XXXI Exame de Ordem, no dia 30 de agosto, vai se tornando ruim.
Já temos dois grandes complicadores para a prova: as restrições impostas pelos governadores de São Paulo e Goiás até o mês de setembro:
Novo Decreto inviabiliza o Exame de Ordem em Goiás
Aulas em São Paulo só voltam em setembro: OAB pode adiar 2ª fase novamente
E agora temos mais um estado com restrições para o retorno às aulas até setembro: Piauí.
O governador Wellington Dias, publicou na noite de ontem um decreto com o cronograma detalhado para a retomada de todas as atividades econômicas no estado.
No cronograma, o fluxo de flexibilização considera três classificações conforme o impacto econômico e dependerá do risco epidemiológico avaliado por regiões assistenciais de saúde.
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No aludido grupo III de flexibilização, com retorno estimado para o período compreendido entre os dias 08/09 a 22/09, encontram-se as atividades educacionais. A justificativa é que essas atividades propiciam a propagação da doença.
Neste quadro, se a prova fosse no próximo final de semana, a prova seria impossível.
Evidentemente, ainda há um bom lapso temporal entre o dia de hoje para o dia da prova, e nesse meio tempo esses estados podem alterar os decretos, o que não é improvável.
Contudo, ninguém pode antecipar de fato o que os governadores irão decidir. E pela letra fria destes decretos, considerando o atual momento, a aplicação da prova resta inviável.
Detalhe!
Todos os principais dirigentes da OAB, em lives recentes, disseram que a Ordem NÃO VAI aplicar a prova de forma segmentada. Ou seja, a prova é unificada e será aplicada para todos ou não será aplicada para ninguém. Nenhum estado ficará de fora.
O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, o coodenador nacional do Exame de Orde, Alberto Simonetti e o presidente da Comissão Nacional de Educação Jurídica, Marisvaldo Cortez Amado, foram enfáticos quanto a esta possibilidade.
Qualquer informação contrária carece de respaldo.
Primeiro que não faz sentido aplicar a prova pelo país com a exclusão de São Paulo. Só este estado congrega praticamente 40% dos candidatos. Isso por si só torna inviável a aplicação nos demais estados.
Ademais, aplicar a prova em alguns estados mas não em outros implica em aumentar o custo de elaboração e aplicação da prova para a FGV. E ninguém pode se dar ao luxo de fazer isso em um período de crise.
Sugiro a leitura do texto abaixo:
Coordenador do Exame de Ordem está otimista com a aplicação da 2ª fase da OAB
Perspectivas
Não posso afirmar nada de forma categórica, especialmente em função de termos muito tempo daqui até a prova, mas começo a crer em um novo adiamento.
Até agora uma nova data para a prova, mantidas as restrições (e sem a superveniência de nenhuma outra restrição que vá até outubro) poderia ser o final de setembro. Ou seja: o adiamento não teria de ser tão grande assim.
Mas, quanto a isto, teremos de aguardar o mês de julho inteiro. A OAB não vai decidir nada agora, pois os cenários podem mudar tanto para pior como também para melhor.
A completa imprevisibilidade da pandemia é um grande complicador para todos. O momento agora é o de se ter paciência.
Não temos muito o que fazer.