Terça, 13 de novembro de 2018
Qual será o grau de dificuldade da próxima prova da OAB? Essa é a grande curiosidade de todo candidato que irá fazer a prova da OAB.
E a curiosidade tem uma raiz interessante: o grau de dificuldade da prova EFETIVAMENTE oscila de uma edição para outra. A FGV, por razões próprias, não mantém uma estabilidade quanto ao grau de dificuldade do Exame de Ordem.
Na realidade, a oscilação do grau de dificuldade na 1ª fase é que é a regra, e por isso é aberta uma margem para a especulação entre os examinandos.
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E o que esperar do grau de dificuldade da próxima prova?
Para fazer essa projeção temos que ter em mente dois aspectos essenciais.
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Fui bem nos simulados: estou pronto para a prova da OAB?
O primeiro é saber como foram as provas anteriores, a percepção dos candidatos e as estatísticas. Depois, entender como funciona exatamente a oscilação que a FGV impõe ao grau de dificuldade a cada edição.
Pois bem!
Primeiro é preciso deixar claro que a prova é SEMPRE difícil! Quando eu falo ?fácil? ou ?mediana? refiro-me a uma percepção estruturada a partir do que a prova é, ou seja, difícil. Ou seja, se a prova é mais ou menos difícil.
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Podemos categorizar, de acordo com a minha percepção, as provas objetivas dos Exames passados da seguinte maneira:
XX ? Prova mediana
XXI ? Terceira pior prova de todos os tempos
XXII ? Prova considerada boa, com alta aprovação
XXIII ? Pior prova de todos os tempos. Prova paradigmática, pois trouxe várias alterações.
XXIV ? Prova boa, com boa aprovação, mas não tão boa quanto a do XXII Exame.
XXV ? Prova difícil, especialmente em razão do grau de dificuldade nas questões de Ética.
XXVI ? Prova difícil, no mesmo padrão da prova do XXV Exame.
Observem que a FGV nunca repete um padrão por 3 edições seguidas. Trata-se inclusive de uma observação envolvendo o Exame desde 2008, quando criei o Blog. De fato, no Exame de Ordem não há manutenção de padrão, e isso remonta aos tempos do Cespe.
As provas do XX e XIX Exames foram difíceis, mas consideradas racionais. Essas provas foram bem elaboradas e não geraram controvérsias entre os candidatos.
Aí veio o XXI Exame, o prenúncio de que as coisas iriam piorar!
A primeira fase do XXI foi só terceira pior prova de todos os tempos, com 17,09% de aprovação (estatísticas exclusivas do Blog), contando com 2 anuladas de ofício. Se não fossem as anuladas, teria sido pior inclusive do que a do XXIII.
Na sequência, veio o XXII Exame, e tudo foi uma "maravilha", ao menos dentro da lógica da prova.
Já a primeira fase do XXIII foi a pior de todos os tempos, com uma aprovação pífia de 13,35%, ou seja, 86,65% de reprovação. E isso ainda na 1ª fase. Tivemos uma alteração de alto impacto na prova: a redução das questões de Ética Profissional, de 10 para 8.
Direitos Humanos também perdeu uma questão. Com isso Processo Penal, Processo Civil e Tributário ganharam, cada, mais uma questão.
Depois foram várias questões interdisciplinares, mais complexas do que o habitual e que também prejudicou muita gente.
Na prova do XXIV tivemos 47.693 candidatos aprovados na primeira fase, aproximadamente 37% de aprovação.
Na prova do XXV Exame, foram 26.783 aprovados, representanto, mais ou menos, 21,25% de aprovação.
E na última prova, do XXVI, tivemos vários problemas, como o gabarito errado em uma das provas, que o Blog denunciou, como também as duas questões repetidas de Filosofia do Direito, também identificadas aqui pelo Blog.
Gabarito da prova verde tem 4 divergências em relação aos demais gabaritos
FGV repete questão de Exame anterior no XXVI Exame. Anulação deve ocorrer
Está faltando criatividade para a FGV: Outra questão de Filosofia copiada
O gabarito foi retificado de ofício, como se esperava, mas as questões repetidas não foram anuladas. Aliás, nenhuma questão foi anulada, mais uma vez.
Com a publicação da lista de aprovados do XXVI tivemos 30.884 aprovados, o que deu um percentual de 24,90% de sucesso na 1ª fase, emulando, praticamente, o que foi visto no XXV.
Ou seja: duas provas com aprovações muito parecidas. E, claro, ambas difíceis.
A partir daqui, temos que considerar os seguintes elementos.
Primeiro
As duas grandes balizas para vocês avaliarem se estarão prontos para o XXVI Exame são as provas do XXI e do XXIII. Em termos de complexidade, e também sob a ótica da contemporaneidade, são as melhores balizas para vocês se sentirem seguros para a próxima prova.
As duas grandes balizas da 1ª fase: As provas do XXI e XXIII Exames da OAB
XXIII
XXI
Segundo:
A interdisciplinariedade, que prometia vir com tudo no XXIV, mal apareceu, quebrando as expectativas.Ela também não deu as caras no XXV e nem no XXVI. Provavelmente não dará no XXVII.
Terceiro:
Interpretar bem os enunciados passou a ser vital no Exame, especialmente porque a FGV já definiu que todas as questões agora são problematizadoras, ou seja, questões com o relato de uma situação-problema para o candidato apresentar a solução jurídica cabível à hipótese.
Como será, enfim, a prova do XXVII Exame de Ordem?
Um dos grande problemas do Exame de Ordem é não ter exatamente nenhuma consistência estatística. Ou seja, não dá para projetar o que vai acontecer em uma edição vindoura com base nas provas passadas. É bem verdade que ultimamente estamos vendo uma alternância no grau de dificuldade das provas, oscilando entre o fácil e o difícil, na seguinte lógica:
XIX - Fácil
XX - Mediana
XXI - Difícil
XXII - Fácil
XXIII - Difícil
XXIV - Fácil
XXV - Difícil
XXVI - Difícil
XXVII - Minha aposta: fácil!
Está na hora da FGV tirar o pé do acelerador e apresentar uma prova novamente dentro daquilo que os candidatos consideram fácil. Se a lógica da oscilação do grau de dificuldade for seguida, a FGV vai fazer essa modulação.
E não, não tenho certeza disto, por óbvio. Mas a explicação para acreditar nisso está toda aí.
Eu, no lugar de vocês, ficaria verdadeiramente animado e entraria forte na preparação nesta semana final.
O importante desta análise está em construir a confiança de vocês (ou quebrá-la, se a previsão fosse em sentido oposto. Como eu não passo a mão na cabeça de ninguém nunca, a avaliação é bem sincera) e é hora de fazer isso: fortalecer o espírito antecipando uma boa futura prova.
No próximo domingo descobriremos a verdade!