Planejando a sua edição 2019 da OAB!

Quarta, 2 de janeiro de 2019

Planejando a sua edição 2019 da OAB!

Muito bem! Começou 2019! Muitos de vocês ainda estão na curtição, aproveitando o verão e todas as alegrias a ele inerentes. Mas não podemos esquecer que a roda do mundo continua girando e que a preparação para o Exame de Ordem precisa ser pensada!

E pensar o Exame da OAB é o nosso negócio!

O ano acabou de começar e vocês terão 3 oportunidades de serem aprovados em uma das edições deste ano.

Segue abaixo o calendário EXTRAOFICIAL do Exame de Ordem. A OAB ainda não divulgou o calendário oficial, logo vamos trabalhar inicialmente com a projeção das datas:

Não preciso entrar muito em detalhes sobre a necessidade de planejar a preparação para a prova. Todo mundo sabe muito bem das dificuldades em ser aprovado na OAB.

O Ano de 2018 foi tenso quando o assunto é Exame de Ordem.

Tivemos 3 provas SEGUIDAS bem complicadas (XXV, XXVI e XXVII), e isso implica em assumir que o grau de dificuldade da prova cresceu ao longo deste último ano, tendente a se repetir em 2019.

Das últimas sete edições do Exame de Ordem, cinco foram muito difíceis, sendo que destas cinco temos três das quatro piores provas de todos os tempos.

Observem abaixo:

XXI Exame - 3ª pior prova de todos os tempos (recuperou seu posto ontem);

XXII Exame - Prova com alta aprovação na 1ª fase;

XXIII Exame - Pior prova da história;

XXIV Exame - Prova razoável, com boa aceitação entre os candidatos;

XXV Exame - Prova considerada difícil, com questões de Ética e Processo do trabalho complicadas;

XXVI Exame - Prova também difícil, com mesmo percentual de aprovação da prova do XXV;

XXVII Exame - Provavelmente a 4ª pior prova de todos os tempos, com muitas reprovações.

Nunca, nunca mesmo, até agora, eu vi 3 provas objetivas seguidas seguirem o mesmo padrão quanto ao grau de dificuldade. Tanto é que, quando fui analisar o futuro grau de dificuldade do XXVII Exame, achei que teríamos uma prova razoável, em função das provas do XXV e XXVI terem sido mais difíceis. A FGV não seguiu sua tradição de oscilar o grau de dificuldade, facilitando um pouco mais após duas provas complicadas, e resolveu bater ainda mais pesado no XXVII Exame.

Foi a primeira vez que isso aconteceu.

O nível médio de dificuldade da prova subiu e tem, pelo leitura do contexto que faço, se mantido estável.

A prova está ficando cada vez mais difícil, e isso é muito nítido.

Isso sem contar que o Exame vai inevitavelmente mudar neste ano, por conta do novo marco do ensino jurídico, homologado pelo MEC mês passado.

O Exame de Ordem já mudou! Vocês estão acompanhando?

MEC homologa a revisão das Diretrizes curriculares do Curso de Direito

Podemos dizer então que as estatísticas do Exame tem dois lados: o feio e o bonito. E, evidentemente, ninguém quer fazer parte do lado feio das estatísticas. E, para isto, é preciso PLANEJAR!

E o planejamento envolve a delimitação de alguns elementos básicos para o planejamento ser estruturado de forma correta, evitando que o candidato caia no "ciclo vicioso de reprovação".

O que é esse ciclo?

Um examinando entra em um ciclo quando ele reprova no Exame e não consegue encontrar tempo suficiente para estudar de forma adequada, vindo a reprovar sucessivas vezes. O tempo que falta não decorre do tempo que ele tem disponível em si mesmo, e sim dos curtos intervalos de tempo entre uma prova e outra. Ao reprovar em uma 2ª fase, já vindo de uma repescagem, por exemplo, o candidato terá pouco menos de 2 meses para estudar tudo de novo.

É pouco tempo, considerando, em especial, que ele só vinha estudando para a 2ª fase em duas edições seguidas.

Ou, o candidato vai reprovando somente na 1ª fase mas não consegue estudar direito para a próxima 1ª fase, entrando também em um ciclo de reprovação.

O objetivo é fazer a prova uma ÚNICA VEZ!

Então, como ponto de partida, o futuro examinando tem de se situar dentro do contexto. Para isto é preciso responder a uma perguntinha básica: "em que estágio eu estou diante das 3 edições deste Exame?"

A resposta depende, sempre, da situação acadêmica do candidato. Em princípio nós temos 3 situações possíveis (sem descartar outras, é claro):

1 - Acadêmico do último ano do curso de Direito, que vai fazer a prova pela 1ª vez;

2 - Recém-formado, que ainda não faz a prova, ou a fez 1 única vez, e agora PRECISA ser aprovado;

3 - Examinando que tem 2 ou mais reprovações no Exame.

Teorizando um pouco, são estes os 3 tipos de candidatos possíveis. E, para cada um, uma postura distinta contando o tempo a partir de AGORA.

Vamos planejar em conformidade com os possíveis estágios acadêmicos de cada tipo de candidato.

1 - Acadêmico do último ano do curso de Direito, que vai fazer a prova pela 1ª vez;

Quem ainda está na faculdade não carrega sobre si um grande peso: o da responsabilidade em ser aprovado.

Evidentemente, ser aprovado antes de se formar é excelente por si mesmo, mas o "peso" da aprovação, a famosa obrigação em ser aprovado não pesa sobre os ombros.

Aqui o candidato pode fazer a prova para ver como ela é, e, depois, estudar pesado para a edição seguinte, ou mesmo já partir para o ataque com tudo focando a aprovação logo de plano.

Duas ponderações!

A primeira é que para a prova de 7 de abril (previsão do Blog), ainda é possível iniciar a preparação. O lapso de tempo ainda permite uma preparação mínima o suficiente para ser aprovado, estudando todo o conteúdo. 

 

A segunda é que quem ainda está na faculdade tem um desempenho médio SUPERIOR no Exame em relação aos bacharéis. Vejam só esses dados da FGV:

"Outra variável considerada nesta avaliação é a escolaridade do examinando no ato de inscrição. Como evidenciado no Gráfico 13, as taxas de aprovação observadas foram maiores entre os estudantes de graduação do 9º e 10º períodos (respectivamente, 29,8% e 19,8% ? média de 24,8%) e do 5º ano (23,5%). Comparativamente, os bacharéis em Direito ? maioria no Exame ? apresentaram desempenho significativamente inferior (12,6%)."

A taxa média de aprovação no Exame é de 18,5%. Entre os estudantes que vão fazer a prova pela primeira vez a taxa é de 61%. Nem preciso dizer da obviedade de se fazer a prova assim que for possível. Entrou no 9º semestre já se deve fazer a prova, isso considerando que a partir do 8º semestre já é perfeitamente possível ao menos planejar os estudos para se entrar no 9º semestre com plenas condições de se submeter ao certame. È a faixa onde o percentual de aprovação é maior.

Estatisticamente é comprovadamente mais vantajoso!

2 - Recém-formado, que ainda não faz a prova, ou a fez 1 única vez, e agora PRECISA ser aprovado;

Bom, a faculdade acabou, a colação de grau veio, a beca foi usada e agora você virou gente grande e precisa passar na OAB.

Acabou a "brincadeira", por assim dizer.

Neste momento o fator emocional passa a pesar muito mais para um candidato. Claro, as reprovações anteriores, ainda na faculdade (ou mesmo o candidato não quis se submeter ao Exame) não pesam tanto assim, mas de agora em diante a brincadeira ficou séria e não há mais margem para erros: o planejamento é tudo neste momento!

Eis a questão: XXVIII, XXIX ou XXX Exames?

Considerando que os estudos AINDA vão começar, faço uma simples ponderação.

Para o XXVIII Exame teremos 3 meses até a prova. Dá para estudar tudo, mas vocês precisam começar AGORA isso! O prazo está bem apertado! É preciso, acima de tudo, ser pragmático, e direcionar os estudos em função da obtenção do melhor resultado POSSÍVEL, e o tempo neste momento é um fator crucial!

Projeto XXVIII Exame de Ordem - Incluindo entrevista individual com Maurício Gieseler

Já para o XXIX Exame, aí a preparação pode ser tranquila, com o uso de uma metodologia consistente de estudos com o fito de esgotar todo o conteúdo de forma adequada. 

De toda forma, a diferença entre uma ou outra edição é o tempo.

E aí vem a pergunta: qual é a melhor para vocês?

Não tenho a resposta de plano. Cabe a cada um, neste caso, ponderar direitinho e projetar qual a melhor escolha dentro das variáveis já estabelecidas. A pergunta a ser feita em busca da resposta correta é: para o XXVIII Exame o tempo restante será utilizado de forma responsável nos estudos, sem distrações e sem perda de tempo? A resposta e essa pergunta conduzirá para a escolha correta.

Depende de cada um.

3 - Examinando que tem 2 ou mais reprovações no Exame.

Aqui o quadro é bem mais nítido!

Quem vem de várias reprovações encontrou diante de si um obstáculo que precisa ser encarado com muita calma e, em especial, sem AFOBAÇÃO.

Se a reprovação é a regra, então é hora de admitir que a metodologia de estudo e o planejamento utilizados até agora não foram os corretos. Correto é tudo aquilo que leva à aprovação.

Aqui temos de considerar também o fator ansiedade. Quem vem de algumas reprovações não só está ansioso como sente muito mais a pressão, tanto a interna como a externa (parentes, amigos, mercado, etc.), e essa pressão atrapalha no desempenho durante a prova.

Considere, portanto, a necessidade de se preparar com mais CALMA, mais abrangência do conteúdo e mais tempo, focando o XXIX Exame de Ordem.

Sério? Logo o XXIX?

Sim!

Quem está tendo dificuldades, com mais tempo, poderá esgotar todo o conteúdo, reformulando a metodologia de estudo e criando para si a certeza de que a preparação, desta vez, será melhor conduzida, as chances de aprovação passarão a ser maiores.

E aqui o candidato também "foge" do ciclo de reprovação, ou seja, de sair de uma prova e entrar noutra sem ter o tempo ideal de estudos, ou seja, de esgotar todo um programa prévio de preparação.

Essa dica precisa ser considerada porque ela necessariamente, e de forma deliberada, gera a abdicação do XXVIII Exame de Ordem. Isso pode gerar uma certa dúvida ou ressalvas, pois uma oportunidade estaria sendo perdida.

De fato, essa é uma ponderação pertinente.

Por outro lado, a autocrítica neste momento precisa ser bastante séria, pois quem vem de reprovações sucessivas precisa identificar as razões pelas quais não consegue passar pela prova, e ter mais tempo não só de buscar e encontrar respostas, como também mais tempo para se preparar a fundo faz todo o sentido.

Pense com carinho, pondere sobre os prós e os contras, e faça uma escolha RACIONAL a partir desta reflexão.

Lembrando que o ano começou, e o tempo não para!