Segunda, 19 de novembro de 2018
Passei a semana passada inteira dizendo que não era possível que a prova objetiva do XXVII Exame de Ordem emulasse o grau de dificuldade das provas do XXV e XXVI Exames, pois a FGV nunca repete padrões por mais de três vezes seguidas na 1ª fase.
Minha projeção era no sentido de que a prova, portanto, seria mais fácil que as anteriores.
Acertei quanto ao fato da FGV não repetir padrões, mas errei quanto ao fato da prova vir a ser mais fácil: ela foi mais difícil, na verdade. Bem mais difícil.
A prova de ontem foi uma das mais complicadas do Exame, essa é a questão.
Muitas questões interdisciplinares, enunciados extensos e, não raro, truncados, que incomodaram bastante os examinandos.
Tivemos a questão de Ética, que provavelmente vai ser retificada, cujo enunciado é verdadeiramente complexo:
Ética Profissional: Questão do MS e do HC tem de ser RETIFICADA!
Tivemos uma questão de Direitos Humanos completamente fora do comum, e que certamente atrapalhou a vida de muita gente, pois seu enunciado era eminentemente eleitoralista:
Tivemos também uma questão de Administrativo com interdisciplinariedade em Previdenciário:
Curiosamente, uma questão com cunho previdenciário e outra com cunho eleitoral atraem a perspectiva do futuro do Exame, com a entrada exatamente dessas disciplinas em um futuro próximo:
Exclusivo! Posicionamento oficial da OAB sobre o novo Exame de Ordem
A temática de previdenciário e eleitoral já tinha surgido no XXIII Exame, que na época causou um rebuliço danado entre os candidatos. E, apesar de sua própria natureza, não há de se cogitar em anulações em função disto: as respostas guardam correlação com suas respectivas disciplinas, Direitos Humanos e Direito Administrativo.
As questões de Ética e Ambiental também estavam ruins, além de Processo Penal e Administrativo.
Enfim: foi muito complicada, certemente mais complicada se comparada com as duas difíceis provas anteriores.
Aí voltamos, para variar, na mesma ladainha de sempre: a prova da OAB é difícil e só faz piorar.
E é verdade!
A solução é a de sempre: estudar com antecedência, com método e com muito treinamento. Cada vez é mais difícil ser aprovado com apenas dois meses de estudo ou menos, tempo ainda usado por muitos candidatos para iniciar a preparação.
Afora a preparação precária, com material ruim, cursos "intensivos", cujo expectro de abrangência é pequeno e a profundidade na abordagem do conteúdo é rasa.
Recomendo, inclusive, o Projeto XXVIII Exame de Ordem, o curso do Jus21 para a próxima prova objetiva, cujo foco é, exatamente, a preparação com densidade e tempo adequados, afora a orientação individual e personalizada (feita pessoalmente por mim) dada aos alunos do curso:
Ou a preparação é feita da forma certa, com método, tempo e EMPENHO, ou o candidato enfrenta uma prova que fica cada vez mais difícil com grande dificuldade.
Observem bem: essa é a terceira edição seguida do Exame considerada difícil, só que MAIS difícil que as duas anteriores, que também não foram nada simples.
Hoje esse é o sinal que a OAB está mandando.
Interpretem esse sinal corretamente.