Terça, 19 de novembro de 2019
Quando as equipes da FGV elaboram cada prova subjetiva, elas elaboram também dois outros documentos FUNDAMENTAIS e intrinsecamente ligados à redação da prova: o padrão de resposta e o espelho da prova subjetiva.
O padrão de resposta surgiu, literalmente, por acidente!
Por um equívoco, no V Exame de Ordem, o padrão de resposta foi divulgado no site do Exame. Antes ele era uma referência interna da FGV para os corretores.
Após a publicação equivocada, resolveram publicar prova após prova para servir de baliza para os candidatos.
Duas semanas para a prova da OAB: O que é prioridade agora?
Quantas linhas a peça prático-profissional deve ter?
Até recentemente o padrão de respostas vinha com a pontuação, mas a FGV resolveu tirar essa informação dos padrões.
O padrão é publicado no dia da prova subjetiva e servirá de baliza para vocês terem uma IDEIA se acertaram ou não as questões e quantos pontos, aproximadamente, vocês poderão somar.
O espelho, divulgado apenas no dia do resultado, representa o CORAÇÃO da correção, a verdadeira baliza para os corretores da FGV. O que não estiver no espelho não pontua. E se não estiver como no espelho da prova subjetiva, também não pontua.
Prestem bem atenção no espelho abaixo. Há uma observação muito importante a ser feita sobre ele:
O espelho é estruturado de forma ENCADEADA, em regra seguindo a forma como os temas são distribuídos no enunciado da peça prática.
Confiram:
O espelho, por assim dizer, é a alma da prova, DERIVADO do enunciado da peça prático-profissional.
E saber isso pode ser útil de que forma?
Prestem atenção mais uma vez ao espelho: vejam como ele parece ser, em sua essência, com o ESQUELETO da redação que vocês vão fazer.
É isso!
Compreender ANTES o espelho e sua estrutura é fundamental para vocês PENSAREM na hora de montar o ESQUELETO da peça.
O esqueleto deve ser exatamente uma antecipação do espelho da prova subjetiva, feito de forma organizada, começando pela competência, partes, preliminares (se existirem), fundamentos (na ordem em que aparecem no enunciado) e o fechamento da peça.
Antes de iniciar a redação da peça, e mesmo das quatro questões, o candidato elabora seu esqueleto. Neste momento ele deve ter em mente o que é o espelho e, especialmente, que o grosso do trabalho intelectual está sendo efetivado. Como um esqueleto bem estruturado, fazer a peça torna-se muito mais fácil, rápido e, especialmente, seguro.
Como o esqueleto é um rascunho de estrutura, e redigido na folha de rascunho, vocês poderão errar, rabiscar e pensar sobre como deverá ser a peça. Ela, a peça, será redigida sem nenhum receio quanto ao que ela virá a ser, pois o esqueleto, emulando o espelho, será o guia da redação.
E é difícil "antever" o espelho? Dá para fazer o esqueleto a partir do enunciado sem maiores problemas?
Claro que sim!
Basta seguir a narrativa e ver que ela é pontuada por questões (problemas) diferentes. Cada problema distinto, e seus desdobramentos, representam um item do espelho da prova subjetiva, com fundamentação legal e teórica própria.
E digo sem medo a vocês que fazer um esqueleto é mais um exercício de atenção do que qualquer outra coisa, ou seja: não é difícil fazer, basta ler com calma a peça e pesquisar direitinho no vade mecum.
A prova da 2ª fase tem uma lógica, e ela está bem diante dos olhos de vocês. Com calma, o domínio sobre a prova pode ser exercido, e a aprovação será uma consequência natural desse esforço.
Reforcem o treinamento com foco na construção e entendimento do esqueleto.