Segunda, 21 de setembro de 2020
Faltam, no mínimo, 4 meses, para conhecermos como será mais uma edição da prova objetiva da OAB.
E diante de tantos adiamentos em razão da pandemia da Covid-19, batemos ainda mais forte na pergunta: a prova será mais fácil ou mais difícil do que as anteriores?
6 pontos fundamentais sobre o Simulado para a OAB
Tecnicamente falando, existe uma forma de se avaliar que pode dar uma visão MUITO consistente sobre como será o desempenho na próxima prova, mesmo que ela venha bem difícil.
NOTA: Não dá para saber se a próxima prova será difícil ou não, mas com certeza será a prova com o RECORDE de inscritos.
O futuro XXXII Exame de Ordem pode ter um recorde de inscritos
Já há algum tempo não existe uma correlação direta entre quantidade de inscritos e o nível de dificuldade da prova, e isso é demonstrável estatisticamente. Contudo, em função do momento, eu ficaria alerta quanto a esta futura prova como precaução.
Pois bem!
Considerando como balizas técnicas - com alto grau de dificuldade - temos as provas dos XXIII, XXVII e XXXI Exames.
Gabarito da prova do XXIII Exame de Ordem
Gabarito da prova do XXVII Exame de Ordem
Gabarito da prova do XXXI Exame de Ordem
Essas são, sob a minha ótica, as grandes balizas atuais da 1ª fase da OAB. Aqui temos a convergência do grau de dificuldade com a contemporaneidade das provas.
Foram as edições com desempenhos estatísticos muito ruins dentre todas as provas, tanto da FGV como também do tempo do Cespe.
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E é EXATAMENTE por isso que elas são, sem a menor sombra de dúvida, um grande marco teórico para a avaliação de qualquer candidato.
Curso para 1ª fase do XXXII Exame de Ordem
Quem as resolver e conseguir superar os 40 pontos tem grandes chances de repetir a façanha na futura prova do XXXIII Exame de Ordem, a ser aplicada provavelmente em fevereiro de 2021.
Quando teremos a 1ª fase do XXXII Exame de Ordem?
Agora sim estou animado com a volta do Exame da OAB!
Em 1º lugar como pior prova de todos os tempos nós temos o XXIII Exame de Ordem, cuja aprovação foi de 13,35% na primeira fase, sem anulações.
Em 2º lugar temos ainda o IX Exame Unificado, com 16,67% de aprovação na 1ª fase, contando com as 3 anuladas de ofício.
Observação: o IX fica de fora como baliza por estar muito longe no tempo, com conteúdo jurídico já muito defasado. Não serve hoje como baliza de avaliação.
O 3º lugar ficou com o XXI Exame, quando apenas 17,09% dos inscritos foram aprovados após as duas anulações de ofício naquela oportunidade.
Observação 2: o XXI já está ficando também meio longe no tempo. Então resolvi descartar essa edição. Em breve tere de descartar também o XXIII, pelo mesmo motivo.
No 4º lugar temos o XXVII Exame de Ordem, que teve 18,89% de aprovação (23.614 aprovados) dentre os 125 mil inscritos, encontrando-se no rol das piores provas.
E, por fim, temos o XXXI, que não foi tão ruim quanto as demais, mas também não só foi complicada como também representa um marco no Exame de Ordem, por ser a prova com maior apuro técnico da história da OAB. O percentual de aprovação foi de 21,94%, em um total de 28.531 aprovados.
Aliás, recomendo que vocês vejam o vídeo abaixo, onde apresento todos os detalhes técnicos da última prova:
E qual é a ideia envolvida em resolver essas três provas?
Neste momento ter essas provas em mente serve para vocês, que iniciarão os estudos, saberem qual são as referências prévias para a prova, ou seja, qual o nível de excelência a ser atingido.
Isso é muito importante em termos de preparação!
Uma reflexão!
Há de se considerar que a prova do XXIII está um pouco mais longe no tempo, sem reforma trabalhista e outras alterações legislativas importantes.
Por isso, pensando em proporcionar ainda mais precisa sobre a próxima prova, vocês podem colocar como referências as duas edições também importantes: XXIX e XXX Exames.
Gabarito da prova do XXIX Exame de Ordem
Gabarito da prova do XXX Exame de Ordem
Tanto o XXIX como o XXX Exames foram provas difíceis, dentro da lógica de evolução do grau de dificuldade da prova que vimos surgir a partir do XXV Exame de Ordem. E têm a vantagem de serem as provas recentes para consulta.
Ir bem nas provas do XXIII, XXVII, XXIX, XXX e XXXI Exames proporcionará uma visão mais acurada sobre o futuro XXXII Exame, não só considerando aqui o grau de dificuldade como também a contemporaneidade do conteúdo.
Na realidade, as últimas três edições seriam melhores como balizas em função de serem as mais recentes.
Mas, por outro lado, a prisma estatístico não pode ser ignorado, e as provas do XXIII e XXVII foram, de fato, horrososas, e ainda não estão muito longe no tempo. Não o suficiente para serem descartadas no momento.
Mas se o desempenho não for bom ao resolvê-las?
Aqui fazemos três considerações:
1 - Vocês devem considerar que essas três provas foram das piores já aplicadas, o que não significa que a próxima prova será exatamente no padrão delas. Como exemplo temos a prova do XXVIII Exame de Ordem, que foi a mais fácil dentro da última sequência de quatro provas (XXV, XXVI, XXVII, XXVIII, XXIX e XXX);
2 - Existe o risco (real) de um resultado negativo assustar o candidato, e mesmo desmotivá-lo. Logo, é necessário ter um mínimo de segurança emocional para fazer isso e ENTENDER de que resultados podem ser relativisáveis, e que um mesmo desempenho ruim não será necessariamente o mesmo desempenho no dia da prova;
3 - Um eventual resultado negativo tem SEMPRE um lado positivo: apontar as deficiências! E fazer essa descoberta, nesse momento, seria algo muitíssimo interessante. Nesses 4 ou 5 meses até a próxima prova vocês podem atingir um nível de EXCELÊNCIA. Para isto basta iniciar agora a preparação e estudar com seriedade.
4 - De todas as provas apresentadas, a mais importate, seguramente, é a do XXXI Exame. Ela é reflexo de uma guerra ocorrida no XXX Exame, uma prova cheia de falhas, e na minha opinião o XXXII copiará o que foi a 1ª fase do XXXI.
Sempre considero que é melhor ir plenamente consciente do próprio potencial para a prova do que esconder de si mesmo a realidade. O candidato que estuda e treina de forma estratégica NÃO foge da realidade e nem mascara o próprio desempenho. Ele ataca os problema para poder melhorar de forma objetiva o seu desempenho final.
Eu acrescentaria também para a avaliação de vocês as questões de Ética, Direito do Trabalho e Processo do Trabalho do XXV e do XXVIII Exames de Ordem:
Gabarito da prova do XXV Exame de Ordem
Prova do XXVIII Exame de Ordem
Gabarito da prova do XXVIII Exame de Ordem
Isso porque as questões de Trabalho e Processo do Trabalho estão atualizadas com a reforma trabalhista e também porque as questões de Ética destas provas foram ESPECIALMENTE difíceis. Tão difíceis que jogaram a pontuação média dos candidatos para quase metade do que eles usualmente fazem, isso tanto no XXV como no XXVIII.
Ou seja, o nivelamento e avaliação feitos por cima, sem máscara e nem ilusões.