Segunda, 18 de maio de 2020
A grande maioria dos estudantes, e não só para a OAB, comete um erro grave quando estão estudando: não avaliam a retenção da informação ao longo da preparação.
Deixam para observar se o estudo foi eficiente quando chega a hora da prova. E, verdadeiramente, este é o pior momento para se fazer isso.
Com tantas incertezas sobre o calendário de provas deste ano e a possibilidade de novo adiamento da 2ª fase do XXXI Exame em razão da pandemia, fica difícil criar um planejamento de estudos eficiente, eu sei. Sei também que muitos de vocês acabam protelando a preparação, aguardando um sinal. E este é um baita ERRO!
Como reiteradas vezes disse aqui no Blog, essa crise trouxe uma vantagem para quem está estudando, seja para OAB, concursos ou buscando uma especialização para se readequar ao novo mercado da advocacia que já está começando a despontar.
O futuro do mercado de trabalho na advocacia
A importância da especialização profissional em época de pandemia
O momento é de aproveitar a onda e surfar! Não dá para correr o risco de esperar a maré baixar e depois perceber que ficou quilômetros atrás em um caminho que poderia ter sido percorrido com mais facilidade.
Ficar estagnado neste momento é perder todo o conteúdo que já foi estudado. Se você já vem estudando, quando as datas forem definidas, certamente terá que correr estudar todo conteúdo, desde o início. E isso é muito ruim, porque talvez o calendário seja tão apertado que não dê tempo de estudar tudo o que deveria.
Para quem vai iniciar os estudos agora, entendam uma coisa: tempo nunca é demais para quem está estudando. A matemática é simples: estudo + conteúdo absorvido - margem de erro na prova= maiores chances de aprovação. Simples assim.
Daqui até a data da prova vocês terão tempo suficiente para estudar, revisar e corrigir eventuais falhas.
Na hora da prova isso não será mais possível: ali é tudo ou nada!
Estudar não é só assimilar o conteúdo: estudar é algo mais complexo do que isto!
E o é porque é necessário mensurar o desempenho, verificar falhas e as razões destas falhas e avaliar se o progresso segue em um ritmo adequado.
Curso Completo para a prova do XXXII Exame de Ordem
No curso completo para o XXXII Exame de Ordem TODOS os alunos têm uma entrevista individualizada e o acompanhamento personalizado da mentoria, pois cada aluno tem particularidades próprias, e o estudo necessariamente tem de respeitar o perfil do aluno, de forma a garantir o máximo de eficiência na preparação. O Projeto tem 300 horas/aula, com teoria e questões, simulados, mentoring individualizado para acompanhamento semanal do aluno, cronograma de estudos e plantão de dúvidas.
As matrículas estão abertas.
A gestão dos estudos é tão importante quanto o estudo em si, principalmente nesta época de pura instabilidade.
A questão é: vocês estão estudando certo?
Existem muitas formas de avaliar se o estudo está sendo eficiente e se ele vai corresponder à expectativa do estudante, ou seja, se ele será o SUFICIENTE para que o objetivo seja atingido.
Vamos a elas!
1 - Simulados
Um simulado não mente! Ele dá a resposta exatamente em função do que o estudante tem a oferecer. Claro, simulados possuem níveis diferentes, e sempre é importante fazer aqueles capazes de gerar um desafio para o examinando.
Simulados fáceis, com questões não muito complexas, geram uma falsa percepção quanto ao desempenho. Por isso a baliza da dificuldade deve ser sempre a maior possível, exatamente para puxar o nível do estudante para cima, obrigando-o a se preparar mais e melhor.
Ou ponto importante é o de não se contentar com apenas um ou dois simulados: uma visão abrangente da preparação e sua eficiência depende de uma série de simulados, até mesmo para se avaiar a progressão na preparação.
Aqui um ponto importante!
NUNCA um simulado, tomado de forma isolada, proporciona uma visão panorâmica da preparação do estudante. É preciso fazer no mínimo uns 3 ou 4 simulados para que a MÉDIA do desempenho sirva de baliza.
Isso é importante, pois um só simulado abarca um universo restrito do conteúdo, e seu resultado tem alto potencial de gerar uma percepção errada da preparação. Fazer 3 ou mais simulados, e ter uma média boa de desempenho em todos, já proporciona uma visõa mais abrangente do potencial de conhecimento do estudante, o que é melhor em termos de autoavaliação.
2 - Interpretação
Um candidato bem preparado precisa desenvolver uma intimidade com o tipo de questão que vai defrontar.
Aqui é uma questão de especialização.
Quem vai fazer o Exame de Ordem, por óbvio, irá resolver muitas questões.
É necessário, claro, se familiarizar com elas.
E isso ocorre quando o SENTIDO dos enunciados e alternativas são compreendidos. Sem essa familiaridade, essa "sintonia fina" quanto as questões, o processo de estudo fica relativamente comprometido, pois o conhecimento (do estudo) precisa ser transposto com fluidez para a resposta de cada pergunta que é apresentada.
Hora de aperfeiçoar os conteúdos jurídicos mais importantes para seus estudos!
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Tenham em mente que as questões da prova objetiva da OAB são, preponderantemente, problematizadoras, ou seja, questões em que a solução a ser ofertada depende antes da compreensão de uma situação-problema apresentada no enunciado da questões.
Compreender, portanto, o sentido da pergunta, e o sentido da resposta, é fundamenta.
Aqui vou até um pouco além da prova objetiva, para mencionar a prova subjetiva do XXVI Exame de Ordem em Trabalho.
O quão nojenta foi a peça de trabalho do XXVI Exame de Ordem
Um enunciado intrincado comprometeu o desempenho dos candidatos. Nas redes sociais não surgiu um examinando que não tenha gostado da prova.
Tecnicamente ela não continha erros, mas sua cognição não estava das melhores, e isso pesou muito.
Entender é fundamental, e isso só é obtido com uma prática real do conteúdo.
3 - Evocação
Como saber, de forma decisiva, se o um método de estudo presta?
Simples!
O candidato tem a capacidade de, a qualquer momento, avocar a informação, chamá-la para o plano conciente e ser capaz de explicar o conceito.
E isso sem consultar nenhuma fonte externa.
Esse é, sem dúvida, o teste definitivo para averiguar se o método de estudo é eficiente.
E, claro, é o mais difícil de fazer.
Em regra, um estudante consegue evocar uma informação quando está resolvendo uma questão e o conteúdo lhe está sendo apresentado. Ele lê as alternativas e, por associação com a memória, intui qual é a opção correta.
Chamar a informação de cabeça, sem consultar nada e sem ter uma fonte que dê uma pista de qual seria o conteúdo certo a ser lembrado é algo bem mais difícil, que exige um domínio maior do conteúdo.
Essa habilidade, ou nível de domínio, é melhor explicitado quando se consegue dar uma aula sobre o que se estudou. Se a lembrança for estável, a aula é fluída. E isso, na hora da prova, tem um valor inestimável.
4 - Cognição
Existe uma SIGNIFICATIVA diferença entre memorizar e interpretar.
Muitos métodos apostam em mnemotécnicas, ou seja, na fixação acrítica de conteúdo.
Isso hoje em dia não serve para mais nada. Quem DECORA não consegue evoluir em um problema que envolva uma situação hipotética a ser resolvida.
Essas metodologias precisam ser abandonadas.
A cognição, ou o domínio do conteúdo, se faz de forma CRÍTICA, ou seja, pensando o problema junto com sua aplicabilidade jurídica. E isso só é obtido de forma reflexiva, quando o candidato pensa o problema.
Obvimente, isso demanda uma metodologia que vá além da mera memorização e também, por certo, mais tempo de estudo.
Isso significa dizer que qualquer método de estudo simplificado, acelerado ou similar simplesmente não presta. Estudar demanda tempo, foco e reflexão, e não tão somente a fixação robótica de conteúdo.
Se você consegue refletir sobre o que estudou, está no caminho certo. Se você apenas decorou, com o uso de mnemotécnicas, isso vai lhe custar um preço alto com questões um pouco mais elaboradas.