Quarta, 13 de setembro de 2017
Quais peças podem cair na prova da OAB? Essa é uma pergunta universal para quem vai fazer a prova subjetiva da OAB. Na véspera da prova muitos candidatos saem em busca de um palpite quente, de uma certeza em relação a uma peça mais ou menos certa para a prova do domingo.
E fazem isto visando, em especial, treinar essa peça - ou poucas peças específicas - de forma mais intensa, apostando fortemente na probabilidade dela(s) serem cobradas.
Eu nunca gostei de palpites.
E nunca gostei por uma razão bem simples: quase nunca eles se concretizam. Pior, projetam o foco da preparação em pontos específicos, fazendo o candidato ignorar o todo.
Sem medo de errar eu digo: não criem expectativas quando ao que pode cair.
Fujam disto!
NINGUÉM no mercado da OAB jamais acertou uma peça duas vezes seguidas, e são raros os que acertam sequer uma peça em apenas uma edição.
De acordo com o planejamento que vai ser sugerido para a última semana, vocês terão um dia para trabalhar a formulação de todas as peças práticas possíveis em suas respectivas disciplinas.
E esse é o caminho, pois o candidato que procura ter a certeza de que sabe preparar qualquer peça é exatamente o candidato que corre o menor risco de ser surpreendido.
Compensa demais gastar um dia ou dois só para treinar o fundamento e os detalhes de cada peça, trabalhando isto de cabeça e, claro, com o apoio do vade mecum.
Uma vez ou outra algum professor chuta e acerta a peça prática, mas nunca vi ninguém acertar duas vezes seguidas, como também ninguém é "campeão" de acertos. É tudo muito errático.
Uma coisa é fazer uma análise estatística do que já foi cobrado, outra, adivinhar algo que só a banca sabe:
Incidência e frequência das peças mais cobradas na OAB
A banca não costuma inovar muito, é verdade, mas nada a impede de cobrar uma peça não muito usual, desde que prevista no edital. E, volta e meia, isso acontece.
Saber se virar, independentemente da peça apresentada, é o ÚNICO caminho!
Aqui, neste ponto, o candidato precisa reconhecer algo simples: o desejo de adivinhar é resultado da expectativa, do nervosismo. Ficar nervoso, com borboletas na barriga e tudo o mais, é algo absolutamente normal.
Existem dois tipos de candidatos absolutamente tranquilos: os que sabem que não sabem nada e os que têm certeza de que sabem tudo.
Não saber nada, não ter estudado bulhufas não deixa ninguém ficar nervoso. Já saber tudo é para poucos, muito poucos. A maioria está em um estado intermediário, oscilando entre saber pouco e saber muito, mas sem grandes certezas.
Repito: ficar ansioso é normal e faz parte do jogo. Só não deixem isso dominá-los por inteiro. Trabalhem a convicção de que estão bem preparados para ajudar no controle da expectativa.
Simples: Ninguém sabe! Fujam das adivinhações, pois vocês não têm nada a ganhar com elas.