Segunda, 23 de dezembro de 2019
Vamos aos números, e os números não mentem!
Observem alguns pontos interessantes que convergem com a ideia de que as várias falhas nas provas desta segunda fase são responsáveis, ISOLADAMENTE, pelo aumento da reprovação nesta segunda fase.
Na segunda fase do XXIX Exame de Ordem tivemos um total de 53.510 candidatos habilitados para fazerem a prova (Incluindo os candidatos da repescagem). Destes, ao final, 27.681 foram aprovados. O percentual de aprovação foi de 51,73%.
Agora, na 2ª fase do XXX Exame de Ordem, o total de candidatos habilitados para a prova foi de 51.418. E agora, com a publicação do resultado preliminar, o total de aprovados foi de 20.501. O percentual de aprovação foi de 39,87%.
O Provimento oferece a quem precisa a minuta de um recurso feito de forma individualizada, técnica, para exatamente oferecer uma fundamentação que tenha chances reais de sucesso. E isso feito por quem realmente entende de Exame de Ordem.
Ou seja, tivemos uma quantidade equivalente de candidatos na 2ª fase (53 mil/51 mil) nas duas edições, mas o percentual de reprovação foi bem discrepante (51%/39%).
A edição passada, do XXIX, aprovou SETE MIL candidatos a mais do que a atual prova.
Sete mil foi a diferença, não é?
Vejam agora a curiosidade: quantos candidatos mesmo foram signatários dos abaixo-assinados que o Blog conduziu reclamando de falhas graves nas provas de Constitucional, Trabalho e Civil?
Em Civil foram 1.317 assinaturas.
Em Constitucional foram 1.153 assinaturas.
Em Trabalho foram 3.701 assinaturas.
Tivemos um total de 6.171 assinaturas em 3 diferentes disciplinas.
Como é que é? Uma prova para a outra tem uma diferença de 7 mil aprovações, e os abaixo-assinados juntaram mais de 6 mil assinaturas, isso em provas com quase a mesma quantidade de candidatos?
Pois é! Vocês acreditam nisso?
Vocês acreditam em coincidências?
Eu não!!!
As falhas nesta segunda fase, especificamente nestas disciplinas (falhas manifestas, explícitas e insofismáveis) reprovaram candidatos que TINHAM TUDO para serem aprovados!
Os candidatos não foram avaliados: eles foram reprovados porque os erros nos enunciados os INDUZIRAM AO ERRO!
Isso está manifestamente escancarado!
A OAB errou em anular as questões apontadas nos abaixo-assinados. E a quantidade de signatários converge fortemente para a diferença estatística entre as duas edições, tecnicamente muito parecidas.
Está na cara que a reprovação mais elevada nesta edição tem pai e mão: OAB e FGV!
A FGV faz questões sofríveis e a OAB, MAIS UMA VEZ, passou a mão na cabeça da FGV e sustentou falhas, mais uma vez, manifestas!
REFORÇO TUDO o que escrevi mês passado sobre a condução do Exame de Ordem: a OAB perdeu a mão na condução da prova.
OAB perde a mão e qualidade do Exame de Ordem despenca
A qualidade despencou porque a banca não ajusta os erros. A banca sustenta seus erros para parecer que não erra.
O propósito da prova não é avaliar as condições mínimas para o exercício da advocacia?
Na teoria, sim. Na prática, não é bem o que estamos vendo.
Quero ver se nos recursos võa manter essa postura e sustentar seus próprios erros.
Erros manifestos!
Erros indefensáveis!
Erros que, mais uma vez, só servem para solapar a legitimidade da prova.
Inacreditável!