Ela tirou 10 na última prova subjetiva: as lições (e a prova!) de Ana Carolina para a 2ª fase da OAB

Terça, 5 de janeiro de 2016

Essa é a Ana Carolina, aprovada agora no XVII Exame de Ordem, ou seja, na última prova da 2ª fase. E ela foi aprovada com muitos méritos, pois fez bonito e fechou a prova, tirando 10, a nota máxima.

Não é algo muito raro, pois em todas as edições alguns candidatos conseguem tirar a nota máxima, mas é algo muito significativo para o próprio candidato e, por que não, inspirador para quem vai fazer a próxima prova. Afinal, se um candidato consegue, os outros também podem conseguir. Ou, se não conseguirem, ao menos que sirva para inspirá-los o suficiente para que ao menos a nota 6 seja obtida. Na prática, 6 e 10 conduzem ao mesmo destino.

Ana Carolina enfrentou as mesmas dificuldades que todo e qualquer candidato enfrenta.

Vamos ver um breve relato dela sobre sua própria aprovação:

Passei no XVII exame da OAB, aos 20 anos (hoje já me encontro com 21), na primeira tentativa, durante o 9º semestre.

Passar na OAB era muito importante para mim, e eu enxergava como uma obrigação, então sempre me pressionei bastante (eu sempre fui a que mais me cobrei durante os estudos), principalmente por ter meu irmão, que também passou aos 20 anos, logo, ele com certeza foi a minha maior inspiração.

A primeira fase eu fiz durante as férias, passei as férias de julho estudando, quando soube do resultado, logo em seguida já comecei a me preparar para a segunda fase, pois sabia que havia alcançado apenas metade do meu objetivo, portanto, não me acomodei.

Como fui aluna do CERS, particularmente achei o ritmo de estudos para segunda fase bem mais pesado e cansativo, ainda mais porque tive que conciliar faculdade pela manhã e estágio pela tarde, tive que deixar minha monografia um pouco de lado e me dediquei exclusivamente para OAB.

Escolhi Direito do Trabalho por ser a matéria que sempre me identifiquei durante o curso, sempre foi minha paixão, mas jamais havia feito nenhuma peça trabalhista até começar a me preparar para a segunda fase.

O medo de nunca ter feito nenhuma peça, o estresse e a ansiedade também me atrapalhavam muito, várias vezes eu pensava que não seria capaz, mas ainda assim segui o cronograma à risca, porém jamais imaginei que o resultado seria tão satisfatório, quando vi meu nome na lista dos aprovados e ainda mais com nota máxima na matéria que eu sempre amei, foi gratificante, chorei bastante e vi que apesar do cansaço físico e emocional, tudo valeu e muito a pena.

Vejam só! Ela impôs sobre si a obrigação da aprovação, o que acontece com quase todo mundo, começou a se preparar logo de plano, assim que foi aprovada, algo que recomendo desde sempre aos candidatos - Foi aprovado? Hora de começar a estudar com maiores especialistas em 2ª fase da OAB!!  ela escolheu também a disciplina de 2ª fase por afinidade técnica e não por "dicas" de professores ou achismo - A escolha estratégica da disciplina da 2ª fase da OAB! - o que faz toda a diferença na hora da prova.

Resolvi entrevistá-la para colher mais informações interessantes sobre o desempenho dela na prova.

Confiram:

Blog - Existe alguma pressão sobre o candidato que está fazendo a prova ainda na faculdade?

Ana Carolina - Acredito que existe sim e MUITA pressão, principalmente porque você ainda está fazendo o curso, com a matéria  supostamente "fresca" na cabeça, logo, todos acreditam que é sua obrigação se formar já passado na OAB. Eu senti muito a pressão familiar, mas a maior pressão veio de mim, pois como havia dito, meu irmão havia passado também durante o 9º semestre, e eu me cobrava em conseguir o mesmo feito.

Blog - Qual foi a sua fórmula de escolha do curso preparatório?

Ana Carolina - Eu escolhi o CERS, pois sabia da qualidade dos professores na área trabalhista, além do curso ser um dos mais bem falados do Brasil e ter um alto índice de aprovação, e como eu sigo o instagram de todos os professores, acabei gostando muito da didática de todos eles e por isso optei pelo CERS e sou extremamente grata pela escolha que fiz.

Direito do Trabalho - Renato Saraiva, Aryanna Manfredini e Rafael Tonassi

Blog - Fazer um curso para a 2ª fase é importante?

Ana Carolina - Um curso preparatório para segunda fase, pelo menos para mim foi fundamental, sem o curso tenho certeza que jamais conseguiria a nota máxima, ainda mais porque eu jamais havia feito peça trabalhista durante a faculdade, logo, o cursinho foi determinante para que eu aprendesse da melhor forma, em um tempo exíguo  e com a melhor didática possível. O cursinho me ajudava quando eu estava desanimada e desacreditada e me deixou mais confiante. Todos os professores foram excelentes, mas a Aryanna é uma professora maravilhosa e me preparou muito bem, ouvia a voz dela na minha cabeça durante a elaboração da prova.

Blog - Quanto ao volume de estudos, ter iniciado logo a preparação foi importante?

Ana Carolina - Iniciar os estudos logo após o resultado da aprovação na primeira fase foi determinante, pois eu estudava pela manhã, estagiava pela tarde e só me sobrava a noite para estudar, e como as noites muita das vezes não era suficiente, eu tentava recuperar o tempo perdido aos finais de semana, caso não tivesse começado o mais rápido possível, talvez não seria possível terminar o cronograma a tempo. E o melhor de ter começado a estudar desde logo, foi que terminei os estudos uma semana antes da prova e tive tempo para revisar o esqueleto das peças e reler um pouco do direito material e processual.

Blog - Você quantas peças e questões você resolveu durante sua preparação?

Ana Carolina - A quantidade de peças eu fiz de acordo com o cronograma disponibilizado pelo cursinho, acredito que em média umas 20 peças e questões também fazia de acordo com o o que nos era passado, mas como terminei o cronograma com uma semana de antecedência, aproveitei para olhar as provas passadas, para saber o "nível" em que as questões eram cobradas.

Blog - O que é mais importante: o Direito material ou processual na 2ª fase da OAB?

Ana Carolina - Ao meu ver o direito material foi o mais importante, porque não basta saber o esqueleto de todas as peças, o mais importante é a fundamentação, é o desenvolvimento em si das peças, e para que você desenvolva uma peça de forma apropriada, você tem que conhecer bem o direito material. Entretanto, não acredito que possa deixar de lado a parte processual, porque erros bobos podem te deixar de fora da tão sonhada aprovação.

Blog - Como você dividia sua agenda de estudos?

Ana Carolina - Eu buscava toda noite estudar, porém algumas vezes não dava por causa da faculdade, quando tinha que fazer trabalhos, ou estava em semana de prova, e quando isso acontecia eu tentava repor o "tempo perdido" nos finais de semana. Eu revezava direito material, processual e as peças, achei que assim seria melhor, pois caso não desse tempo, eu teria visto pelo menos um pouco de cada matéria até a data da prova, então preferi não esgotar direito material, para depois ir para o processual e assim por diante.

Blog - O que foi mais importante no Exame de Ordem: a bagagem que você trouxe da faculdade ou a preparação específica do curso?

Ana Carolina - Quanto ao direito material, a bagagem trazida pela faculdade foi mais importante, pois como sempre foi a minha matéria preferida, e sempre fui boa aluna, não tive grandes dificuldades, durante o preparatório para OAB eu apenas tive que relembrar o conteúdo, então foi mais fácil, pois se eu tivesse feito uma faculdade mal feita, seria muito difícil ter que "aprender" tudo no curto espaço de tempo que nos é destinado para a realização da segunda fase. Já em relação as peças, o cursinho direcionado foi o mais importante, pois eu estava totalmente perdida, sem saber nem por onde começar, e o preparatório me direcionou e me ensinou a melhor forma de elaborar as peças e forma clara e concisa.

Vamos dar agora uma olhadinha na peça da Ana Carolina? Vamos ver como ela redigiu sua prova:

peça oab nota maxima

peça oab nota maxima 2

peça oab nota maxima 3

peça oab nota maxima 4

peça oab nota maxima 5