É conveniente trocar a disciplina da 2ª fase para quem vem da repescagem?

Quarta, 2 de dezembro de 2015

trocar a disciplina da 2ª fase 2

Acontece, e não é raro, que um candidato reprove mais de uma vez em uma determinada 2ª fase e sinta a necessidade, ou talvez viva uma dúvida atroz, sobre a correção de sua escolha.

Afinal, se os estudos não vêm produzindo o resultado aprovação, a descrença pode perfeitamente surgir como consequência.

Eis o problema: o candidato está se sentindo desconfortável com sua disciplina e quer trocá-la por outra. Ele já reprovou anteriormente nesta disciplina e não consegue superar a 2ª fase.

As dúvidas quanto a escolha, evidentemente, surgem.

Bom....

Eu sou contra, há muito tempo, de estabelecer qualquer forma de influência direta sobre o candidato. Minhas convicções são firmes no sentido de que o processo de escolha depende de avaliações pessoais e mensuração EMPÍRICA (na prática) de desempenho.

Abertas as inscrições para a repescagem no XVIII Exame de Ordem!

A melhor fórmula envolve a resolução de provas passadas nas disciplinas de escolha e, dentre aquelas em que o desempenho é mais consistente, o candidato faz a sua escolha.

Este é o caminho mais honesto e racional.

As razões para vocês se preparem FORTE com a equipe do Portal Exame de Ordem!

É tentador se sentir influenciado pelo carisma ou os argumentos de um professor, mas neste ponto o processo de escolha é "contaminado" pela influência externa. Não que isto seja errado, mas pode impactar negativamente no resultado.

Sei de histórias onde o candidato compra a opinião do professor e se dá bem, mas o contrário também é verdadeiro.

A grande verdade é: professor nenhum estará ao lado do seu aluno na hora da prova. Ou o candidato se garante ou reprova.

Logo, eventual decisão de trocar uma disciplina pela outra passa por duas perguntas:

1 - Você realmente domina sua disciplina de 2ª fase?

2 - Há tempo suficiente para se fazer uma troca de disciplina e apreendê-la totalmente?

Pensando a 1ª pergunta, o candidato precisa fazer uma severa autocrítica: pode ter predileção por sua disciplina mas não está dominando-a totalmente. Não é raro ver candidatos que ACHAM que sabem mas cometem erros demonstrando exatamente o contrário.

Eis a primeira armadilha: a falsa percepção de domínio do conteúdo.

A reprovação seria, em tese, a demonstração de que a percepção quanto ao domínio da disciplina está equivocada, EM ESPECIAL quando lá se vão 3 ou 4 reprovações seguidas.

Conheço histórias de candidatos que passaram para a 2ª fase 4, 5, 6 ou mesmo 7 vezes e tentaram sempre a mesma disciplina até lograr sucesso. E também sei de histórias em que o candidato trocou de disciplina e finalmente se deu bem.

Então a resposta a ser buscada neste momento é: você REALMENTE domina sua disciplina?

Aqui chegamos ao momento-chave: como saber se o domínio é real e as reprovações foram "acidentes de percurso?"

O examinando deve, NECESSARIAMENTE, pegar todas as suas provas anteriores e fazer uma análise séria e pragmática das razões da reprovação, e deve responder para si mesmo as seguintes perguntas:

1 - errou mais por entender errado a pergunta ou por não saber o conteúdo?

2 - conseguiu desenvolver as respostas em tempo hábil ou demorou para fazê-lo?

3 - as respostas foram de fácil identificação ou a pesquisa no vade mecum teve de ser extensa?

Eis o momento-chave!

O candidato precisa saber se erra por que VACILA ou porque NÃO SABE o conteúdo.

Se vacila - entende errado as perguntas, demora para respondê-las ou gasta muito tempo pesquisando o vade, pois não o domina, - então a troca da disciplina não lhe será útil. O problema não seria com o conteúdo e sim com o grau de atenção do próprio candidato.

Por outro lado, se o candidato NÃO SABE o conteúdo, aí a resposta é óbvia: ou estuda de verdade, e mais, ou parte para outra disciplina.

Considerando que já reprovou anteriormente naquela disciplina, já fez vários cursos, já treinou bastante, então o processo de aprendizagem é falho ou a disciplina não foi feita para você.

Trocar é uma opção, em especial se existir a convicção de que o processo de aprendizagem NÃO é falho. Se for, então é melhor ficar onde está e desenvolver uma nova metodologia de aprendizado.

Evidentemente, a reflexão demanda análise e algum estudo das CAUSAS da reprovação. O candidato tem de sentar, fazer a avaliação, estabelecer a auto-crítica (ou mesmo pedir a ajuda de um ou mais colegas neste processo) para desenvolver suas certezas. Não é algo que se faz estalando os dedos ou mesmo possa ser feito com preguiça.

Trata-se de uma decisão ESTRATÉGICA e ela necessariamente demanda análise fria e sem paixões.

Muito bem! E se o candidato chega a conclusão de que realmente precisa trocar de disciplina, há tempo para isto?

E a resposta é um grande SIM!

Até o XI Exame a resposta não seria tão segura assim, mas agora quem reprova na 2ª fase tem ao seu favor o instituto da repescagem e isso deu aos candidatos reprovados na 2ª fase um longo tempo de preparação, muito maior em comparação às edições anteriores do Exame.

Agora sim, com um bom tempo antes da prova, é possível efetuar a troca e se preparar de forma completa na disciplina de escolha.

Vade Mecuns específicos Armador: os únicos atualizados na data do Edital do XVIII Exame de Ordem

Mas por qual disciplina optar?

Para isto é indispensável ler o post abaixo:

A escolha estratégica da disciplina da 2ª fase da OAB!

Este post é resultado de muitas experiências empíricas e trata o assunto de forma absolutamente pragmática e objetiva, sem conduzir o candidato para um ou para outro lado, tão somente exigindo uma boa auto-análise.

Um alerta: não caiam na tentação da análise mais fácil ou da opinião de terceiros. Desenvolvi, por exemplo, o conceito de análise de desempenho e vejo muita gente com PREGUIÇA de fazê-la, preferindo seguir conselhos. Isso não serve!!

O Exame de Ordem é a porta para a sua profissão! Sente-se, TRABALHE, faça as análise necessárias, independentemente do trabalho ou do tempo que levar. Só desta forma a leitura do problema será completa e CONSISTENTE.

Preguiça e má-vontade tendem a resultar em uma escolha errada.

Aí o preço a se pagar é o de sempre: a reprovação!

Leve esta questão a sério e determine com segurança o caminho certo para uma escolha segura.

É uma decisão de carreira, e não meramente uma escolha para um provinha qualquer.