Segunda, 24 de julho de 2023
Na próxima quinta veremos se a OAB vai anular mesmo alguma questão nesta 1ª fase da OAB.
O que esperar?
1 - A quantidade de recursos feitos por cursinhos não representam NADA na lógica das anulações na 1ª fase.
Não é porque elaboraram 5 ou 6 recursos por aí que teremos essa mesma quantidade de anulações. Na realidade, isso sequer significa que teremos quaisquer anulações.
Conclusão: Não devemos nos empolgar com quantidade de recursos ou argumentos mirabolantes. Volume não representa nada.
Vejam o histórico recente de anulações:
A banca não anula muito. As próprias estatísticas mostram isso. Tivemos sim um recorde de anuladas no XXXII, mas as circunstâncias naquela oportunidade foram únicas.
2 - Não basta só que a banca anule 1, 2, 3 ou 4 questões. É preciso que ela anule questões que você errou!
Há muito tempo, não me lembro em qual edição (mas ainda na época do CESPE), uma candidata precisava de apenas uma simples anulação para ir para a 2ª fase. A banca anulou CINCO questões, e nenhuma daquelas que ela precisava.
Logo, ela ficou reprovada mesmo.
E aí entra o campo das probabilidades: é preciso que a banca anule o que você tenha errado, e é necessário, por ÓBVIO, que ao menos as questões passíveis de anulação tenham sido erradas.
Eu quero saber quais são as suas chances de sucesso com as anulações. Clique no link e responda uma rápida enquete, por favor - O que você precisa para chegar na 2ª fase?
Vejamos agora o quadro de probabilidades de aprovação em razão do número de questões anuladas:
Candidato com 39 pontos - Se a OAB anular uma questão, a probabilidade de que essa questão seja uma das que você errou é de 50%. Se anular duas, 75% e se anular três, 95% de chances.
Candidato com 38 pontos - Se a OAB anular duas questões, a probabilidade de que essas questões sejam duas das que você errou é de 25%. Se anular três, 50%, e se anular quatro, 75% de chances.
Candidatos com 37 pontos - Se a OAB anular três questões, a probabilidade de que essas questões sejam três das que você errou é de 7,5%. Se anular quatro, 25%, e se anular cinco, 50% de chances.
3 - A banca tem um perfil, ou seja, ela não encampa qualquer recurso.
No XXIV Exame, por exemplo, o Blog foi o único a apostar na anulação da questão do erro material, e foi essa exatamente a questão anulada.
E foi anulada porque dava margem para o equívoco. Já no Exame passado, o 37, eu fiz tão somente dois recursos, e ambos foram acatados.
Essa convergência é resultado de muita observação e análise crítica sobre as questões.
Confira meu histórico (recente) de recursos e conversão deles em anuladas:
Estamos dentro de uma boa sequência de anulações agora. Desde o XXVII a banca ao menos uma questão por prova, com exceção do XXXI, que realmente não teve erros.
Ou seja: a banca vem anulando sempre!
Ademais, vamos lembrar que a prova foi muito difícil e a reprovação foi alta. Logo, há margem para anulações.
FGV inova e reprovação é altíssima na 1ª fase do 38º Exame
E, claro, temos questões erradas de verdade nesta edição. Publiquei quatro questões que efetivamente têm vícios, e minha crença é que as anulações ocorram entre elas.
Quais têm mais chances?
Os mais fortes, para mim, são as duas de Penal e a de Direito do Consumidor. Mas, claro, a de Previdenciário também está no páreo.
Faltam 3 dias para sabermos o que a OAB vai decidir.