Quinta, 16 de agosto de 2012
Esta vai ser uma postagem rápida e rasteira, só para suscitar o debate.
Acabei de ver o título de uma matéria sobre os percentuais de reprovação no último Exame de Ordem. Eis o título e o trecho inicial da publicação:
Piora o desempenho no exame da OAB
"Caiu o desempenho dos bacharéis em Direito no 7º Exame de Ordem Unificado, cujos resultados foram divulgados nesta terça-feira pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Foram aprovados 14,97% dos 109.469 candidatos. No exame anterior, a taxa de aprovação havia sido de 25,4%." (Fonte: AASP)
"Piora o desempenho", "caiu o desempenho" são os destaques da notícia.
Agora vamos ver as estatísticas finais das últimas 4 edições do Exame:
IV Unificado - 121.380 inscritos - 18.234 aprovados
Percentual de aprovados em relação ao número de inscritos: 15,02%
V Unificado - 108.355 inscritos - 26.024 aprovados
Percentual de aprovados em relação ao número de inscritos: 24,01%
VI Unificado - 101.246 inscritos - 25.912 aprovados
Percentual de aprovados em relação ao número de inscritos: 25,59%
VII Unificado - 111.909 inscritos - 16.419 aprovados
Percentual de aprovados em relação ao número de inscritos: 14,67%
Se o desempenho dos candidatos "caiu", então podemos dizer que os examinandos que fizeram o V e o VI Exames estudaram mais em comparação aos examinandos que fizeram o IV e o VII Exames, certo?
Ou podemos dizer que o grau de dificuldade das prova e seus critérios de correção passaram por alterações?
Lembro-me quando da publicação do resultado final do V Exame algumas pessoas disseram que os candidatos estavam mais preparados, tinham estudado mais. Quer dizer então que os candidatos de agora se prepararam menos?
E então, qual é a lógica? "Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?"
Os examinandos reprovam mais porque a prova aperta ou porque se prepararam menos?
Respondam aí!