Terça, 22 de agosto de 2017
Teremos anulações na OAB? Segurem a respiração, pois hoje saberemos se os recorrentes irão continuar ou não no jogo do XXIII Exame de Ordem.
Saberemos, finalmente, se as estatísticas atuais serão confirmadas e se a OAB vai sacramentar a 1ª fase do XXIII Exame de Ordem como a pior prova objetiva de todos os tempos!
A pior prova do Exame de Ordem de todos os tempos!
Neste XXIII, ainda sem as anulações, a aprovação foi de 13,35%.
No IX Exame Unificado, com 3 anulações de ofício, tivemos um percentual de 16,67% de aprovação.
E a terceira pior 1ª fase foi no recente XXI Exame, com 17,09% de aprovação (estatísticas exclusivas do Blog), contando com 2 anuladas de ofício.
Para vocês terem uma ideia, a média geral de aprovação no Exame de Ordem (média oficial) é de 18,81%, considerando a realização das duas fases do Exame.
Ou seja, logo de cara a FGV jogou o percentual de aprovação abaixo do média histórica. Um assombro!
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Até o dia da divulgação do resultado preliminar nutríamos a esperança da Ordem, assim como fez no IX e no XXI Exames, anular algumas questões de ofício, mas aparentemente a OAB perdeu o medo de expor a desolação causada por uma reprovação tão vexatória e não moveu um músculo para ocultar o estrago.
E que estrago!
O que nos aflige é a percepção do histórico de anulações, cada vez mais funesto, com várias edições sem um simples e mísera anulação.
Olhando o histórico acima dá para perceber, nitidamente, que a partir do X Exame (com um ensaio prévio no VIII) uma espécie de "cegueira" instalou-se nas mentes e corações dos responsáveis por anular as questões, e as questões viciadas milagrosamente deixaram de ser vistas.
Acompanhei pessoalmente o Fórum Nacional do Ensino Jurídico, ocorrido em 20/04 na cidade de João Pessoa/PB, com a participação de vários conselheiros federais e de representantes do Conselho Nacional de Educação - CNE, e uma das informações mais interessantes que extraí do evento foi a "vontade" da Ordem em aplicar uma prova perfeita, sem máculas. Para eles, a falta de anulações era o resultado de um aprimoramento técnico, e não de uma visão protecionista da própria prova.
Isso muito me preocupou, especialmente porque cansei de ficar impressionado com a capacidade da OAB de não anular questões atacadas por milhares de candidatos e muitos professores, como se todos não tivessem um mínimo domínio do Direito.
Não quer dizer que não teremos anuladas hoje, mas as estatísticas e o histórico mostram uma manifesta má-vontade em se anular qualquer coisa na 1ª fase, e isso está longe de ser razoável.
Antigamente era uma certeza vermos questões anuladas, se bem que não tanto quanto gostaríamos, mas agora essa certeza virou pó. Faz tempo que o normal é não anular.
Hoje então a FGV vai divulgar a vontade da Comissão Recursal da OAB e revelará se teremos ou não questões anuladas, publicando em seguida a lista definitiva de aprovados autorizados a fazer a próxima 2ª fase! Neste momento teremos consolidada também a garantia, entre os aprovados, do exercício da repescagem no XXIV Exame, caso isto seja necessário, ou seja, caso os atuais aprovados reprovem na próxima 2ª fase.
Uma regra: o número de anulações na 1ª fase da OAB nunca corresponde ao volume de recursos apresentados e o errado pode ser visto como certo.
Vejamos agora o quadro de probabilidades de aprovação em razão do número de questões anuladas:
Candidato com 39 pontos - Se a OAB anular uma questão, a probabilidade de que essa questão seja uma das que você errou é de 50%. Se anular duas, 75% e se anular três, 95% de chances.
Candidato com 38 pontos - Se a OAB anular duas questões, a probabilidade de que essas questões sejam duas das que você errou é de 25%. Se anular três, 50%, e se anular quatro, 75% de chances.
Candidatos com 37 pontos - Se a OAB anular três questões, a probabilidade de que essas questões sejam três das que você errou é de 7,5%. Se anular quatro, 25%, e se anular cinco, 50% de chances.
Não sabemos o horário de divulgação das anulações na 1ª fase da OAB, mas ficaremos ligados aqui!
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Acompanhem!