Quarta, 18 de maio de 2016
No último dia 5 caiu uma bomba no meio do parlamento, e o alvo foi Eduardo Cunha, o inimigo do Exame de Ordem: seu mandato foi suspenso pelo STF.
O então parlamentar mais poderoso do Brasil, artífice da queda de Dilma Rousseff, viu-se alijado da presidência da Câmara e de seu mandato por força de uma liminar do Supremo.
Seria o fim do deputado?
Não!
No fim da noite de ontem o presidente em exercício, Michel Temer, escolheu para ser líder do Governo na Câmara o deputado federal André Moura (PSC-SE). essa escolha foi o resultado da pressão exercida pelo partidos do chamado "centrão" (PP, PR e PSD) cruciais na votação na Câmara para a abertura do processo de impeachment de Dilma.
Detalhe: Moura era o parlamentar apoiado por Cunha para o cargo.
O grupo formado pelos partidos do "centrão" chegou a levar a Temer na manhã de ontem uma lista com 300 nomes que apoiavam a escolha de Moura para a liderança.
Curiosamente, Moura foi um dos maiores apoiadores de Cunha no Conselho de Ética, onde chegou a ser chamado até de "lambe botas" pelo petista Paulo Teixeira (SP), irritado com a defesa ardorosa de Cunha promovida por Moura.
Resumindo: Cunha ainda joga o jogo e continua extremamente influente. Para Temer se submeter (e o fez em nome da governabildiade) é porque ele sabe bem da força e influência do peemedebista.
De agora em diante resta saber que engrenagens Eduardo Cunha vai mover no jogo do poder. Força para isto ele tem!
Com informações da Folha de São Paulo.