Sobre o grau de dificuldade da 1ª fase do XI Exame de Ordem, ou, estudando para o pior cenário

E aí? Qual será o grau de dificuldade da prova objetiva do XI Exame de Ordem?

Curiosos?

Pois é, NÃO vou falar sobre isso...

Desde 2008 eu fazia essa análise, sempre estribado em estatísticas, mas não mais entro nessa seara. NO fundo, e na prática, esse tipo de análise não ajuda muito os candidatos. Funcionava mais como uma curiosidade do que qualquer outra coisa.

A abordagem será outra. Darei um ou dois bons conselhos, e isso deverá bastar nesse caso.

Ao final das antigas análises eu sempre fazia a mesma sugestão, sugestão essa resultado do bom senso: estudem para o pior cenário.

Quem estuda para o pior cenário está pronto para qualquer hipótese: se a prova vem menos complicada, o candidato se sai bem; se ela vem lascando, o candidato está pronto. Simples assim!

E como é isso de estudar para o pior cenário?

Aliás, o que é o pior cenário?

O pior cenário é uma construção, uma projeção de uma prova difícil e visceral que reprova um monte de candidatos. Para nossa sorte, temos um exemplo muito claro do que é o pior cenário: a prova objetiva do IX Exame de Ordem.

Prova da 1ª fase do IX Exame de Ordem

Gabarito da prova da 1ª fase do IX Exame de Ordem

Se vocês, candidatos, resolverem pegar essa prova e conseguirem fazer 40 pontos, vocês estão MUITO BEM preparados para o pior cenário. E estão porque a 1ª fase do IX Exame de Ordem reprovou mais de 90% dos candidatos quando foi aplicada.

Infelizmente, à época, a OAB não publicou a lista preliminar de aprovados. Tão somente publicou a lista final após a anulação de 3 questões. Por isso não temos o percentual exato de reprovados preliminares naquela edição. Mas em conversas aqui e ali deu para deduzir que a reprovação foi de 93%.

Um assombro!

Pois é! O que fazer então com essa prova em específico?

Ela é a grande referência em termos de dificuldade. Não sei se vocês já resolveram questões dela. Se não resolveram, esperem, deixem chegar uma data mais próxima da prova, algo em torno de 2 semanas antes, e encarem ela.

Se vocês acertarem 40 questões, sintam-se muito confiantes.

Se vocês acertarem umas 35 questões, não se desesperem, pois a coisa não está assim tão feia.

Lembrem-se: essa prova foi terrível! Ela é a representação do que houve de pior na 1ª fase em todas as edições do Exame de Ordem Unificado, seja no tempo do CESPE ou da FGV. Quem for bem nela, está pronto.

E como estudar para o pior cenário?

Primeiro tem um passo óbvio: vocês precisam ser sérios e comprometidos com os estudos.

Não adianta estudar só um pouquinho ou apenas assistir suas aulas. É preciso fazer mais, se dedicar mais e buscar sempre o melhor desempenho.

Está acompanhando todas as aulas? Está resolvendo exercícios? Está lendo a letra da lei, base da formulação da prova objetiva? Está fazendo pequenos resumos de cabeça? Está revisando o conteúdo após certo tempo para ter certeza de que assimilou o conteúdo e ele está sedimentado na memória?

Tudo isso é necessário!

E esse processo todo demanda TEMPO!

Quanto tempo vocês estão dedicando aos estudos? O suficiente, ou não tanto quanto vocês gostariam?

Ali, na hora da verdade, a prova não vai perguntar se vocês estudaram o suficiente: a prova NÃO GOSTA DE VOCÊS! E nem vocês precisam gostar dela. Para ofendê-la, maltratá-la e zombarem dela, os candidatos precisam estar prontos de verdade, exatamente preparados para o pior cenário.

Dicas sobre a metodologia de estudo? Cliquem no link abaixo:

Guia de preparação e cronograma de estudos para o XI Exame de Ordem

Temos praticamente 5 finais de semana até a prova, excluindo exatamente o próprio final de semana da prova em si. Se o tempo está curto, está na hora de considerar seriamente em sacrificar esses finais de semana em nome dos estudos. Entramos na reta final e nenhuma sacrifício agora é grande demais.

Dicas sobre o grau de dificuldade da prova?

Esperem sempre pelo pior. E, mais do que esperar, preparem-se para tal.

Só assim o grau de dificuldade da prova é relativizado e vocês poderão fazê-la sem medo de serem felizes.