Sobre a anulação das questões

Terça, 8 de novembro de 2011

Um número muito grande de candidatos, maior do que o normal, tem me perguntado sobre as reais possibilidades da OAB anular 3 ou mais questões da prova objetiva.

A ansiedade está imensa

Apesar da OAB não ter liberado ainda nenhum dado estatístico, podemos presumir com alguma segurança se tivemos ou não um percentual de aprovados elevado na 1ª fase. E podemos em função de algumas observações:

1 - Muitos candidatos conseguiram notas muito altas;

2 - Os cursos preparatórios Brasil afora estão repletos de alunos para a 2ª etapa;

3 - A prova foi considerada razoável, e não muito difícil, como é usual.

Resultados bons ou ruins implicam em uma maior ou menor movimentação após a primeira fase, e a movimentação atual é um indício relevante de um bom desempenho dos candidatos na 1ª fase. Algumas pessoas com quem conversei estimam um percentual de aprovação superior aos 40%, sendo essa percepção bastante factível.

Pois bem...

As principais dúvidas dos candidatos são as seguintes:

1 - Quais e quantas questões serão anuladas;

2 - Devo ou não fazer cursinho para a 2ª fase.

Quantas e quais é um absoluto mistério, além de ser impossível antevê-las. Não existe lógica nenhuma nas anulações, incluindo aí a pertinência do recurso ou o absurdo na formulação da questão. A única lógica nas anulações é aquela que se traduz na matemática abaixo:

+ aprovados = - anuladas

- aprovados = + anuladas

Se tivemos muitos candidatos aprovados a lógica remete para poucas anulações. No máximo, ao meu ver, duas questões.

Mas isso é uma estimativa otimista. Não vejo a OAB anulando 3 ou mais questões, e, por outro lado, não é difícil imaginar que apenas uma ou nenhuma seja anulada.

Essa observação leva até a segunda pergunta: o candidato que acertou 37, 38 ou 39 deve ou não fazer cursinho para a 2ª fase?

Aconselhar é sempre complicado. Se o conselho é ruim, a culpa é do conselheiro e não do responsável pela escolha. Reflitam sobre a responsabilidade da escolha!

Quem fez 37 pontos, ao meu ver, não tem chances.

Quem fez 38 ou 39 tem chances medianas, tendendo para ruim.

Neste último caso COMPENSA assumir o risco fazer um curso. Pode ser que não consiga a aprovação tão desejada, mas a aposta foi razoável.

É desagradável oferecer uma perspectiva tão ruim para vocês, mas pelo histórico de anulações no Exame ela é a mais pragmática a ser oferecida.

Vejam também:

Quantas questões poderão ser anuladas da prova objetiva do Exame de Ordem?