Simulado (amanhã) do Portal Exame de Ordem para a 1ª fase da OAB: Por que fazê-lo?

Quinta, 19 de janeiro de 2012

AMANHÃ teremos o nosso simulado para a prova objetiva!

Qual a importância de fazer um simulado quando faltarão apenas 15 dias para a prova? Como resposta, poderíamos refletir sobre as informações que podem ser retiradas ao se submeter a um simulado:

1 - Gestão do tempo durante a prova;

2 - Identificação de deficiências na aprendizagem;

3 - Gerenciamento do aspecto emocional.

A resolução de exercícios é um importante aspecto na preparação para provas e concursos públicos, pois permite revisar conceitos, expor deficiências e servir de treino para a hora da verdade. Falando nisso, acessem as provas dos Exames passados - Provas Anteriores

1 - Gestão do tempo durante a prova

Tempo é segurança! Talvez essa seja a premissa básica quando se fala no tempo de prova. O candidato tem de ter a convicção de que as 5 horas serão suficientes não só para responder todas as perguntas como também para preencher a folha de resposta.

Quem fará a prova pela primeira vez provavelmente não sabe, mas 5 horas passam voando. Claro que a percepção é derivada de um estado de alerta, de tensão, afinal, o tempo corre de forma uniforme, mas a impressão é que durante a prova ele passa mais rápido...muito mais rápido!

Lembro-me BEM do alerta dado aqui no Blog sobre o aspecto temporal na prova subjetiva do Exame 2010.2. Após a prova, muitos candidatos me escreveram relatando exatamente esse percepção alterada do tempo. Como a prova foi muito extensa e o volume de informações a serem trabalhadas foi desproporcional ao tempo disponibilizado, a impressão percebida era a de um tempo "distorcido", "curto" demais para a tarefa apresentada. Não foram poucos os candidatos surpreendidos com o fim da prova sem terem concluído tudo.

Dependendo do grau de dificuldade da prova objetiva, essa percepção se manifestará com maior ou menor intensidade.

Evidentemente que nas últimas edições do Exame tivemos a redução do número de questões, de 100 para 80, e isso, EM PEQUENA MEDIDA, beneficiou os candidatos. E digo que foi em pequena medida porque o tamanho dos enunciados aumentou comparando com as provas com 100 questões.

De toda forma, o simulado permite que o candidato estude o gerenciamento do seu tempo e sua capacidade em responder todas as perguntas. O estado psicológico será diferente, por certo, mas o aprendizado resultante da simulação ajuda no processo de realização da prova, porquanto o processo em si não será totalmente estranho ao candidato.

O soldado antes de ir à guerra, treina, o motorista antes de tirar a carteira, treina, a bailarina antes de se apresentar também treina, e o futuro advogado também deve treinar.

2 - Identificação de deficiências na aprendizagem

Esse, por certo, é o papel mais relevante ao se estudar por provas anteriores, e, no presente momento, na submissão ao simulado. Certamente o candidato não responderá todas as perguntas. Essa percepção é útil para identificar em quais disciplinas estão as maiores limitações no conhecimento.

O erro também faz parte do processo de aprendizagem - com ele o candidato estabelece seu processo de cognição, sedimentando melhor o conhecimento a ser exigido na hora da verdade, pois o erro permite a compreensão de limitações no conhecimento e, por corolário lógico, a supressão de lacunas.

Ao faltar 15 dias para a prova, o candidato poderá identificar em quais disciplinas seu desempenho não é bom (ou reforçar uma percepção anterior) e delimitar melhor seu campo de estudo.

E aqui vem uma dica!

O que é melhor na reta final? Estudar o que já se sabe para maximizar o desempenho em disciplinas que já domina ou focar os estudos na reta final em disciplinas cujo domínio é mais limitado para tentar arrancar pontos que podem ser decisivos?

Esse é um questionamento muito interessante.

O importante é que você tenha essa percepção e faça uma escolha racional - Se o que você sabe lhe assegurou nas provas anteriores já resolvidas e, no simulado a ser aplicado, mais de 57 pontos (provas com 100 questões) ou 47 (a prova com 80 questões), é bom reforçar o que já sabe.

Resta clara a existência de uma bagagem de conhecimentos consistentes o bastante para a prova e a desejada aprovação.

Mas...se você tira na média menos do que 47 ou 57, é bom reforçar os estudos nas disciplinas deficitárias.

E porque 47/57 pontos?

Trata-se de uma escolha arbitrária, por certo. Escolhi 47/57 acertos pois julgo que 7 pontos representam uma "gordura" razoável a ser queimada em razão de falhas no desempenho do candidato na prova em si.

Na resolução de provas anteriores durante o processo de treinamento para o Exame, o candidato cria um padrão de desempenho, e, se o estudo tem sido sério, o bom desempenho em provas anteriores é um claro sinal de uma boa preparação e, um hipotético bom desempenho na hora da verdade.

Mas...

Mas na hora da verdade, com a pressão real da prova, o candidato pode falhar um pouco, se distrair, ou mesmo ser surpreendido por dificuldades não previstas (e elas aparecem com frequência). Acredito que 7 pontos de "gordura" dão uma folga ao candidato diante do imponderável.

Os constantes 47/57 pontos durante os treinos em várias provas anteriores e simulados mostram, em essência, que o candidato DOMINA um número razoável de disciplinas (conhecimento). Além disso, gera por si só uma relativa segurança psíquica para se fazer a futura prova.

Por sua vez, quem tira menos de 47/57 pontos não tem essa "gordura" toda para queimar, e erros podem representar a reprovação.

Claro! Com quase 2 semanas pela frente, a percepção da incompletude de conhecimentos suficientes para "queimar" na prova é mais do que útil! É muito bem-vinda!!

O candidato terá tempo suficiente para apreender o conteúdo faltante necessário, dando a si mesmo uma boa margem de segurança. Eventual desempenho ruim no simulado não é um real motivo de preocupação, e sim um alerta para se identificar falhas e supri-las.

Há tempo!

Mas o que escrevi agora é um ponto de vista e não uma verdade absoluta. A escolha é sua e é baseada na sua percepção. Pode ser que você pense totalmente o contrário. A questão aqui é identificar o seu grau de preparo e onde estão as virtudes e deficiências.

E sim! A escolha do número 47/57 pode perfeitamente ser alterada por vocês. Subir esse padrão para 50/60 ou 55/65 pontos é até desejável. Só não aconselho a reduzir...

3 - Gerenciamento do aspecto emocional

Eu não tenho dúvidas que o aspecto emocional do candidato é decisivo na sua aprovação. Já li uma infinidade de depoimentos de candidatos que sucumbem às próprias emoções durante a aplicação da prova.

Aliás, já foram centenas de depoimentos retratando a descrença em função de sucessivos fracassos, muitos deles estreitamente relacionados com o nervosismo.

Acredito na ideia de que a segurança ao se fazer uma prova deve ser resultado da certeza de que se está bem preparado.

Simplesmente não existe fórmula mágica para se ficar calmo: O ser humano que está apto a enfrentar situações específicas com calma, onde outros ficariam nervosos, ou não tem nada a perder ou já está escolado pela experiência.

Quem faz o Exame de Ordem pela 1ª vez, ou já fez 2 ou 3 vezes,  é pouco para fiar 100% calmo, e virtualmente todos têm muito em jogo nessa hora; afinal, aprovar é preciso!!

Quem estudou e tem a consciência de que sabe, nada poderá atrapalhá-lo (a não ser que a prova seja terrível, tal como foi a do Exame 2010.1). Por outro lado, o candidato que pontua sempre na zona limítrofe de aprovação pode se sentir mais seguro se souber onde estão suas fraquezas e tomar providências para minimizá-las, adquirindo mais tranquilidade. E, para ambas as hipóteses, o simulado vem como uma boa ajuda.

De toda forma, não subestimem o aspecto emocional. Treinar no conforto de casa ou no cursinho é uma coisa; e na hora da verdade, outra completamente diferente.

Simulem como se fosse a hora da verdade! Criem um clima, tranquem a porta do quarto, usem exatas 5 horas para resolver a prova.

Opa...

NÃO USEM 5 horas para fazer o simulado!!!

Usem 4 horas e 20 minutos! Deixem 40 minutos para simular (só no tempo, e não de verdade) a passagem das questões para o caderno de resposta.

Lembrem-se: o desafio é feito de papel e tinta. Problemas criados por uma mente que deliberadamente está desafiando o intelecto de cada um. Nada além disso. A chave para tudo está na cabeça.

Logo, treinem para não se impressionar com nada, e o treino pode começar ou ter continuidade em um simulado.

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É bom lembrar! Todos os interessados poderão fazer o simulado de graça, sem cadastros e sem firulas!

Por fim, deixo mais uma dica.

Se você pretende suprir deficiências identificadas após o simulado, recomendo o Projeto UTI/OAB 60 horas, que é um curso de dicas para a prova objetiva, muito conceituado entre os candidatos, e o Curso de Questões Estilo FGV, para treinar a resolução de provas.