Terça, 16 de novembro de 2010
A prova do último domingo foi uma verdadeira maratona...
Exigiu dos candidatos concentração e muita, mas muita resistência mental.
E aqui temos um ponto interessante!
As provas, de um modo geral, não foram difíceis. Há novamente o relativo consenso de que elas foram justas, tal como foi a prova da 1ª fase. A questão é que elas foram extensas...muito extensas.
O ponto é: A prova foi concebida para vencer pelo cansaço.
Havia uma curiosidade sobre como seria o Exame de Ordem com a FGV, e agora já podemos dizer que as provas das duas fases foram melhor estruturadas em relação às provas outrora concebidas pelo Cespe, exigindo uma boa dose de raciocínio jurídico e um bom conhecimento da doutrina, fugindo do dogmatismo então vigente.
Como criticar um prova bem feita?
Como criticar uma prova difícil, dotada do potencial de reprovar muito, mas que não tenta derrubar os candidatos com artimanhas?
Aparentemente o futuro do Exame seguirá esse caminho: Provas bem estruturadas, operativas, que exigem muito raciocínio e, principalmente, cansativas.
Em todas as áreas a prova foi foi extremamente intensa, trabalhosa, apegada a detalhes...
Sem exageros, no domingo os candidatos ficaram um bagaço!!
E esse pode ser o novo referencial de dificuldade da prova, ao menos da prova subjetiva: Um excesso de informações para serem processadas em um intervalo de tempo muito curto.
Na véspera da prova escrevi que a noção do tempo é alterada quando se faz a prova - Superguia para a prova da 2ª fase do Exame de Ordem - Não deu outra: nesta prova o tempo passou muito rapidamente!!
Isso prejudica decisivamente o desempenho dos candidatos. Se o tempo para refletir sobre cada item da prova é menor, afora uma maior exigência de raciocínio jurídico e um maior grau de concentração (leia-se: maior desgaste mental), a probabilidade de se errar naturalmente aumenta, mesmo que tecnicamente a prova não seja muito difícil.
Sob esse ponto de vista, a FGV trabalhou de forma impecável.
E para os candidatos foi muito complicado.
Percebe-se a necessidade dos candidatos de ANTECIPAREM a preparação para a prova da 2ª fase. Neste Exame tivemos um intervalo de tempo muito grande entre as provas da 1ª e da 2ª fase. Se sCom esse lapso de tempo todo para os candidatos se prepararem já foi cansativo se submeter a uma prova tão extensa, imaginem quando voltar ao "normal", com um intervalo mais curto de preparação? Não para para aguardar a aprovação na 1ª fase para pensar na 2ª.
De toda forma, essa é apenas uma impressão sobre o que ocorreu no domingo. Para termos certeza teremos de esperar mais uns 2 Exames. Só assim veremos com clareza esse novo "estilo" FGV.