Sexta, 17 de agosto de 2012
De 2.413 bachareis que fizeram o VII Exame de Ordem Unificado, em Mato Grosso do Sul, foram aprovados 13,46%, ou seja, apenas 319 passaram na 2º fase do exame da ordem, conforme resultado divulgado nesta terça-feira (14). Para o presidente da OAB/MS (Ordem dos advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul), Leonardo Duarte, a causa de a aprovação ser pequena é a baixa qualidade do Ensino Fundamental e o despreparo dos acadêmicos.
Segundo Leonardo Duarte, a média de admissão sempre fica em torno dos 20% e de cada cinco acadêmicos, apenas um consegue ser de fato um advogado. ?A realidade é que a média sempre foi essa, desde a minha época?, avaliou. Para ele o problema está no ensino fundamental e no desempenho dos estudantes que chegam despreparados na faculdade, sem saber redigir ou interpretar um texto.
Apresentando melhores índices, os cursos de Direito da UFMS (campus Campo Grande) e da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) obtiveram bons resultados de aprovação. No curso de Direito da UFMS, o percentual foi de 41,54% dos candidatos inscritos. No curso da UFGD, o índice é de 31,82%. As duas universidades são públicas.
Acreditando que não é objetivo do Exame eliminar candidatos ou limitar seu acesso à carreira, haja vista a inexistência de quantidade de vagas definidas, Leonardo Duarte disse que determina-se no exame da OAB um limite mínimo de desempenho e todos quantos atinjam esse limite estão aprovados e habilitados a ingressar nos quadros da OAB.
?O que acontece é que a faculdade não reprova, por isso, muitos bacharéis são formados. Entretanto, poucos chegam a ser advogados, só que eles ainda não atentaram para isso?, analisou o presidente da OAB/MS.
A aprovação no Exame de Ordem é requisito necessário para a inscrição nos quadros da OAB como advogado, conforme previsto no artigo 8º, IV, da Lei 8.906/1994.
Fonte: Midiamax
E para corroborar com o Dr. Leonardo Duarte:
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