"Estou desempregado, desesperado, contas atrasadas, filhos pequenos": o relato de um jovem advogado desempregado e como conseguir o 1º emprego de qualquer jeito!

Terça, 26 de maio de 2015

Até que ponto vocês aceitariam salários ínfimos, miseráveis, estes que hoje são ofertados no mercado?

A dignidade profissional está à venda?

Ontem li um texto "desabafo" em que o autor renegou a possibilidade de receber 17 reais por diligência, em clara alusão a um texto aqui do blog:

A lei da selva, ou, R$ 17,00 por uma audiência, ou, mais uma evidência do colapso da profissão

Ainda ontem recebi a mensagem de um jovem advogado que tive a oportunidade de conhecer neste último final de semana, quando a OAB/DF promoveu o I Encontro dos Advogados do Cerrado, quando tive a oportunidade de falar sobre o comportamento dos advogados na redes sociais.

Vejam a mensagem recebida via facebook:

Boa tarde Dr. Maurício! Estivemos conversando um pouco na festa da OAB/DF sábado e não tive a oportunidade de falar com você sobre um assunto. Seria interessante uma matéria sobre a dificuldade do jovem advogado em início de carreira. No meu caso, por exemplo, estou desempregado há mais de 1 ano, estou com a carteira da OAB há quase 2 meses e desesperado atrás de um escritório para começar a atuar, mas não apareceu nenhuma entrevista. Bate até um desespero em alguns momentos, visto que as contas estão atrasadas, pensão de um filho em atraso, outro filho pequeno para criar, etc... se puder me dê também uma sugestão, opinião, uma luz, desde já agradeço a atenção.

Esse tipo de coisa, sempre, consegue me incomodar. Ver gente disposta a trabalhar sofrer com uma realidade muito amarga.

É a realidade da advocacia.

Este é um tema recorrente aqui no Blog, objeto de várias publicações. Mas, pela primeira vez, recebo uma pergunta como esta, a pergunta de alguém que está precisando MUITO de um emprego, e com urgência.

Este advogado tem dois filhos, um com a atual mulher e outro, fruto de um relacionamento anterior. Ele precisa pagar a pensão alimentícia, precisa pagar as contas, está desempregado há 1 ano, conseguiu a carteira só agora, fruto de sua aprovação no último Exame de Ordem, e encontra-se, tal como ele mesmo falou, desesperado em busca de um emprego.

É uma situação bem diferente quando falamos de jovens advogados sem filhos ou maiores obrigações, com o suporte dos pais e com condições de iniciar na profissão ou parar tudo e estudar visando os concursos públicos. A PRESSÃO é completamente diferente nestes casos.

 

O que fazer?

É neste momento, neste EXATO momento, quando a pressão e o desespero se fazem presentes, que podemos entender a razão por detrás de muitos, mas muitos advogados aceitarem as misérias impostas pelo mercado:

TJ/RS arbitra o incrível valor de R$ 35,00 para um advogado dativo participar de uma audiência

Os vencimentos (de fome) do chamado "advogado audiencista" e a crise do mercado da advocacia

Tem carteira da OAB mas não tem carro? As coisas serão um pouco mais difíceis para você?

?A lei de mercado não pode ser a lei da selva?, ou, ?pode a OAB salvar os advogados de honorários pífios??

O que fazer com R$ 100,00 de honorários de sucumbência?

Governo de Sergipe abre concurso para advogado e oferece salário de FOME!

O fundo do poço: a realidade de um mercado em que um advogado recebe R$ 20,00 para fazer uma audiência

Muitos não conseguem entender como alguns (ou muitos) advogados podem aceitar receber uma miséria para trabalhar, mas ao mesmo tempo têm dificuldades de simplesmente se colocarem no lugar dos outros, de entender que as oportunidades não surgem de forma homogênea para todos.

Nós estamos no ápice de uma crise, e o espaço no mercado não está aberto a todos. é isto, EXATAMENTE isto que gera as distorções, pois os agentes do mercado SEMPRE buscam reduzir custos, e nesta lógica vão testando sempre valores menores para a realização das próprias receitas - ou lucro, como preferirem - buscando quem se submeta a este valores.

Não, a culpa não é do capitalismo, como alguns podem pensar, mas sim das próprias inconsistências do mercado.

Quais seriam elas?

1 - Economia em retração, com menos dinheiro circulando;

2 - Aumento do número de operadores do Direito, com a expansão irresponsável do número de faculdades de Direito;

3 - Sistema jurídico que permite a litigância em massa nas mãos de poucos escritórios e votação, também em massa, de processos nos tribunais.

Este último ponto é até passível de maiores discussões, mas os dois primeiros não só são irrefutáveis como também insofismáveis. Eles dois, tomados em si, já são responsáveis pelo quadro. O terceiro entraria apenas como agravante, mas isoladamente incapaz de justificar o contexto.

Por isso dezenas de milhares de advogados submetem-se diariamente a valores espúrios: eles não encontram alternativas!

Ninguém acha bonito ganhar uma miséria, mas o aviltamento, seja de diligências ou mesmo do valor de honorários é resultado da necessidade, da pressão e da obrigação de comprar o pão e o leite ao final do dia.

Essa é a realidade.

O que fazer diante dela, sendo jovem advogado, com pouca ou nenhuma experiência?

O que vou escrever agora é algo, pura e simplesmente, pragmático. Não é agradável de assumir como solução, mas ela é a solução diante do possível no momento atual. Com o tempo e muito trabalho, outros caminhos podem ser abertos, outras condições surgem e a perspectiva de fugir da lógica do mercado cresce.

Vamos começar com uma premissa básica: abandone o orgulho e submeta-se ao que o mercado oferece.

Se lhe oferecerem um trabalho que pague mil reais, ou menos, que opções vocês têm?

 

É imoral um negócio desses e é terrível ter de escrever isso, mas diante da necessidade (diante da fome até...) e de não ter nada em mãos, nem mesmo um suporte, qual é a outra alternativa?

Eu, Maurício, não nasci em berço de ouro e tive que me submeter a este tipo de salário de fome logo após me formar.

São as contingências da vida...

Se não há perspectiva nenhuma pela frente e uma grande necessidade por dinheiro, não vejo alternativa: dinheiro não cai do céu!

Essa é a premissa!

Depois vem o depois!

Se a situação não lhe deixa feliz - não deixa ninguém feliz - não só basta trabalhar por pouco, mas é preciso desejar ardentemente crescer na profissão, não só fazendo um bom trabalho, ganhando experiência, malícia, criando contatos, se arriscando em projetos, buscando o aperfeiçoamento e LUTANDO por um espaço no mercado.

E isso leva tempo, e isso é sofrido, e isso às vezes dói na alma e no orgulho.

Muitos deixam a advocacia neste processo pelo simples fato de não terem forças para construir a própria estrada. Quantos e quantos advogados não existem que estão exercendo outros ofícios por não encontrarem um espaço no mercado cuja formação acadêmica deveria ter-lhes garantido?

Talvez centenas de milhares...

E nem estou computando aqui os milhões de bacharéis que sequer passaram no Exame de Ordem.

 

O desemprego, meus caros, é uma das piores coisas que podem acontecer a uma pessoa, em especial para quem tem uma formação jurídica superior:

Desemprego é uma das experiências mais devastadoras para a mente

Uma pesquisa de 2005 concluiu que os trabalhadores desempregados engajados ativamente na procura de um trabalho são mais propensos a ter pior saúde mental.

Segundo os psicólogos, por conta de tal experiência, essas pessoas podem sofrer consequências mentais por um longo tempo.

Entre os males do desemprego na saúde física e mental, os especialistas apontam: depressão, maus hábitos alimentares (comer demais por ansiedade, comer mal), estresse, ansiedade, irritabilidade, pensamentos negativos, insônia (más noites de sono), fatiga, letargia, dores no corpo, hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.

Ninguém ainda provou uma relação causal entre desemprego e danos ao coração, mas uma pesquisa da Universidade Harvard (EUA), por exemplo, mostrou que perder o emprego pode aumentar de 50 a 80% as chances de desenvolver alguma doença como hipertensão, problemas cardiovasculares, derrame e diabetes.

Outras pesquisas indicam que os desempregados têm duas vezes mais chances de ter um grande episódio depressivo, além de risco maior de cometer suicídio. O desemprego também é bastante relacionado à violência doméstica e ao abuso do álcool.

Mais estudos sugerem que homens com filhos tendem a ver o desemprego como uma derrota mais do que as mulheres com filhos, talvez porque elas são mais propensas a ver a falta de um trabalho como uma oportunidade de passar mais tempo com a família.

Fonte: HypeScience

Aceitar um emprego ruim, ao menos, já ajuda a recuperar um mínimo da autoestima, já serve para dar um "start" na tentativa de crescer na profissão.

Mas fica o alerta: é uma solução paliativa! NUNCA permitam o acomodamento, nunca deixem de buscar o crescimento. Do contrário, o próprio sistema de exploração da força de trabalho os esmagará, e a tendência é não só a de ser um profissional desvalorizado como também, o pior de tudo, o de viver para si uma vida que nunca foi sonhada.

Mas não basta só aceitar um emprego ruim, é preciso, antes de tudo, conseguir um.

Está é a dificuldade do nosso amigo!

Como então arrumar o primeiro emprego? Como conquistar a primeira chance?

 

Vamos pensar os melhores caminhos para conseguir um emprego na advocacia:

1 - Acionando a network

O termo network é mais chique do que escrever (QI - Quem Indica) ou peixada. è simplesmente acionar a rede de contatos, expor o problema e conseguir que algum parente, amigo ou conhecido faça uma indicação para alguém que esteja precisando.

Em regra é a forma mais EFICIENTE de se conseguir um emprego. O contato pessoal, a confiança pessoal são insubstituíveis e um grande capital do ser humano para QUALQUER tipo de atividade.

Confiança não tem preço, assim como também a reputação.

Se você pode acionar sua rede de relacionamentos e colocar alguém para achar um espaço no mercado, faça isso.

Ex-professores podem ser úteis neste processo, assim como ex-empregadores.

2 - Construindo a network

Não têm um network forte ou ligado à área? Pois passem urgentemente a participar das atividades da suas seccionais, em especial da Comissão de Jovens Advogados.

Trabalhem como voluntário em eventos, sejam prestativo, construam uma imagem entre os colegas e façamfuncionar a sua rede de contatos.

É algo que demanda certo tempo, e tem uma eficiência mediana em termos tempo.

3 - Classificados

Tanto online como em jornais impressos, sempre surgem vagas para advogados. Aliás, é onde costumam aparecer as ofertas mais rasteiras.

Vocês verão que mesmo essas ofertas são muito disputadas. Eu mesmo consegui um emprego assim, mas ainda como universitário, em um cartório. Acho que levei dois meses no processo de busca por espaço no mercado.

Aqui as chances podem surgir de plano ou levar alguns meses. Como a busca não depende de contatos, pode ser feita com discrição e só depende do próprio desempenho de vocês.

4 - Defensoria Pública e Assistência Jurídica Gratuita

Trabalhem de graça, nem que seja uma vez por semana, na Defensoria Pública dando assistência Jurídica Gratuita. Por um acaso vocês vão se defrontar com vários advogados ao longo deste processo. éÉ um excelente ambiente para mostrar serviço e fazer com que os outros notem isso, em especial os advogados do ex-adversos.

Alguém pode se interessar pelo trabalho de vocês e oferecer um convite de emprego, ou, o que é mais provável, você estabelecer um contato mínimo até ter coragem de pedir um emprego.

Este processo é mais demorado.tem a vantagem de trabalhar a experiência, mas não é exatamente bom quando há urgência na contratação.

5 - Eventos de contratação

Não sei quantas seccionais patrocinam estes eventos, mas ao menos aqui na OAB/DF eles funcionam e produzemum resultado que posso chamar de, ao menos, regular.

Isso já é muito!

OAB/DF faz nov evento para aproximar advogados de escritórios de advocacia

Participem destes eventos sem medo. Se eles não existem nas suas seccionais, cobrem das comissões de Jovens Advogados. é uma forma aberta e direta de contratação.

6 - Cadastro em sites de empregos

Espalhem seus currículos sem dó nem piedade em sites especializados em intermediar a contratação entre empregadores e empregados.

Segue uma relação deles para vocês analisarem. Cada um tem suas particularidades. Fiquem atentos a isto!

Empregos.net

O site oferece serviços de busca de empregos e cadastro de currículos gratuitamente. Para manter suas informações no site, é necessário atualizá-las pelo menos uma vez a cada seis meses.

Vagas

O Vagas é outro site que conquistou respeito na área de carreira com seus serviços de cadastro de currículos e pesquisa de vagas gratuitos.

Guia do Emprego

O site disponibiliza de forma gratuita grande quantidade de informações e dicas valiosas para interessados em Empregos e Estágios.

Curriculum

Com mais de 50 mil vagas anunciadas, o site oferece cadastro gratuito e envia por e-mail as últimas oportunidades de emprego na área do usuário.

Emprego Certo

Oferecido pelo UOL, o site filtra as vagas por área, região e cargo. O usuário pode utilizar o serviço gratuitamente por sete dias.

BNE

Cadastre seu currículo grátis no BNE ? Banco Nacional de Empregos! São milhares de vagas e empregos surgindo a todo momento com diversas empresas

RH Link

Serviços de cadastro e busca de vagas de emprego e curriculum.

InfoJobs

Com 10 milhões de candidatos cadastrados, o site oferece serviço gratuito aos usuários que desejam se candidatar a alguma vaga e gerenciar a sua carreira online.

Indeed

O usuário pode se cadastrar de forma gratuita nas mais de 65 mil novas vagas de emprego.

Catho

Um dos sites mais conhecidos do ramo, o Catho permite anunciar o currículo gratuitamente por sete dias. O usuário tem a opção de importar dados do Facebook ou do LinkedIn.

Indeed

O site reúne milhares de vagas anunciadas em centenas de sites de empregos, jornais, empresas e agências de recrutamento.

7 - Realização de diligências

Não é exatamente um emprego, e sim pura iniciativa do advogado, que se coloca a disposição para fazer diligências. Pode render uma boa receita para quem tem jogo de cintura, mas também é onde encontramos os maiores abusos quando o assunto é a oferta de valores irrisórios.

Cadastrem-se nestes daqui:

Jus Brasil

Era um site de notícias jurídicas e virou uma imensa rede social fechada para operadores do Direito. Oferece ostensivamente vagas para cadastro de advogados dispostos a fazer diligências.

Migalhas

Tradicional site de notícias jurídicas que também oferece esse serviço.

Juris Correspondente

Advogado Correspondente

Jurídico Correpondente

Total Jur

Apoio Correspondente

Dos sites elencado eu só conheço os dois primeiros. Os demais foram resultado de uma bisca que fiz no Google. Dentre este, o Juris Correspondente foi o que me causou a melhor impressão. Os demais precisam ser avaliados.

8 - Linkedin

O Linkedin é a maior rede de profissionais do mundo. É um site muito famoso

Linkedin

O principal propósito do site é permitir que usuários registados possam manter uma lista detalhada de contatos de pessoas que eles conheçam e em quem confiem. As pessoas nessa lista são chamadas de conexões. Os usuários podem convidar qualquer um (seja um usuário do LinkedIn ou não) para tornar-se uma conexão. Esta lista de conexões pode, então, ser usada de vários modos:

a) Uma rede de contatos acumulada, constituída de suas ligações diretas, de segundo grau, terceiro grau e assim por diante facilitam o conhecimento de profissionais através de seus contatos mútuos.

b) Isso pode ser usado para encontrar trabalhos, pessoas e oportunidades recomendadas por qualquer um na sua rede de contatos.

c) Os empregadores podem listar trabalhos e buscar por candidatos potenciais.

d) Todos os candidatos a emprego podem rever o perfil de contratação e descobrir qual dos seus contatos existentes poderia apresentá-lo aos empregadores.

É o esquema do network pessoal levado para o mundo da web, mais sofisticado mas não tão eficaz. De toda forma, é importante ter um.

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Toda a condição precária é intermediária de uma melhor. O importante é lutar e NUNCA cair na zona de conforto.

A precarização das condições de emprego na advocacia deriva do contexto, da explosão de faculdades e de uma economia que não consegue absorver, há décadas, todos os novos profissionais.

Conheço vários colegas de faculdade que deixaram o mundo jurídico por não conseguirem espaço para trabalhar. é assim que a realidade se apresenta.

Sobre aos jovens advogados recusarem este jogo e partirem para montar o próprio escritório ou entrar na dança. Uns têm posições mais privilegiadas e conseguem iniciar no mercado com mais qualidade, outros (a maioria), pelas mais distintas razões, não têm essa sorte e precisam ralar muito para conseguir, do trabalho, tirar ao mesmo tempo o sustento e a dignidade.

Conheço muita gente que recrimina fortemente quem entre no jogo dos baixos salários e baixo s honorários, mas eu não consigo fazer isso: quando a necessidade aperta, quando a FOME aperta, quando os seus estão mal-amparados, é que nós vemos o que é de fato possível ou não.

Não consigo apontar o dedo para quem está em dificuldades.

E o que fazer para mudar o contexto?

Essa é uma pergunta que coloco há anos aqui no Blog. Anos mesmo!

E a minha resposta, após acompanhar o mercado por tanto tempo, é uma só: NADA vai ser feito!

O MEC continua abrindo suas faculdades...

Chegamos lá! Brasil atinge a incrível marca de 1.306 faculdades de Direito!

A OAB, apesar de seus esforços, continua sem instrumentos de coerção...

MEC altera regras para criação de cursos de Direito e ?dá um balão? em pleito histórico da OAB

E ainda temos o Eduardo Cunha querendo acabar com o Exame de Ordem...

Relator do PL contra o Exame da OAB diz que vai entregar rapidamente o novo relatório para ser votado na CCJ

O problema, meus caros, é ESTRUTURAL.  As soluções, soluções de verdade, são muito difíceis de serem implantadas. Pensem no lobby das grande empresas de educação, cheias de forças dentro do Congresso Nacional fazendo de tudo para garantir muitas vagas e estudantes a rodo Brasil afora.

É bem verdade que o "Pátria Educadora" da Dilma (leia-se "corte nas verbas do FIES") conseguiu em uma paulada só cortar mais vagas nas graduações em geral do que todo o trabalho efetivado pela OAB em toda a sua história. Mas isto nós devemos à crise econômica e contingenciamento de verbas públicas, e não algo derivado de políticas educacionais.

Ser diferente na advocacia exige muita engenhosidade, inteligência, paciência e trabalho dos atuais e futuros jovens advogados.

Aceitar um emprego mais-ou-menos logo no início da profissão é uma barra, imposta pela necessidade, mas é um início para algo melhor no futuro. Toda carreira é uma progressão.

O mercado, meus amigos, NÃO vai mudar.

Exceto se o Exame de Ordem acabar...aí só Deus sabe o que vai acontecer.

Em tempo: consegui uma entrevista de emprego para o nosso amigo. Vamos ver o que acontece!