Terça, 26 de maio de 2015
O site Quacquarelli Symonds - Top Universities publicou um estudo com as melhores universidades de Direito do Mundo, tanto com base em um ranking global como também por regiões.
O ranking foi montado com base em 3 fatores distintos: reputação acadêmica, reputação dos empregadores e citações de trabalhos acadêmicos.
1 - Reputação Acadêmica
Foram colhidas as opiniões de 85.062 professores pelo mundo inteiro para criar a métrica de reputação.
2 - Reputação dos Empregadores
A Quacquarelli Symonds recolheu as respostas de 41.910 empregadores pelo mundo dos graduados de todas as instituições.
3 - Citações de trabalhos acadêmicos
Dada a impossibilidade de se pesquisar as citações de todo o conteúdo publicado, a empresa responsável pela pesquisa limitou as fontes de consulta. Todas as citações foram pesquisadas pelo sistema Scopus, a base de dados mais abrangente de pesquisa de citações.
Com base em todo este material , as universidades receberam uma nota de reputação acadêmica, reputação de empregadores e e de volume de pesquisas relevantes, que juntas formaram a nota final, cuja máximo é 100.
Confiram, primeiramente, o ranking da América Latina:
O Chile domina o ranking sul-americano com 5 instituições, seguido pelo Brasil com duas, as famosas USP e FGV, A Universidade de Buenos Aires, dos hermanos Argentinos e a Universidade dos Andes, Colombiana.
No ranking global aparecem apenas a USP e a FGV, o que mostra uma grande fragilidade na nossa formação jurídica (nada que já não saibamos).
O Brasil tem 1.306 faculdades de Direito, o maior contingente do mundo, e mesmo assim só emplaca duas instituições entre as 100 mais.
Chegamos lá! Brasil atinge a incrível marca de 1.306 faculdades de Direito!
Isso, muito em parte, decorre da falta sistêmica de pesquisa e extensão nas nossas universidades, além de políticas públicas voltadas para atender ao lucro das mantenedoras e não ao ensino em si mesmo. Os baixos percentuais de aprovação no Exame de Ordem, em certa medida, refletem essa realidade.
Sim! Pode-se argumentar que as portas do FIES foram fechadas, mas só o foram agora, no começo do ano. Existe todo um contexto por detrás da atual conjuntura.
Vamos dar uma olhadinha agora no ranking global:
Harvard, para variar, encabeçando a lista, seguida pelas britânicas Cambridge e Oxford e, novamente, pelas americanas Yale, New York e Stanford.
Vamos agora dar uma olhada no ranking europeu:
Curiosamente, a instituições do "Common Law" dominam o ranking global e europeu. é de se perguntar o porquê disto, tirando a obviedade dos Estados Unidos ter a maior economia do mundo, maior produção científica e compartilhar a mesma língua dos ingleses.
Ou talvez isso já seja o suficiente...
De toda forma, com a inação do MEC, fiscalização pífia, para não dizer inexistente, poucos investimentos e uma imensa dificuldade do CNE em pensar novas diretrizes curriculares para o nosso ensino jurídico, aposição ocupada hoje pelo Brasil tende a permanecer a mesma, até algusn outros vizinhos nossos nos expulsarem de ver da lista.
Mas nem isto, creio, comoveria as autoridades desta "pátria educadora."
Vejamos o ranking da América do Norte:
Domínio americano, como era de se esperar, com algumas presenças do Canadá e nenhuma mexicana.
Perguntem-se qual é a importância disto para o desenvolvimento de uma nação. A resposta só pode ser uma...