Sexta, 13 de junho de 2014
Existem diversas técnicas e estratégias para que estudantes possam entender melhor o conteúdo dado em sala de aula e rever o que foi ensinado. Apesar de essas dicas serem positivas, um estudo recente aponta que a melhor maneira de aprender mais e melhor é pensar sobre o conteúdo ensinado.
A pesquisa foi realizada por pesquisadores da HEC Paris, Harvard Business School e University of North Carolina. Nela, eles se propunham a entender como pensar podia melhorar o processo de aprendizado. O resultado comprova que fazer uma reflexão sobre os pontos ensinados, ou seja, sintetizar, articular e digerir as novas informações.
No estudo, os pesquisadores separaram dois grupos de pessoas da mesma faixa etária, e ambos tiveram que resolver uma prova difícil de matemática em pouco tempo. Porém, o primeiro grupo teve que escrever em uma folha quais foram as técnicas e lógicas utilizadas por eles para fazer a prova, e como eles fariam o mesmo teste em uma segunda tentativa, e o outro grupo não fez nada. Após eles aplicarem a mesma prova após algumas horas, a primeira equipe teve um resultado 18% melhor do que os outros.
Os pesquisadores chegaram à conclusão de que uma reflexão sobre o que foi visto na prova permitiu com que os indivíduos criassem novos processos lógicos e, com isso, pudessem digerir melhor as perguntas do teste.
Além disso, os estudos mostraram que existe um tipo de reflexão mais eficiente dependendo da idade da pessoa. Adolescentes podem pensar sozinhos sobre o que foi ensinado ou compartilhar esse conteúdo com um amigo, e alunos mais velhos devem anotar ou fazer um resumo das novas informações.
Por isso, logo após uma aula, cultive o hábito de rever mentalmente o que foi ensinado, converse com alguém sobre isso ou faça anotações. Dessa forma, você estará assimilando e gravando de maneira eficaz essas informações e seus resultados serão melhores.
Fonte: Universia Brasil
Este é um conceito interessante: pensar sobre o que aprendeu e como aprendeu pra auxiliar o processo de aprendizagem.
Vejam! Não se tratou de um processo de MEMORIZAÇÃO, e sim de aprendizagem. E isso é bastante significativo!
E também a diferença de desempenho entre um grupo e outro - de 18% - foi absolutamente notável. Esses 18% representa uma diferença IMENSA considerando o modelo de estudo. Imaginem se a metodologia for aplicada não apenas em um momento, mas dentro de todo um processo mais abrangente de aprendizagem.
O percentual, em se tratando de estudos, foi muito significativo.
Esse método pode ser incluído dentro do processo de se elaborar resumos, ajudando a delimitar o que não foi apreendido com a leitura inicial de um determinado conteúdo como também ampliando os efeitos nesta etapa de fixação do conteúdo. Se você lembra, o conteúdo ao fazer uma revisão, ao menos naquele momento está fixado, e se você reflete sobre como e o que aprendeu, tende a aumentar a taxa de aprendizado.
Isso também é aplicável na revisão do conteúdo estudado dentro de um período em específico, incrementando o processo de se avançar nos estudos sem, contudo, perder a informações previamente estudadas. Ou seja, avançar nos estudos sem esquecer o que ficou para trás.
E, assim, sofistica-se a aprendizagem rumo ao que chamamos de "memória profunda", quando uma informação está fixada de forma consistente na memória.
Pensem em uma forma de avaliar o sistema e depois, caso os resultados sejam positivos, implementá-lo.