Quem fez 38 ou 39 tem chance? Vamos conversar sobre a possibilidade de anulações na 1ª fase da OAB?

Segunda, 30 de novembro de 2015

Muitos candidatos, evidentemente, estão preocupados com a questão dos recursos e com a possibilidade da OAB anular alguma coisa ou não. E sim, quem determina as anulações é a OAB, e não a FGV, que apenas acata o que a Ordem determina. Estou vendo que existem até 5 recursos sendo cogitados para esta prova, quantidade que eu, pessoalmente, acho exagerada. As anulações, de afirmo isso de forma categórica, não guardam nenhuma correlação com o número de anulações. Vamos então, para começo de conversa, ver o histórico recente de anulações: possibilidade de anulações na 1ª fase da OAB 2 Esse é o histórico recente. Tenho dados que remontam ao ano de 2006, mas que não publico mais porque perderam a importância em função da mudança da banca e do contexto do Exame em geral. Ou seja: acompanho e registro as anulações desde muito antes do Exame ser totalmente unificado. Mas vamos falar de outra coisa, mais especificamente da provaretrasada, a do XVI Exame, bem fresquinha na cabeça dos candidatos. Pois é... Foi simplesmente a 5ª pior prova de todos os tempos em termos percentuais, e talvez a pior prova sob o ponto de vista técnico. Essa distinção entre o percentual e a percepção se justifica somente por um incremento do processo de preparação dos candidatos ao longo do tempo. Os cursinhos evoluíram e isso se reflete na prova, que também, por sua vez, evoluiu quanto ao grau de dificuldade em si. Vamos ver as 5 piores provas de todos os tempos, em termos puramente estatísticos: No XVI Exame de Ordem nós tivemos 111.816 inscritos, com 26.836 aprovados, o que dá um percentual de aprovação de 24%. Este percentual de 24% está um pouco longe das piores edições da prova. No XII o percentual de aprovados na 1ª fase foi de 21%. No IX Exame o percentual foi de 16,67%, e aqui precisamos mencionar que tivemos 3 anuladas na 1ª fase! Sem elas a aprovação teria sido de 10,3%. Tanto é que nesta edição, pela 1ª vez, a OAB não publicou a lista de aprovados, certamente temendo um exacerbamento extremo das críticas (que na época foi imensa). Estatisticamente, portanto, a 1ª fase do IX Exame foi a mais devastadora de todas as provas objetivas. No IV Exame de Ordem o percentual foi de 18,48% na 1ª fase. No 2010.1 o percentual foi de 19,95%, e isso porque tivemos 5 anulações. Sem elas o percentual teria sido de 10,43%. No 2009.1 o percentual de aprovação na 1ª fase foi de 21,88%. Na prova retrasada fizemos 4 recursos, sendo que 3 eram muito consistentes, de questões com erros gravíssimos! E, apesar da baixa aprovação, apesar dos erros grotescos, a banca foi inflexível e não anulou rigorosamente nada. Entretanto, na prova passada, no XVII Exame, tivemos um gigantesco número de inscritos, muitos aprovados na 1ª fase e, ainda assim, a OAB anulou 2 questões! Quem explica??? A verdade, e ela precisa ser dita, é que não dá para fazer a MENOR ideia sobre como a banca da OAB vai se pautar. Nós aqui do Portal achamos que ao menos duas questões são passíveis de anulação. Seriam as duas abaixo: questões são passíveis de anulação 1   questões são passíveis de anulação 2 Isso em princípio. Ainda vou fazer, com calma, um escrutínio de toda a prova, e, mais para frente, se surgirem argumentos consistentes, iremos elaborar os respectivos recursos. E agora? Como se pautar? Dá até para imaginar a OAB anulando esses duas questões, mas nunca é possível cravar com certeza nada. Dá para arriscar? Sim, é possível arriscar! Quem fez 38 ou 39 pontos pode arriscar tendo alguma esperança. Quem fez 37 ou menos...bom, aí o prognóstico fica mais difícil. É o máximo que pode ser dito. Não temos garantias, não temos certezas e não é possível dar ESPERANÇA para vocês. Trata-se de realmente assumir um risco. E por que assumir um risco, por que não esperar pela anulações? A razão é simples: as anuladas só serão reveladas quando faltar menos um mês para a prova da 2ª fase. Até dá para estudar alguma coisa, mas a partir deste ponto a preparação seria capenga, pois o volume de conteúdo é maior do que o tempo disponível para esgotá-lo. A razão para assumir o risco é de ordem estritamente prática: gestão do tempo.

"E você Maurício, se estivesse nesta situação, arriscaria?"

O maior entrave para se assumir o risco é o medo, medo de fazer uma escolha errada e quebrar a cara ao final. Aqui no CERS, para este caso, nós temos o Seguro CERS, ou seja, se a OAB não anula as questões, ou as anulações ao fim não ajudam, o candidato converte o dinheiro gasto na 2ª fase no curso de 1ª fase. é uma forma de mitigar o prejuízo do risco. Seguro CERS: sua inscrição na 2ª fase convertida em bônus para curso de 1ª fase caso a OAB não anule nenhuma questão Ademais, o estudo sempre fica, e será aproveitado em outra oportunidade. O "prejuízo" então é mitigado pelo aproveitamento do conteúdo e da certeza de que ele, o conteúdo, será necessário no futuro. Compensa arriscar? Para quem fez 38 ou 39, sim. Quem fez menos...aí fica mais complicado. Reflitam com calma, consultem outras pessoas e tomem aquela que julgarem ser a melhor decisão.