Sexta, 18 de maio de 2012
Há muito tempo escrevo sobre o possível grau de dificuldade das provas da OAB. E na maioria da vezes acertei minhas previsões.
Mas também já errei.
Aliás, errá-las se tronou algo mais comum nas duas últimas edições, pois a lógica do grau de dificuldade passou por uma mudança.
Mas antes vamos deixar claro um ponto: minha percepção sobre o graud e dificuldade é sempre estribada nas estatísticas. A percepção sobre uma prova é sempre subjetiva, personalíssima. Tento fugir disso ficando adstrito apenas aos números, ou seja: percentuais maiores de reprovação, prova mais difícil; percentuais menores, prova mais fácil.
Agora, a percepção de fácil ou difícil é sempre feita dentro da compreensão de que a prova é SEMPRE difícil. Seria apenas mais fácil ou mais difícil como variações contidas em um grau elevado de dificuldade.
Muito bem...
Conversei com duas pessoas que realmente entendem de Exame de Ordem e ambos acham que a próxima prova será mais difícil que suas duas últimas antecessoras.
Como vocês sabem, os percentuais finais de aprovação nas duas últimas edições do Exame subiram de uma média de 15% para algo próximo dos 24%. Uma mudança dramática. E nas 2 últimas provas da primeira fase os percentuais de aprovação ficam na casa dos 45%. Praticamente metade dos inscritos passaram na prova objetiva.
Essas duas pessoas com quem conversei acham que a "flexibilização" da prova chegou ao seu fim e a próxima edicão retornará aos patamares antigos. Eu tenho minhas razões para acreditar que a atual conjuntura de aprovação perdurará por pelo menos mais duas edições do Exame, e o futuro da prova a partir daí torna-se uma absoluta incógnita.
Ano que vem teremos mudanças no Conselho Federal da OAB e a nova gestão, de uma forma ou de outra, dará ao Exame a sua própria feição. Quanto a isso não é possível especular.
Infelizmente, com a mudança do contexto, não é mais possível antecipar com alguma segurança o quão difícil será a prova. Entramos em uma "era" de indefinições.
No dia 27 descobriremos o que vai na cabeça da OAB.