Quarta, 29 de agosto de 2012
Depois de divulgado o número de inscritos na 1ª fase do Exame de Ordem podemos, enfim, especular sobre o futuro grau de dificuldade da prova.
NOTA: o grau de dificuldade é sempre um conceito subjetivo. Logo, minhas impressões são construídas exclusivamente sobre dados estatísticos.
Na edição passada eu imaginei que a prova seria mais difícil que suas duas antecessoras e....e sob o critério estatístico eu errei! Vamos ver quantos foram aprovados nas últimas primeiras fases:
V - 108.355 inscritos - 1 anulada - 46,72% de aprovação final na 1ª fase
VI - 101.246 inscritos - 2 anuladas - 46,30% de aprovação final na 1ª fase
VII - 111.909 inscritos - 4 anuladas - 41,01% de aprovação final na 1ª fase
Mas esse meu "erro" foi estritamente estatístico e teve uma causa pós-prova. Logo após a prova da 1ª fase descobrimos que 3 das questões objetivas eram copiadas de edições passadas da prova, gerando a anulação de 4 questões (as 3 repetidas e mais uma de lambuja), jogando o percentual de aprovação bem para cima e dando a impressão de que a prova, ao menos no campo estatístico, foi assemelhada as duas anteriores.
Mas não foi, foi mais difícil.
Mesmo com as 4 anuladas o percentual de aprovação na 1ª fase do VII Exame foi menor que as das duas anteriores. Se fossem apenas 2, por exemplo, esse percentual seria certamente bem menor.
Ou seja, a prova foi mais difícil comparando com as duas anteriores, e isso foi sentido de plano pelos candidatos logo após a sua aplicação.
Dentro dessa lógica, no mínimo podemos esperar uma prova IGUAL a última, sendo possível projetar que ela poderá ser um pouquinho mais difícil.
Olhem o número de aprovados nas últimas edições:
2010.2 - 106.041 inscritos - 16.974 aprovados
2010.3 - 106.891 inscritos - 12.534 aprovados
IV Unificado - 121.380 inscritos - 18.234 aprovados
V Unificado - 108.355 inscritos - 26.024 aprovados
VI Unificado - 101.246 inscritos - 25.912 aprovados
VII Unificado - 111.909 inscritos - 16.419 aprovados
Vejam que o número de aprovados no V e VI Exames deu uma subida significativa, e no VII Exame o número de aprovados caiu para a média das edições um pouco mais antigas (em azul).
Poderíamos dizer que o V e o VI Exames foram pontos fora da curva. Seria o VIII Exame também um ponto fora da curva?
Até pode ser, mas eu não depositaria as minhas esperanças nisso.
Mas independentemente do grau de dificuldade, perdura a regra geral para todo e qualquer examinando: preparem-se sempre para o pior. Quem está pronto para o pior enfrenta qualquer conjuntura; se a prova vem difícil, ele dá conta; se vem fácil ele nada de braçada.
No dia 9 de setembro saberemos.