Qual o momento ideal para estudar Ética faltando 2 semanas para a prova da OAB?

Segunda, 14 de maio de 2012

Qual o melhor momento para se estudar Ética profissional?

A pergunta é pertinente, pois se Ética representa 12 questões na prova, e, se vocês precisam acertar 40 delas para serem aprovados, Ética então representa 30% do caminho para se chegar aos 40 pontos.

É coisa pra caramba!!

E a importância dessa disciplina é mais evidenciada ainda pelo pequeno volume de conteúdo a ser estudado.

Em suma: nenhum candidato em sã consciência pode negligenciar o estudo de Ética Profissional.

O ponto é: qual o melhor momento para isso?

É tentador mesmo afirmar que o melhor é deixar para estudar a Deontologia Jurídica nos 3 últimos dias antes da prova, por que a matéria estaria mais "fresca" na cabeça.

Em parte é verdade.

Em parte!

Imaginem duas hipóteses de estudo:

1) o candidato tira dois dias na véspera da prova e estuda Ética lendo as normas correlatas e resolvendo muitos exercícios;

Estatuto da Advocacia e da OAB

Regulamento Geral

Código de Ética e Disciplina

Provas objetivas anteriores do Exame Unificado

2) o candidato estuda AGORA, faltando duas semanas, lendo as normas correlatas e resolvendo exercícios e, faltando dois dias para a prova, repete o procedimento, relendo as normas e refazendo os exercícios.

Pergunto: qual das duas hipóteses gerará uma SEDIMENTAÇÃO maior do conteúdo na cabeça?

Não questiono o frescor da informação na memória em ambas as hipóteses, mas creio que a sedimentação do conteúdo será mais intensa observando-se a 2ª hipótese.

E a razão já foi explicada no post "Falta exatamente um mês para a prova da 1ª fase da OAB! Como estudar nesse período?".

""O professor Rogério Neiva, em seu livro Como se preparar para concursos públicos com alto rendimento, cita o neuropsicólogo Vitor da Fonseca, cuja percepção do processo de aprendizagem "compreende um processo funcional dinâmico que integra quatro componentes cognitivos essenciais: input (auditivo, visual, tácilo-quinnestésico etc.); cognição (atenção, memória, integração, processamento simultâneo e sequencial, compreensão, planificação, autorregulação etc.); output (falar, discutir, desenhar, observar, escrever, contar, resolver problemas etc.); retroalimentação (repetir, organizar, controlar, regular, realizar, etc.).""

Estudar agora e depois estudar na véspera da prova promoverá a RETROALIMENTAÇÃO do conteúdo. O candidato laborará novamente o conteúdo, criando um reforço no conteúdo, tanto em sua lógica como em seus elementos.

Ou seja, a memorização será mais intensa e eficaz.

O candidato lê ou assiste uma aula (input), compreende (cognição), resolve os exercícios (output), e repete o processo (retroalimentação), CONSOLIDANDO o conteúdo para depois disponibilizá-lo quando solicitado pelos comandos dos enunciados da prova objetiva.

Sob essa perspectiva, estudar ética agora por uns dois dias, de forma intensa, e depois, faltando apenas dois dias para a prova, seria a melhor alternativa.

E compensa?

Aqui temos um questionamento interessante.

O tempo agora, para todos os candidatos, é um artigo de luxo. Desperdiçá-lo é um verdadeiro pecado.

O grande ponto da escolha entre uma alternativa ou outra está na sua eficiência. Obviamente reputo à segunda alternativa como a mais consistente, mas a primeira, de deixar para estudar faltando apenas dois ou três dias para a prova, pode atender as necessidades do candidato.

Isso em razão do volume relativamente pequeno de conteúdo a ser estudado.

Um metodologia interessante para ser utilizada é a de ler o Estatuto, o Código de Ética e o Regulamento Geral cada um três vezes seguidas, e depois resolver no MÍNIMO 100 questões de Deontologia.

O conteúdo, como já falamos, fica "fresquinho" na cabeça e o candidato faz bonito na prova.

Ou seja, o 1º método pode ser satisfatório tanto pela proximidade da prova como também por sua completude. Claro! Como já aduzi, o 2º modelo é o melhor, mais completo, mas o 1º pode atender às necessidades.

Ética é importante porque, como escrevi acima, são 12 questões em 80, representando 30% das questões necessárias para a aprovação (12 em 40).

Acertar 30% do necessário é um passo imenso, imenso, imenso rumo à aprovação na 1ª fase.

Se o candidato já vem em uma preparação boa para a prova, o 2º modelo certamente é o indicado.

Se o candidato começou recentemente a se preparar e tem muito para estudar, o 1º modelo atenderá suas necessidades.

Agora, independente da escolha, o candidato TEM de estudar, e muito, Ética Profissional.

É o feijão-com-arroz da 1ª fase.