Segunda, 31 de janeiro de 2022
Quais as prioridades na hora de revisar o conteúdo para a prova objetiva da OAB? O tempo, a partir de agora, deve ser usado para fazer os ajustes finais na preparação, e os ajustes dependem, em larga medida, da compreensão do conteúdo estudado e do que foi efetivamente apreendido. É a análise de desempenho, conceito de estatística e administração que importei para o Exame de Ordem.
Com a resolução dos simulados e de provas anteriores vocês agora devem ter uma noção do atual estágio de preparo. A mensuração de desempenho, portanto, tem o condão de mostrar as virtudes e as deficiências.
A partir do reconhecimento dos pontos fortes e fracos, o candidato tem de fazer a seguinte análise:
1 - Os pontos fortes são o suficiente para assegurar no mínimo 48 acertos na prova? Ou seja, 60% da pontuação total?
Porque 60%? A ideia é, como já escrevi em outras oportunidades, é ter uma gordura para queimar considerando a probabilidade de erro. Esses 60% é uma margem mínima de segurança no caso, exatamente, da falibilidade do ser humano.
Se o candidato nos simulados e nas provas está ali na faixa dos 40 pontos, o risco para ele é bem maior. Um desempenho acima dos 40% é importantíssimo.
Daqui partimos para o ponto 2:
2 - Compensa mais reforçar o que se sabe ou partir para as disciplina cujo desempenho não foi bom?
Se o candidato tem uma média de acertos na casa dos 60% ele tem a margem para fazer duas escolhas: reforçar o que já sabe, com muita revisão, ou tentar ampliar a margem e atacar os pontos fracos. Qualquer uma das escolhas é aceitável.
Mas se o candidato está na faixa dos 38-42 pontos, em especial abaixo dos 60%, aí recomendo o estudo de disciplinas em que o desempenho não é bom. É importante conseguir pontos onde o conhecimento não é tão consistente.
Dos dias 07 a 18/02 teremos transmissões recheadas de dicas pensadas de forma estratégica para os alunos fixarem os principais tópicos para a prova objetiva. Os professores do Jus21 vão trabalhar de forma didática e objetiva o que realmente interessa para os candidatos.
As transmissões serão ao vivo, online e gratuitas, bastando que os interessados acessem o Youtube do Jus21.
Aqui a escolha é mais óbvia, pois reforçar o que já se sabe não tem a propensão de modificar o desempenho final de forma relevante.
Isso é importante!
E, uma vez de posse da compreensão das próprias virtudes e debilidades, quais disciplinas atacar?
Este é um ponto NEVRÁLGICO!
O candidato não pode fazer qualquer escolha, seguindo dicas que indicam genericamente as disciplinas a serem estudadas. A escolha é CUSTOMIZADA, ou seja, personalíssima em função da averiguação das próprias capacidades! A escolha é baseada no próprio desempenho, na quantidade de questões e no volume de conteúdo a ser estudado.
Ou seja: neste caso, fórmulas prontas ATRAPALHAM ao invés de ajudar!
Vamos avaliar isso de forma prática!
Primeiro vamos ver como é a distribuição do número de questões por matéria na prova objetiva:
Ética é um caso a parte e não será abordado aqui. Essa disciplina deve ser estudada somente a partir da quarta-feira da semana da prova. No momento ela não é o foco.
No mais, o candidato deve fazer a seguinte ponderação: quais disciplinas ele deve dar um enfoque especial, considerando aqui o que ele domina, o que ele não domina, o peso das disciplinas escolhidas em função da prova e o volume de conteúdo a ser estudado.
Direito Civil e Processo Civil, por exemplo, possuem um conteúdo bem extenso. Compensa estudar essas duas disciplinas agora, mesmo que o desempenho nelas não tenha sido bom?
Por sua vez, Filosofia tem um conteúdo mais complicadinho e só exigem 2 questões. Compensa estudar?
Entrar de corpo e alma em Direito do Consumidor vai impactar severamente no desempenho? Talvez Direito Processual do Trabalho traga melhores frutos, caso o desempenho nesta disciplina não seja dos melhores neste momento. Afinal, enquanto em um só caem duas questões, no outro são cobradas seis questões.
Que tal, em termos de perspectiva, olharmos o desempenho médio por disciplina dos examinandos ao longo das edições do Exame de Ordem unificado. Esses dados podem ajudar na hora de decidir:
A partir daí vocês devem fazer essa ponderação. É muito cômodo oferecer respostas prontas, mas o candidato tem de ter a compreensão de que possui suas próprias particularidades, e dicas e respostas genéricas são cômodas, mas não exatamente eficientes.
Reflitam com calma e façam a melhor escolha sempre tendo em mente o próprio desempenho, as virtudes e possíveis limitações. Assim vocês definirão com segurança o que estudar faltando duas semanas para a prova da OAB.
E não se esqueçam!
Independentemente da escolha agora é hora, mais do que nunca, de resolver muitas questões para verdadeiramente entrar no ritmo da prova!