Sexta, 5 de março de 2021
O jornal online Valor Econômico, do grupo Globo, trouxe informações importantes do Ministério da Saúde sobre o avanço da pandemia no Brasil e a perspectiva de vacinação da população, fundamental para projetarmos o retorno do Exame de Ordem.
As projeções do ministério não são nada boas dentro de um curtíssimo prazo.
A cúpula do Ministério da Saúde projetou que nas próximas duas semanas o país atinja um pico de mais de 3 mil mortes por dia, em um cenário de explosão de casos derivados das festas de fim de ano, do carnaval, da dificuldade da população em ficar em casa e da circulação de variantes da doença com maior potencial de contaminação.
As ações de lockdown e restrições à movimentação de pessoas continuarão ao encargo dos estados, sem interferência do governo federal.
Já no curto/médio prazo, o Ministério da Saúde prevê que ainda em março a vacinação começa a acelerar, e em abril tanto o Instituto Butantan como a Fiocruz estejam produzindo 1.4 milhões de doses diárias.
A expectativa do governo é de vacinar 70 milhões de pessoas até junho.
Fariam parte desse grupo idosos com mais de 60 anos, pessoas com comorbidades, médicos, professores, policiais, indígenas, entre outros. Ou seja, os grupos com maior exposição e onde surgem a maioria dos óbitos.
Com o reforço da importanção de vacinas, o governo espera vacinar toda a população até o final do ano.
E a prova da OAB e concursos, voltam quando?
Como escrevi anteriormente, a volta do Exame de Ordem - e de concursos também - depende de dois fatores.
1 - A duração dos lockdowns;
2 - A redução das mortes causadas pelo coronavírus.
E agora crio um 3º fator:
3 - As projeções do ministério serem cumpridas.
Não tem como ser diferente disto.
O cronograma do Ministério da Saúde converge com minha projeção de paralisação do Exame por um período de 2 a 4 meses.
Aqui algumas ponderações importantes:
1 - Com a alta das mortes no curtíssimo prazo (duas semanas), somado ao impacto emocional gerado por estas mortes, em conjunto com os lockdowns e restrições, obrigará a população a respeitar mais os isolamentos, reduzindo as contaminações;
2 - Com o avanço da vacinação entre os grupos mais sensíveis, a curva de mortes tende a diminuir ainda mais;
3 - Pode ser que a conjugação destes dois fatores permitam que as autoridades diminuam as restrições por volta de abril ou maio.
4 - Maio, ou mais tardar junho representariam o período do "refrigério", quando poderemos ter mínimas condições para o retorno da prova. Ou maio ou junho, a depender do contexto e do tempo necessário para a FGV reorganizar o retorno da prova.
Maio ou junho parecem distantes no tempo, mas não podemos alimentar ilusões demais. O cenário hoje está bem PIOR se comparado com 2020. E nós sabemos o tamanho da espera que nos foi imposta ano passado.
Nossa esperança está na vacinação e, aparentemente, ela vai começar a ter maior intensidade em um curto espaço de tempo.
A combinação de lockdown e vacinação certamente reduzirá as contaminações, e assim que os lockdowns começarem a cair a FGv poderá pensar em prova.
Vamos torcer para que tudo dê certo.
Com informações do Valor.