Prejudicados no exame da OAB se reúnem nesta segunda com o presidente da OAB-BA

Segunda, 13 de dezembro de 2010

O Exame de Ordem de 2010.2 da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), realizado em novembro pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), está gerando bastante polêmica pelo alto índice ? jamais visto, de reprovação. Em todo o país, dos 106.041 bacharéis inscritos, apenas 12.642 foram aprovados, o que supera os 88% de reprovação.

Na Bahia, bacharéis reprovados e professores de cursos preparatórios realizam, na manhã desta segunda-feira (13), um protesto na tentativa de conseguir um último diálogo com a seccional da Ordem no estado e uma intervenção junto ao Conselho Federal da OAB. Com inscrições a R$ 200 e um número de candidatos que supera os 106 mil, o Exame de Ordem 2010.2 (o segundo de um total de três ao ano), arrecadou mais de R$ 21,2 milhões.

Outro problema é que na terça-feira (7), erros na divulgação dos espelhos de correção da prova teriam gerado dúvidas sobre possíveis equívocos na correção dos exames. Após determinar a recorreção das provas na última quarta-feira (8), o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, voltou atrás depois de um comunicado divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, que é responsável pela realização do certame. A FGV garantiu que não houve prejuízo na apuração das notas e que o erro havia ocorrido apenas na divulgação do gabarito e não na correção das provas.

Ainda assim, candidatos prejudicados, professores e advogados questionam a correção das provas alegando constatação de erros na pontuação das disciplinas, erros de português e, para alguns especialistas, as correções não foram condizentes com as regras previstas no Provimento 136/09 e no edital da prova.

Candidatos e professores baianos foram à sede da secção Bahia da Ordem dos Advogados do Brasil, mas não foram atendidos. O presidente da OAB-BA, Saul Quadros, marcou uma reunião para 15h. Por isso, os candidatos prejudicados se dirigiram ao Ministério Público Federal para ajuizar uma ação civil pública contra o que chamaram de ?ilegalidade cometida pela FGV na correção das provas?. Os bacharéis tentam conseguir por parte da OAB-BA uma intervenção favorável junto à OAB nacional.

Fonte: Bahia Notícias