Por que começar a se preparar desde já para o XVI Exame de Ordem?

Quarta, 29 de outubro de 2014

O Portal Exame de Ordem já lançou seu Curso Preparatório Completo para o XVI Exame de Ordem para quem deseja se preparar com antecedência para esta edição do Exame. Daí surge a pergunta:  faz sentido começar a se preparar desde já para uma prova que ainda está "tão distante..."

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Esse é o ponto: a prova não está "tão distante" assim apesar de faltar aproximadamente 4 meses para ela ocorrer.

Não, ainda não temos o calendário de 2015 do Exame, mas mantida a regularidade das edições é bem provável que este seja efetivamente o lapso temporal disponível de hoje até a sua efetiva data.

Observo há muito a existência de uma espécie de "cultura do imediatismo" quando falamos da preparação para o Exame. Aparentemente os candidatos só se dão conta da prova quando o lapso temporal até ela se aproxima demais, quando não dá mais para ignorá-la. E aí, sob a pressão irresistível da necessidade, os estudos começam a tomar forma.

E isso está errado!

Não raro vários examinandos pedem dicas para começar a estudar com 1 ou 2 meses antes da prova, apostando mais em uma preparação INTENSIVA e geralmente incompleta para conseguir passar na 1ª fase.

Esse tipo de preparação não é a ideal, pois o examinando, em regra, não consegue esgotar todo o conteúdo, além de ter prejuízos quanto ao uso das melhores técnicas de estudo para a preparação.

O ideal é, tal como já escrevi inúmeras vezes, é ler uma doutrina específica ou ver uma aula, acompanhar com a legislação, resolver muitos exercícios e revisar periodicamente o conteúdo para sedimentar a informação, formando a chamada memória profunda.

Com pouco tempo todo esse processo - trabalhoso mas eficiente - é comprometido, seja porque não é possível fazer as revisões ou porque a leitura é apressada ou porque um volume adequado de exercícios não é resolvido, ou todo o conteúdo não é estudado (é o mais comum!) ou mesmo uma junção destes fatores todos.

O prejuízo é manifesto!

Deixar para estudar faltando 1 ou 2 meses é, acima de tudo, uma APOSTA.

Pergunta elementar: faz sentido "apostar" durante o processo de preparação? Não faz, e não faz porque o Exame de Ordem está longe de ser uma prova tranquila.

Atual e futuro contexto do Exame

Os últimos Exames confirmaram mais uma vez a aura de dificuldade em torno da prova. Vamos olhar os dados das últimas edições para termos uma noção do que está acontecendo:

VII Unificado - 111.909 inscritos - 16.419 aprovados

VIII Unificado - 117.852 inscritos - 20.785 aprovados

IX Unificado - 118.537 inscritos - 12.513 aprovados

X Unificado - 124.887 inscritos - 32.088 aprovados

XI Unificado - 101.156 inscritos - 12.786 aprovados

XII Unificado - 122.354 inscritos - 16.665 aprovados

XIII Unificado - Sem divulgação do número de inscritos pela OAB - 21.092 aprovados

XIV Unificado - 110.820 inscritos - 27.835 aprovados

Destaquei deliberadamente o número de aprovados no X Unificado, o maior percentual de todos os tempos.

Ao se olhar a discrepância de aprovados entre o X e o XI e XII Exames a primeira e óbvia pergunta que surge é: como pode ter uma variação tão grande no número de aprovados entre uma edição e as duas seguintes?

Asseguro a vocês: isso não é resultado do acaso!

O X Exame foi o pior de todos os tempos. O volume de confusões, problemas e questionamentos foi tão grande que precipitaram em várias alterações na prova, incluindo aí uma reforma de emergência no provimento e reformas subsequentes nos subsequentes editais: repescagem, indicação correta da peça, etc. Todas com o fito de "apertar" ainda mais o laço.

Uma observação interessante retirada dessas mudanças e ter a percepção de que a OAB está muito atenta ao que acontece e agora passa a reagir de forma quase que imediata aos problemas da prova. A entidade tornou-se muito mais reativa.

Todas as mudanças acima tiveram com o propósito sufocar qualquer tipo de problema nas futuras provas. Foram alterações pontuais na regulamentação para atacar problemas específicos, responsáveis por uma série de controvérsias, tal como a cobrança de jurisprudência pacificada dos tribunais, a delimitação clara do que é a peça prático-profissional, entre outras importantes mudanças.

Não resolveu por completo, em especial pelo o que vimos no XIII Exame, mas deu uma melhorada.

E uma dessas mudanças, certamente a mais sensível, curiosamente não pode ser encontrada no edital ou no provimento: e a mudança no grau de dificuldade da prova, que continua oscilando.

Na 1ª fase do X Exame de Ordem foram aprovados 67 mil candidatos, ou seja, 54% dos inscritos. Na 1ª fase do XI Exame de Ordem foram aprovados 19,67% dos inscritos, ou seja, 19.897 candidatos. E na 1ª fase do XII Exame foram aprovados 25.706 candidatos (21%) dentre os 122.354 inscritos.

De 54% no X Exame caímos para 20% (média) de aprovados no XI e XII exames. Bela discrepância, não é?

Infelizmente a Ordem não divulgou o número de inscritos no XIII Exame, e por isso não temos como saber percentualmente quantos foram aprovados.

Todavia, sei que 21.092 candidatos foram aprovados, o que representa um aumento em relação às edições anteriores, ao menos sob a ótica quantitativa.

E agora, no XIV, tivemos um aumento quantitativo no número de inscritos: 27.835 aprovados, ou 25,11% de aprovação.

O interessante é sempre ver a oscilação nos percentuais finais. Alguns podem achar que as oscilações são pequenas, e talvez sejam, mas para mim elas são significativas.

De toda forma, os percentuais de aprovação são sempre baixos.

De uma forma ou de outra, a lógica da Ordem é sempre a de manter um percentual alto de reprovação. É assim que funciona.

E, claro, há a perspectiva de termos mais mudanças ainda: XXII Conferência Nacional da OAB: o novo marco regulatório do ensino jurídico, alterações na graduação e as possíveis mudanças no Exame de Ordem em 2015

Imagino que agora em novembro as mudanças sejam anunciadas. Não é uma certeza quando a data e quanto ao que efetivamente será mudado, mas teremos mudanças com certeza.

Por que então começar a estudar tão cedo para a prova?

Antecipando a preparação

Este então é o contexto. Não é um cenário agradável, assim como também as estatísticas sozinhas demonstram a natureza da prova da OAB.

Aqui o futuro examinando tem de estabelecer uma tomada de consciência, ou seja, ter a noção da amplitude do desafio: passar na OAB não é fácil!

Isso deve ser somado, naturalmente, com a própria ambição do candidato. Qual é a importância da aprovação? Há um sonho por detrás dela a ser realizado? Vai advogar, concurso público? Essas pretensões exigem, por base, a aprovação na OAB, e levar a preparação e a prova a sério é condição elementar para a realização do próprio sonho.

Daí surge a necessidade de estudar desde agora para a prova do XVI Exame de Ordem: para transformar o sonho em real possibilidade de sucesso.

Prazos

Como tratei antes, não temos uma data ainda para o XVI Exame. mas é razoável supor projetá-la para o final de março ou início de abril de 2015.

É um lapso de tempo muito bom para se conseguir não só esgotar todo o conteúdo programático da prova como também adotar as metodologias de estudo adequadas para fixar corretamente o conteúdo da prova na cabeça.

Aqui faço uma pergunta a quem está lendo o texto: por que esperar?

O que impede dar início aos estudos, o que te impede de começar a transformar uma pretensão em realidade?

Creiam-me: quanto antes tem início a preparação, melhor. Isso não é um achismo, é uma conclusão óbvia e fale para QUALQUER tipo de prova. A diferença é que o Exame de Ordem não é um passeio no parque. É preciso estar efetivamente pronto para ser aprovado.

Reflitam e façam suas escolhas.

Curso completo para o XVI Exame de Ordem! Prepare-se com ANTECEDÊNCIA para vencer a OAB!