Polícia investiga se alunos de Direito rifaram acompanhante de luxo para pagar a festa de formatura

Segunda, 26 de maio de 2014

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Eis que surge mais uma pérola para enriquecer o anedotário dos estudantes de Direito: uma rifa para uma noitada com uma "acompanhante de luxo".

Segundo matéria do G1, a rifa teria como propósito arrecadar recursos para a festa de formatura de estudantes de Direito do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê).

Essa história ganhou repercussão e vai resultar em um inquérito policial em João Pessoa, de acordo com a delegada adjunta da Mulher de João Pessoa, Vanderleia Gadi. Para ela, a rifa configuraria o crime de facilitação da prostituição, tal como previsto no CP:

Art. 228.  Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)

A investigação será centrada na turma e nos organizadores no intuito de se chegar aos responsáveis. A rifa em si mesma não apresenta maiores dados.

A reportagem do G1 chegou a entrar em contato com estudantes da instituição. Um deles, não identificado, disse que a polêmica realmente xiste no campus. ?Todo ano tem isso. Mas, ninguém sabe nem se é verídico?.

A professora Aurília Coutinho desabafou:

"Lastimável!!! Me sinto envergonhada enquanto cidadã, professora universitária e pessoa humana... Não se trata de preconceito com a profissão da jovem a ser rifada, mas com o absurdo cometido pelos idealizadores da rifa"

O Centro Universitário de João Pessoa ? Unipê, informou que a instituição está verificando as fontes e a vericidade da notícia que resultou em compartilhamentos nas redes sociais da imagem da rifa.

Pois bem...

Não dá para dizer se essa história não passou de uma brincadeira ou se é real. Aparentemente, dada a movimentação da polícia e dos depoimentos colhidos na reportagem, trata-se de algo real.

Pensei em escrever uma série de coisas sobre este fato, mas corro  o risco de parecer moralista. Isso seria um oportunismo barato.

Deixo então apenas uma dica: não existe nada mais importante para uma pessoa, sob o ponto de vista social, do que a sua imagem. Queimá-la representa limitar gravemente sua interação com a  sociedade. Isso em especial quando estamos no auge da era da comunicação, com alta interatividade e inúmeras facilidades de divulgação de qualquer conteúdo. Uma rifa de uma faculdade pode se tornar assunto de qualquer pessoa.

Os prejuízos para a imagem são potencialmente enormes.

Tenham ciência disto e evitem, por mais "engraçado" que algo possa ser, de incorrerem neste tipo de "brincadeira". As redes sociais em regra são implacáveis nestes casos.