Segunda, 6 de janeiro de 2020
Muito bem! Começou 2020! Muitos de vocês ainda estão na curtição, aproveitando o verão e todas as alegrias a ele inerentes. Mas não podemos esquecer que a roda do mundo continua girando e que a preparação para o Exame de Ordem precisa ser pensada!
E pensar o Exame da OAB é o nosso negócio!
O ano acabou de começar e vocês terão 3 oportunidades de serem aprovados em uma das edições deste ano.
Segue abaixo o calendário OFICIAL do Exame de Ordem:
Não preciso entrar muito em detalhes sobre a necessidade de planejar a preparação para a prova. Todo mundo sabe muito bem das dificuldades em ser aprovado na OAB.
Cronograma de Estudos - 30 dias - para o XXXI Exame de Ordem
Há 2 anos a OAB vem apertando muito mais na 1ª fase, e isso é verdadeiramente tangível!
Tivemos 5 provas bem complicadas (XXV, XXVI, XXVII, XXIX e XXX), e isso implica em assumir que o grau de dificuldade da prova cresceu ao longo deste último ano, tendente a se repetir em 2020.
Das últimas seis edições do Exame de Ordem, cinco foram muito difíceis, sendo que destas cinco temos três das quatro piores provas de todos os tempos.
Observem abaixo:
XXI Exame - 3ª pior prova de todos os tempos (recuperou seu posto ontem);
XXII Exame - Prova com alta aprovação na 1ª fase;
XXIII Exame - Pior prova da história;
XXIV Exame - Prova razoável, com boa aceitação entre os candidatos;
XXV Exame - Prova considerada difícil, com questões de Ética e Processo do trabalho complicadas;
XXVI Exame - Prova também difícil, com mesmo percentual de aprovação da prova do XXV;
XXVII Exame - Provavelmente a 4ª pior prova de todos os tempos, com muitas reprovações.
XXVIII Exame - Prova mediana para difícil. Um ponto fora da curva se considerada as últimas edições
XXIX Exame - Prova difícil, resgatando o que foi o XXVII Exame de Ordem
XXX Exame - Prova difícil, confusa, cheia de falhas, 3 anulações de ofício e mais 3 questões que deveriam ter sido anuladas. Muito ruim sob todos os aspectos.
Nunca, nunca mesmo, até até o XXV Exame de Ordem a banca aplicou 3 provas difíceis na sequência.
Isso mudou!
Desde o XXV Exame que temos provas difíceis, com a exceção do XXVIII Exame. Ou seja, o difícil, mas difícil de verdade, agora é a regra.
A FGV ABANDONOU sua tradição de oscilar o grau de dificuldade, facilitando um pouco mais após duas provas complicadas, e resolveu bater pesado sem constrangimentos.
Curso Intensivo - XXXI Exame de Ordem (Teoria + Questões + Simulados + Mentoring)
Curso Super Intensivo - XXXI Exame de Ordem (Teoria + Simulados + Mentoring)
Curso de Resolução de Questões - XXXI Exame de Ordem (Questões + Simulados)
O nível de dificuldade da prova subiu e tem, pelo leitura do contexto que faço, se mantido estável.
A prova está ficando cada vez mais difícil e isso é muito nítido.
Isso sem contar que o Exame vai inevitavelmente mudar neste ano, por conta do novo marco do ensino jurídico, homologado pelo MEC mês passado.
Podemos dizer então que as estatísticas do Exame tem dois lados: o feio e o bonito. E, evidentemente, ninguém quer fazer parte do lado feio das estatísticas. E, para isto, é preciso PLANEJAR!
E o planejamento envolve a delimitação de alguns elementos básicos para o planejamento ser estruturado de forma correta, evitando que o candidato caia no "ciclo vicioso de reprovação".
O que é esse ciclo?
Um examinando entra em um ciclo quando ele reprova no Exame e não consegue encontrar tempo suficiente para estudar de forma adequada, vindo a reprovar sucessivas vezes. O tempo que falta não decorre do tempo que ele tem disponível em si mesmo, e sim dos curtos intervalos de tempo entre uma prova e outra. Ao reprovar em uma 2ª fase, já vindo de uma repescagem, por exemplo, o candidato terá pouco menos de 2 meses para estudar tudo de novo.
É pouco tempo, considerando, em especial, que ele só vinha estudando para a 2ª fase em duas edições seguidas.
Ou, o candidato vai reprovando somente na 1ª fase mas não consegue estudar direito para a próxima 1ª fase, entrando também em um ciclo de reprovação.
O objetivo é fazer a prova uma ÚNICA VEZ!
Então, como ponto de partida, o futuro examinando tem de se situar dentro do contexto. Para isto é preciso responder a uma perguntinha básica: "em que estágio eu estou diante das 3 edições deste Exame?"
A resposta depende, sempre, da situação acadêmica do candidato. Em princípio nós temos 3 situações possíveis (sem descartar outras, é claro):
1 - Acadêmico do último ano do curso de Direito, que vai fazer a prova pela 1ª vez;
2 - Recém-formado, que ainda não faz a prova, ou a fez 1 única vez, e agora PRECISA ser aprovado;
3 - Examinando que tem 2 ou mais reprovações no Exame.
Teorizando um pouco, são estes os 3 tipos de candidatos possíveis. E, para cada um, uma postura distinta contando o tempo a partir de AGORA.
Vamos planejar em conformidade com os possíveis estágios acadêmicos de cada tipo de candidato.
1 - Acadêmico do último ano do curso de Direito, que vai fazer a prova pela 1ª vez;
Quem ainda está na faculdade não carrega sobre si um grande peso: o da responsabilidade em ser aprovado.
Evidentemente, ser aprovado antes de se formar é excelente por si mesmo, mas o "peso" da aprovação, a famosa obrigação em ser aprovado não pesa sobre os ombros.
Aqui o candidato pode fazer a prova para ver como ela é, e, depois, estudar pesado para a edição seguinte, ou mesmo já partir para o ataque com tudo focando a aprovação logo de plano.
Duas ponderações!
A primeira é que para a prova de 09 de fevereiro ainda é possível iniciar a preparação, mas a qualidade do preparo cai muito. O lapso de tempo é muito curto e a disponibilidade de tempo deve ser total para se ter um mínimo de chances!
A segunda é que quem ainda está na faculdade tem um desempenho médio SUPERIOR no Exame em relação aos bacharéis. Vejam só esses dados da FGV:
"Outra variável considerada nesta avaliação é a escolaridade do examinando no ato de inscrição. Como evidenciado no Gráfico 13, as taxas de aprovação observadas foram maiores entre os estudantes de graduação do 9º e 10º períodos (respectivamente, 29,8% e 19,8% ? média de 24,8%) e do 5º ano (23,5%). Comparativamente, os bacharéis em Direito ? maioria no Exame ? apresentaram desempenho significativamente inferior (12,6%)."
A taxa média de aprovação no Exame é de 18,5%. Entre os estudantes que vão fazer a prova pela primeira vez a taxa é de 61%. Nem preciso dizer da obviedade de se fazer a prova assim que for possível. Entrou no 9º semestre já se deve fazer a prova, isso considerando que a partir do 8º semestre já é perfeitamente possível ao menos planejar os estudos para se entrar no 9º semestre com plenas condições de se submeter ao certame. È a faixa onde o percentual de aprovação é maior.
Estatisticamente é comprovadamente mais vantajoso!
2 - Recém-formado, que ainda não faz a prova, ou a fez 1 única vez, e agora PRECISA ser aprovado;
Bom, a faculdade acabou, a colação de grau veio, a beca foi usada e agora você virou gente grande e precisa passar na OAB.
Acabou a "brincadeira", por assim dizer.
Neste momento o fator emocional passa a pesar muito mais para um candidato. Claro, as reprovações anteriores, ainda na faculdade (ou mesmo o candidato não quis se submeter ao Exame) não pesam tanto assim, mas de agora em diante a brincadeira ficou séria e não há mais margem para erros: o planejamento é tudo neste momento!
Eis a questão: XXXII ou XXXIII Exames?
Considerando que os estudos AINDA vão começar, faço uma simples ponderação.
Para o XXXII Exame teremos 6 meses até a prova. Dá para estudar tudo e ainda dá tempo para iniciar com muita tranquilidade.
Já para o XXXIII Exame a preparação pode ser tranquila, com o uso de uma metodologia consistente de estudos com o fito de esgotar todo o conteúdo de forma adequada.
Para ambas as edições o tempo está muitíssimo adequado. Só escolher!
3 - Examinando que tem 2 ou mais reprovações no Exame.
Aqui o quadro é bem mais nítido!
Quem vem de várias reprovações encontrou diante de si um obstáculo que precisa ser encarado com muita calma e, em especial, sem AFOBAÇÃO.
Se a reprovação é a regra, então é hora de admitir que a metodologia de estudo e o planejamento utilizados até agora não foram os corretos. Correto é tudo aquilo que leva à aprovação.
Aqui temos de considerar também o fator ansiedade. Quem vem de algumas reprovações não só está ansioso como sente muito mais a pressão, tanto a interna como a externa (parentes, amigos, mercado, etc.), e essa pressão atrapalha no desempenho durante a prova.
Considere, portanto, a necessidade de se preparar com mais CALMA, mais abrangência do conteúdo e mais tempo, focando o XXXII Exame de Ordem.
Quem está tendo dificuldades, com mais tempo, poderá esgotar todo o conteúdo, reformulando a metodologia de estudo e criando para si a certeza de que a preparação, desta vez, será melhor conduzida, as chances de aprovação passarão a ser maiores.
E aqui o candidato também "foge" do ciclo de reprovação, ou seja, de sair de uma prova e entrar noutra sem ter o tempo ideal de estudos, ou seja, de esgotar todo um programa prévio de preparação.
Essa dica precisa ser considerada porque ela necessariamente, e de forma deliberada, gera a abdicação do XXVIII Exame de Ordem. Isso pode gerar uma certa dúvida ou ressalvas, pois uma oportunidade estaria sendo perdida.
De fato, essa é uma ponderação pertinente.
Por outro lado, a autocrítica neste momento precisa ser bastante séria, pois quem vem de reprovações sucessivas precisa identificar as razões pelas quais não consegue passar pela prova, e ter mais tempo não só de buscar e encontrar respostas, como também mais tempo para se preparar a fundo faz todo o sentido.
Pense com carinho, pondere sobre os prós e os contras, e faça uma escolha RACIONAL a partir desta reflexão.
Lembrando que o ano começou, e o tempo não para!