Parâmetros de correção das provas com base dos padrões de resposta

Quarta, 25 de julho de 2012

Todo candidato que olhou o seu respectivo padrão de resposta fez suas continhas para projetar a possível nota na prova. Esse é o grande frisson do padrão de resposta.

Pelo o que tenho observado, vamos ter os questionamentos de sempre, mas desta vez, aparentemente, a FGV fez seu dever de casa e, relevando eventuais problemas, elaborou um padrão flexível o bastante para evitar maiores polêmicas para si mesma.

Não é possível ainda dizer que vai sair "tudo bem" (para quem reprova nunca fica tudo bem) pois dependemos da qualidade das correções, mas acho (acho!) que desta vez a FGV não vai se complicar e complicar nas correções.

É um avanço, para todos os efeitos. Vamos apenas esperar a sexta-feira.

Mas, repito, dependemos ainda da qualidade das correções.

O ponto mais questionado pelos candidatos está na eleição pela banca dos critérios de pontuação, e aqui cabe uma observação importante.

A FGV vai pontuar os candidatos EXATAMENTE como consta no espelho. Para se receber a nota é preciso que a resposta esteja em absoluta conformidade com os critérios eleitos pela banca.

Tenham em mente então que, caso a nota para determinado item não seja integral, a primeira providência a ser tomada é a de verificar se a resposta converge para o espelho, na integralidade (ou parcialmente, ao menos) visando extrair a pontuação faltante caso o responsável pela correção não tenha observado a convergência da resposta com o espelho.

A futura estrutura dos recursos, em sua essência básica, deve observar um enquadramento, um encaixe entre os argumentos e o requerido no espelho.

ESQUEÇAM, de início, qualquer outra linha defensiva que não esta. O percentual de aproveitamento dos recursos é muito baixo e outras linhas defensivas costumam ser ALTAMENTE ineficazes.

Altamente...

Confrontar o espelho, questionar a distribuição dos pontos entre os tópicos, argumentar por linha jurisprudencial ou doutrinária diversa não têm o condão de reverter a correção. Ou a resposta converge para o espelho ou a nota não vem. É assim que funciona.

Só na hipótese do candidato não conseguir estabelecer essa convergência é que outras alternativas, como a de confrontar o espelho, podem ser usadas. Mas, como já aduzi, a eficácia é muito limitada, para não dizer praticamente nula.