Ophir: índice de 24,05% de aprovados reflete Exame de aptidão e profissional

Sexta, 13 de janeiro de 2012

Brasília, 13/01/2012 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, disse hoje que o índice de 24,05% de aprovados no V Exame de Ordem Unificado da OAB deve ser recebido de forma muito positiva, pois é o mais alto já alcançado desde o início da unificação. Um total de 108.335 bacharéis se inscreveram ao V Exame de Ordem,  sendo que 106.086 fizeram a prova e 26.010 foram aprovados - o que representa um índice de aprovação de 24,05%. No IV Exame, esse índice de aprovação foi de 15,02%; no III Exame, foi de 12,03%; no II Exame, de 14,67% e, no I Exame, de 14,02%. A lista definitiva dos aprovados no V Exame de Ordem pode ser acessada no site http://oab.fgv.br.

Para Ophir Cavalcante, a elevação do índice de aprovação dentro do Exame unificado da Ordem reflete ainda o fato de que  "ele está cada vez mais profissional, com bancas específicas para cada uma das provas e também para rever questões, tudo com objetivo de realizar um exame mais justo". Ele entende que está-se conseguindo "um equilíbrio maior na própria calibragem da dificuldade das questões e, em contrapartida, havendo um maior empenho das universidades e, sobretudo dos candidatos".

Ophir  lembra também que o Exame  da OAB "não é um concurso público, mas um exame de  aptidão técnica. "Portanto, é preciso aferir a qualificação do bacharel para ingressar o mercado de trabalho e lidar com bens fundamentais n a vida das pessoas que são a liberdade e o patrimônio", destaca.  "Por isso, a OAB vai continuar tendo rigor na confecção e realização do Exame sem, entretanto, torná-lo um concurso público".

"A credibilidade e respeitabilidade do Exame de Ordem - explicou Ophir Cavalcante - estão ligadas à forma da aplicação, como é a elaboração das questões, que hoje privilegiam mais o raciocínio do que a mera memorização e aferindo cada vez mais a capacitação técnica. A OAB está, assim, convencida de que cada vez mais aqueles profissionais que são aprovados no seu Exame têm aptidão para defender o cidadão brasileiro".

Segue índices de aprovação do Exame de Ordem desde o início da sua unificação:

I Exame: 95844 inscritos; 95841 presentes; 13441 aprovados; 14,02% de aprovação.

II Exame: 107029 inscritos; 105431 presentes; 15706 aprovados; 14,67% de aprovação.

III Exame: 106891 inscritos; 104126 presentes; 12534 aprovados; 12,03% de aprovação.

IV Exame: 121380 inscritos; 119255 presentes; 18223 aprovados; 15,28% de aprovação.

V Exame: 108335 inscritos; 106086 presentes; 26010 aprovados; 24,05% de aprovação.

Fonte: OAB

Três coisas:

1 - Tirando o fato de que efetivamente houve um aumento no número de aprovados, e isso é bom, apesar de ter ocorrido por conta de outros fatores - Considerações sobre o resultado de ontem da OAB / O resumo de todo o problema - discordo de TUDO o que ele disse.

Tecnicamente a prova não foi boa, as correções foram péssimas e as erratas terminaram de estragar essa receita de "privilégio do raciocínio do que a mera memorização e aferindo cada vez mais a capacitação técnica."

O que estou vendo é a detonação do raciocínio, ao menos nessa edição do Exame.

2 - As estatísticas apresentadas nessa matéria diferem daquelas que sempre apresentei no blog - Estatísticas finais do V Exame de Ordem Unificado: 26.024 aprovados (24,01% de aprovação ou 75,99% de reprovação).

Isso porque o meus cálculos sempre foram feitos em cima do número de inscritos (e isso sempre foi ressaltado), enquanto a OAB os faz sobre o número de presentes na 1ª fase.

3 - Quero ver quantos serão aprovados na próxima edição. Se o percentual cair, o argumento dessa matéria vai para o ralo...