Quarta, 17 de dezembro de 2014
Um monte de candidatos, após as anulações de ontem e com os dados sobre a aprovação recorde para a próxima 2ª fase da OAB, ficaram assustados com a perspectiva de uma 2ª fase muito difícil no dia 11 de janeiro.
Vem aí a MAIOR 2ª fase do Exame de Ordem de todos os tempos!
A preocupação faz e não faz sentido.
Faz sentido em função de um histórico do Exame e da convergência da percepção de que muitos candidatos em uma 2ª fase com mais candidatos fará com que a FGV aplique uma prova mais cascuda para, digamos, manter um padrão de aprovação relativamente linear a cada edição.
Essa visão pode ser vista no quadro abaixo:
Para se manter um padrão estatístico qualquer é preciso, evidentemente, se estabelecer um controle.
Mas vejam que a média geral de todas as edições, 17,5%, não é resultado de resultados estatisticamente homogêneos ao longos das edições do Exame Unificado. Em umas, marcadas em vermelho, os percentuais de aprovação foram maiores e, em outras, menores.
Ou seja: o resultado final de um Exame de Ordem passa por flutuações, a depender das estatísticas tanto da 1ª fase como da 2ª.
NOTA: aqui parto da premissa que o grau de dificuldade é mensura exclusivamente pelos percentuais de aprovação. Dificuldade é sempre um conceito subjetivo; já a análise pelas estatísticas é sempre objetiva e quantificável.
Logo, a preocupação também NÃO faz sentido porque a próxima 2ª fase pode estar em uma "zona de flutuação positiva" e os percentuais podem oscilar para cima.
Isso significaria que a próxima prova pode perfeitamente ser mais fácil que a média.
Logo, a perspectiva de que a prova venha a ser difícil é só, e somente só, especulação.
Ninguém sabe como ela será, e, mesmo que as evidências apontem para isto, elas não são garantia de uma análise passível de ser 100% correta.
Não vamos NEUROTIZAR com isso!
Ao contrário!
Acho, e acho de coração, que agora é o momento de cada candidato assumir uma simples verdade: essa é uma grande chance de ser aprovado no Exame de Ordem.
E é uma grande chance pelos seguintes motivos:
1 - Sempre, sempre e sempre a aprovação é resultado do mérito individual e pessoal. Será você que estará ali na hora da verdade;
2 - Prova nenhuma, em época alguma, será capaz de derrubar o candidato muito preparado. Quem estuda FAZ a prova e molda sua aprovação;
3 - A FGV e a OAB estão cientes, e afirmo isso com convicção absoluta, do percentual de aprovados e da necessidade de evitarem problemas na 2ª fase. Claro, problemas aconteceram em quase todas as edições, mas nas últimas a qualidade da prova, inegavelmente, subiu.
Aliás, depois do X Exame de Ordem, o mais conturbado de todos, o zelo na condução da prova subiu muito.
Então eu vou achar o que eu sempre acho, mais uma vez: o candidato bem preparado faz seu caminho até a aprovação!
Isso é de uma obviedade meio explícita, não é?
É sim!
E o que é ser "bem preparado?" Vamos lá:
1 - É ter domínio da sistemática processual de sua disciplina, sabendo identificar a partir do caso em concreto a solução processual adequada;
2 - É ter o domínio e facilidade de manuseio do vade mecum, sabendo identificar todos os pontos de Direito material e processual cobrados na prova;
3 - É ter resolvido muitas peças e questões, ou seja, estar familiarizado com a natureza da sua disciplina e a forma como ela é cobrada na prova;
4 - E é, entre tudo, ter uma boa dose de AUTOCONFIANÇA.
E aqui, neste exato ponto, o fator autoconfiança necessariamente deve obliterar por completo qualquer medo decorrente da futura perspectiva da prova.
Agora, jovens, é hora de cada um focar a si mesmo e entrar de cabeça na preparação!
Esqueça todo o resto, em especial as especulações. A prova pode ser algo, mas ninguém tem como saber mesmo. É alimentar uma fonte desnecessária de ansiedade.
Agora é hora de FACA NA CAVEIRA!
Faltam 25 dias para a prova. É um tempo curto de preparação, mas suficiente para, com disciplina, ficar devidamente preparado para a prova.
Quem começou a estudar antes deve fazer a sintonia fina neste tempo e resolver toda a sorte de exercícios, além de reforçar o lado doutrinário.
Quem está começando agora não deve ter diante de si nenhuma outra prioridade que não a de estudar.
Deixem todos de lado qualquer prognóstico e apostem em apenas uma coisa: na própria capacidade!
Lembrem-se que existem fatores que vocês não controlam, em especial a forma como a prova é feita. Se isto não é passível de controle, então não deve ser objeto de receio.
A prova pode vir como vier, a missão de vocês é a de serem aprovados!
E missão dada, parceiros, é missão cumprida!
Faca na caveira!!