OAB/SP sai na frente e firma convênio com o SEBRAE para fomentar o desenvolvimento de pequenos escritórios de advocacia

Terça, 20 de maio de 2014

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A OAB SP e o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo) firmam nesta terça-feira (20/5), às 16 horas, convênio para o fomento de ações voltadas ao desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios da Advocacia , com o lançamento do programa ?Advocacia Empreendedora?. O evento será no auditório do Sebrae (Rua Vergueiro, 1.117/ 6º andar).

?A exemplo de outras profissões, o conceito do empreendedorismo deve permear a rotina do advogado que, como profissional liberal, precisa desenvolver habilidades para criar e gerir sua profissão, na busca de melhores resultados. Por isso, a OAB SP buscou a parceria do Sebrae-SP para fomentar a atividade da advocacia?, diz Marcos da Costa, Presidente da OAB SP.

O convênio prevê a realização de cursos nas áreas de marketing, planejamento e finanças, recursos humanos, além do desenvolvimento da ?Cartilha Comece Certo: Escritórios jurídicos?, que irá abordar o empreendedorismo, gestão e trará orientações específicas para os advogados. Segundo Bruno Caetano, Diretor-superintendente do Sebrae-SP, os cursos terão módulos com duração de 3 horas e os advogados receberão certificado de conclusão.

A parceria estabelece ainda a disponibilização de ferramentas para que os advogados possam solucionar os problemas sem precisar de ajuda externa; a divulgação das atividades e eventos; a identificação, planejamento, acompanhamento e avaliação de ações de orientação.

Fonte: OAB/SP

Demorou, e muito, que uma seccional criasse um programa desta natureza.

A OAB/SP está de parabéns pela iniciativa!

E isso é realmente importante?

Hoje a formação curricular nas faculdades ignora completamente o aspecto empreendedor de um escritório. Um escritório de advocacia vive sobre as regras comuns de qualquer outro empreendimento: trata-se de um negócio!

E, como tal, paga impostos, tem fluxo de caixa, prospecção de mercado (dentro das diretrizes do Código de Ética) gastos variáveis, custos fixos e por aí vai.

E esse é o problema: as faculdades hoje formam operadores do Direito que não sabem operar um negócio, sendo que o negócio, o empreendimento chamado "escritório" tem toda uma lógica operacional própria. Mais um sintoma da necessidade da formação jurídica se alimentar de outros ramos do conhecimento, algo completamente negligenciado.

Por enxergar isso primeiro a seccional paulista está de parabéns!