Sábado, 24 de julho de 2010
A atual gestão da OAB/MG está jogando pesado contra o Cespe e o Conselho Federal da OAB. Confiram a notícia abaixo:
OAB/MG não estará presente à Segunda Etapa do Exame de Ordem Unificado 2010.1 neste domingo
No próximo domingo (25/07) acontece em todo o Brasil a segunda etapa do Exame de Ordem Unificado 2010.1. Em Minas Gerais, ao contrário da primeira etapa que foi prestada em 32 cidades, as provas da segunda etapa ocorrerão em apenas 8 cidades: Belo Horizonte, Divinópolis, Montes Claros, Uberlândia, Juiz de Fora, Governador Valadares, Ipatinga e Unaí.
Apesar da manifestação contrária da OAB/MG, a definição desta redução do número de locais de aplicação das provas, com remanejamento dos candidatos para outras cidades, foi feita unilateralmente pelo CESPE-UnB, o que levou a que a Seccional Mineira exigisse do Conselho Federal da OAB mudanças profundas na condução e gestão do Exame de Ordem Unificado. Caso não atendidas suas reivindicações a OAB/MG não descarta a possibilidade de deixar o Exame Unificado e reassumir o Exame de Ordem no âmbito da sua competência.
Essa divergência faz com que, neste domingo, não haja representantes da OAB/MG nos locais de realização das provas, uma vez que a participação da Seccional em questões relevantes, como as cidades de realização destas, não foi considerada. O Presidente da Comissão de Exame de Ordem da OAB/MG, que integraria o Comitê Gestor que se reúne em Brasília durante a realização das provas, também não irá participar daquele órgão.
Assim, excluída da gestão deste Exame, a Seccional Mineira não terá qualquer participação na aplicação das provas que irão acontecer no próximo domingo, de responsabilidade exclusiva do Conselho Federal da OAB e do CESPE-UnB.
Fonte: OAB/MG
Para saber mais: OAB/MG exige substituição do CESPE e ameaça abandonar o Exame de Ordem Unificado
Vamos ver se o Conselho Federal solta uma nota oficial sobre a dissidência mineira. Seria bom, pois a cisão é pública.
Tenho a impressão de que esta será a última prova do Cespe. A OAB/MG com essa atitude não tem para onde recuar - ou o Cespe sai ou sai a OAB/MG. Em ambos os cenários a seccional mineira ganha. Por um lado, ganha porque teria feito o Conselho Federal mudar a gestão do Exame, e, publicamente, o fez sozinha. Se sair, o fará sob o discurso de que visou proteger os bacharéis mineiros, ganhando pontos no seu eleitorado. Recuar não parece ser uma opção, pois vai parecer que foi enquadrada, coisa que certamente não passa na cabeça da diretoria.
Ao Conselho Federal só resta uma alternativa: tirar o Cespe. E fazê-lo sob os mesmos argumentos usados pela OAB mineira para não ficar mal na fita. Se Minas sair do Exame, o Conselho Federal amargará uma grande derrota política, passando recibo de incompetência na gestão do Exame Unificado, além da prova em si ser exposta ante seus detratores, prejudicando sua defesa no Congresso e também no STF.
Para mim, a condução do Exame de Ordem pelo Cespe está com os dias contados.