OAB publica comunicado com a lista de coordenadores das disciplinas da 1ª fase do Exame de Ordem

Terça, 10 de dezembro de 2013

Eis que pela 1ª vez a OAB publica a lista com os nomes dos responsáveis por cada disciplina da 1ª fase do Exame de Ordem! Essa determinação é uma inovação apresentada pelo novo Provimento 156/2013: 2 Os membros da lista ou são doutores, mestres, desembargadores e até mesmo um ministro do TST. Vamos conferir quem é quem: 23 "Tá, e daí?", pode perguntar um candidato. Como isso interfere no Exame de Ordem? 1 - A partir de agora as falhas de concepção nas questões terão uma paternidade clara! Antes a culpa ia genericamente na OAB ou na FGV. Agora a crítica terá um destinatário certo: o responsável apontado pela FGV pela disciplina. Isso produzirá um efeito muito benéfico: inevitavelmente obrigará a banca a CAPRICHAR na construção das perguntas. Conhecendo o Exame de Ordem como eu conheço, em especial como fica o ânimo daqueles que precisam de uma ou duas anulações para passar, o nome do responsável por eventual correção problemática vai rodar fácil, fácil pelas redes sociais, e não será da melhor forma. "Será?", pode perguntar um mais cético, mas para quem viu um ex-presidente da OAB ser atacado prova após prova no Twitter por conta de falhas, um membro de banca não terá tratamento diferenciado. Qual ex-presidente? Dr. Ophir Cavalcante!! O erro pode representar uma bela dor de cabeça para o responsável pela disciplina, e isso vai forçar, por bem ou por mal, uma melhoria na qualidade técnica das questões. Talvez (talvez) cheguemos finalmente a uma prova objetiva isenta de falhas. Não acredito que será de forma imediata, mas em 2 ou 3 edições isso pode vir a acontecer. E, claro, isso também vai acontecer com a 2ª fase. 2 - Com o nome dos membros da banca agora poderemos estudar o que eles pensam e qual é a produção intelectual mais recente deles. Não é algo certo, mas uma série de temas para a prova podem ser antevistos a depender de como eles se posicionam intelectualmente. Eles são professores, acadêmicos e magistrados, e isso poderá nos dar um vislumbre dos temas a serem abordados na prova. Não é algo para a próxima prova, e sim para as futuras edições, caso os nomes não sofram grandes alterações ao longo das edições. Trata-se de uma possibilidade tal como ocorre em concursos públicos. ---- Essa mudança tira a OAB da reta das cobranças e força uma melhoria no grau de qualidade dos enunciados. Tratou-se de uma jogada MUITO esperta da coordenação e ela, por si só, poderá resolver o pior dos problemas (qualidade das questões) sendo o que é: uma medida simples e potencialmente eficaz. Certamente 2013 foi o ano mais marcante para o Exame de Ordem, com várias mudanças estruturais e muita, mas muita confusão, e a cada edição a Ordem tem cercado aquilo que para ela representa problema. Nesse ritmo, para o bem ou para o mal, as polêmicas tendem a acabar. Será? O tempo dirá!