O ritmo e intensidade do treinamento para a 2ª fase da OAB

Quinta, 21 de outubro de 2021

O ritmo e intensidade do treinamento para a 2ª fase da OAB

Qual a intensidade de treinamento para a 2ª fase da OAB? Ou seja, quantas peças práticas um candidato tem de elaborar por semana em seu processo de estudo até o dia da prova?

Isso é importante porque o domínio do conteúdo de cada disciplina, especialmente na elaboração das peças, tem de ser bem consistente.

E o que seria o ideal?

Essa pergunta pode fazer parte do imaginário de muitos candidatos, preocupados em ter um bom desempenho na preparação, além, claro, de estarem de olho no tempo restante de preparação: 6 semanas.

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Quem já vem estudando há algum tempo pode achar, ao final do processo de preparação, que já esgotou todo o conteúdo e já estaria pronto para a prova.

Talvez sim, talvez não.

O que seria, inclusive, "estar pronto" para a prova?

Eu acredito que é impossível se achar 100% pronto para fazer a prova, mas, em regra, quem se acha pronto vai para a prova seguro, confiante. Esta seria a constatação emocional de uma percepção técnica. Estar pronto mesmo envolve, por assim dizer, o domínio de TRÊS habilidades técnicas:

1 - Segurança na elaboração de TODAS as peças práticas da área;

2 - Segurança quanto ao domínio do vade mecum;

3 - Ter um bom domínio do Direito Material.

Ter um bom domínio do Direito Material é um desdobramento do domínio do vade mecum. Ninguém vai para a prova sem o seu respectivo código, e ninguém deve estudar sem consultá-lo permanentemente. E esse domínio também é adquirido pela simples prática, consequência do conteúdo assimilado nas aulas e na leitura do material didático.

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Aqui, considerando essas premissas, vocês tem de atentar para importantes pontos de treinamento:

1 - A redação é sempre manual

Como deve ser a redação das peças práticas no estudo para OAB? Em um computador? Digitando?

De forma alguma!!!!

Por incrível que pareça existem candidatos que treinam suas peças em um computador. Isso não existe, e não existe sob NENHUM pretexto!

Primeiro porque escrever um parágrafo, por exemplo, usando um teclado, exige muito menos tempo comparando com o ato de escrever manualmente o mesmo texto. Aliás, a diferença do tempo usado é bastante significativa. Usar um teclado para treinar vai gerar uma grave distorção da percepção do tempo e mesmo da fluidez do raciocínio.

Confiram os cursos: 

 XXXIII OAB- 2° fase Direito Penal- Geovane Moraes

XXXIII OAB- 2º fase Direito do Trabalho- Schamkypou Bezerra

XXXIII OAB- 2º fase Direito ConstitucionalRodrigo Rabello 

XXXIII OAB- 2º fase Direito Administrativo - André Albuquerque

XXXIII OAB- 2º fase Direito Civil- Felipe Menezes e Carla Moutinho

XXXIII OAB- 2º fase Direito Tributário- Roberto Girão 

 

E o tempo, meus amigos, é um elemento CHAVE durante a prova. Se o candidato treina no computador e, na hora da prova vai manuscrever, simplesmente vai perder o timing e vai quebrar a cara.

Não vai conseguir administrar o tempo e vai, inevitavelmente, reprovar! E isso não é um terrorzinho barato não: vai reprovar mesmo!

Treinamento para a 2ª fase do Exame de Ordem é MANUAL, usando a caneta e o papel!

Ponto, sem discussões!

Depois temos de considerar que nós, de um modo geral, estamos meio desacostumados a usar o papel e a caneta. Todos nós usamos o computador e perdemos um pouco a prática de redigir manualmente um texto. Normal...

Neste período de preparação o candidato se prepara para a maratona de 5 horas de prova e adapta sua redação ao melhor padrão possível em razão da prova.

Ou seja, o candidato precisa não só se condicionar a escrever muito como fazê-lo com desenvoltura, e isso só pode ser obtido com muito treino.

2 - Usem sempre a folha da prova

Vamos dar uma olhadinha na imagem abaixo:

Observem o enquadramento do espaço.

É essa estruturação de linhas com as quais vocês trabalharão na hora da prova. Estão treinando suas redações em um caderno, folhas em branco ou sei-lá onde mais?

Tá errado!

Vocês têm de treinar nas folhas da FGV, no espaço da FGV e com o número de folhas da FGV.

A estrutura é esta. 

Acostumem-se exatamente com a estrutura de folha e linhas da FGV. No dia da prova o espaço será este. Nada melhor então do que se acostumar com esse tipo de folha. Gastem a tinta da impressora sem dó e treinem.

3 - Usem incessantemente o vade mecum

Já compraram o vade mecum? Sabem que terão de turbiná-lo? Sabem da necessidade de dominar o índice remissivo? Compreendem a necessidade de achar qualquer informação no código?

Sabem que ele deve ser ATUALIZADO até a data do edital, para não se correr o risco de algo novo ser cobrado na prova?

A hora de iniciar esse preparo é agora, e tudo dentro da lógica da FGV. Durante a prova o manuseio do código tem de ser natural, fluído, fácil, com todas as remissões bem memorizadas e o uso do índice devidamente treinado.

Importante: qualquer vade deve ser atualizado e estar em conformidade com as regras do edital do XXVI do Exame de Ordem.

4 - Estabeleçam uma rotina de redação

Dizem que a prática leva à perfeição, e, no caso de quem vai fazer a prova, a perfeição seria a nota 10. Mas tirar um 6 bem redondinho também resolve a vida e assegura a carteira.

Em suma: qualquer coisa entre o 10 e 0 6 está valendo. Só não pode ser 5,999999.....

E para isto é preciso entender que o estudo para OAB envolve treinar e treinar de forma sistemática. Com uma rotina bem definida para poder elaborar o máximo de peças possíveis.

E, dentro deste processo, errar o que tiver de errar para compreender as próprias deficiências e saná-las adequadamente.

Portanto, é muito importante resolver o maior número de peças e exercícios durante o processo de preparação, limando os defeitos e apreendendo a sistemática da estruturação das peças e mesmo a lógica da redação.

Chova ou faça sol, treinar peças e a redação a partir de agora tornou-se uma religião para cada candidato aprovado.

Evidentemente, aqui, o candidato tem de ter a noção que NÃO basta somente acompanhar as aulas e fazer o que o professor pede. Isso é tão somente exercer uma auto-limitação. É preciso ir além, querer mais, buscar, exatamente, uma preparação extra que assegure uma excelente confiança no dia da prova.

5 - Quantas peças práticas da OAB devem ser elaboradas?

Afora o estudo convencional, no curso, no mínimo, como atividade extra (Ou seja, além daquilo pedido pelo seu professor) o examinando precisa resolver por conta própria de 5 a 7 peças práticas por semana para, efetivamente, construir com consistência sua preparação e a sua confiança, derivada, exatamente, de uma boa preparação.

"De 5 a 7 peças por semana? Não seria demais?"

Não é! Talvez uns achem que mais peças precisam ser resolvidas. Outros, de menos. Eu acho que, dentro do período do preparação para a prova - sempre curto, por sinal - um esforço extra precisa ser empregado para a aprovação ficar bem mais próxima.

Mais deve ser feito, independentemente das aulas, simulados e peças passados pelo professor. De 5 a 7 peças semanais, ao meu ver, feitas como "extras", seria um volume adequado para o candidato.

Repetir a elaboração de determinados tipos de peças práticas da OAB não significa repetir literalmente uma peça, até porque enunciados podem diferenciar.

Levando em conta a certeza de que a fixação do conteúdo depende em certa medida de repetições, refazer um determinado tipo de peça algumas vezes é fundamental para dar segurança na hora da prova.

Onde arranjar esse material extra para estudar?

A fonte primária de estudo será, inexoravelmente, os cursos preparatórios, pois os professores (ao menos os professores do Jus21) estruturam seus cursos exatamente para atender a nova realidade.

Livros específicos - e atualizados - também são uma boa fonte de consulta. Agora é o momento de investir neles.

Importante: o treino, em hipótese alguma, deve ser fácil.

Obviamente que tal ritmo de estudo é pesado, cansativo e mesmo estressante. Mas, como ressaltei acima, o lapso entre a aprovação e a prova é curto, bem curto. Esse tempo curto não justifica um sacrifício com data certa e próxima para acabar? A meta a ser atingida - a carteira da OAB - não vale este sacrifício?

Responda para si mesmo a pergunta: "o quanto vale para mim a carteira da OAB?"

A proporção do seu estudo deverá ser diretamente proporcional a resposta.

Você decide.