O rendimento de que vem da repescagem não deveria ser melhor de quem veio da 1ª fase?

Terça, 27 de outubro de 2015

rendimento de que vem da repescagem 2

Quem se dá melhor na na prova da 2ª fase? Quem vem da aprovação na 1ª fase ou quem vem da repescagem?

Essa curiosidade surgiu quando tivemos a primeira turma da repescagem, até para sabermos se ela, a repescagem, representaria efetivamente uma grande oportunidade para os candidatos reprovados.

Desde então estamos acompanhando a evolução estatística desde o começo para ajudar a compreender o desempenho desses dois grupos.

Curiosamente, na 1ª análise, a repescagem não demonstrou ser tão efetiva.

A ideia era que, com um tempo extra e somente a preocupação com a 2ª fase quem viesse da repescagem teria um desempenho MELHOR do que os aprovados na 1ª fase.

Mas não foi assim.

No XIII Exame a lógica da repescagem foi a seguinte:

Candidatos que vieram da repescagem: 7.864 inscritos oriundos do XII Exame

Candidatos aprovados dentre os que vieram da repescagem: 2.306

Percentual de aprovação: 29,32%

Candidatos regulares: 36.971 aprovados na 1ª fase do XIII

Candidatos regulares aprovados na 2ª fase: 17.307

Percentual: 46,81%

Ou seja, na 1ª turma da repescagem o desempenho dos candidatos ficou bem aquém daqueles aprovados na 1ª fase.

Lembro-me que na época eu bati muito na questão da necessidade de se aproveitar ao máximo o tempo extra que a repescagem dava para os candidatos começarem a se preparar com antecedência.

No Exame seguinte, o XIV, veio uma modificação. O desempenho dos candidatos da repescagem (oriundos da reprovação no XIII) melhorou significativamente, emparelhando com os candidatos aprovados na 1ª fase do XIV:

Candidatos que vieram da repescagem: 17.186 inscritos oriundos do XIII Exame

Candidatos aprovados dentre os que vieram da repescagem: 8.466

Percentual de aprovação: 49,26%

Candidatos regulares: 38.014 aprovados na 1ª fase do XIV

Candidatos regulares aprovados na 2ª fase: 19.132 aprovados

Percentual: 50,32%

Ou seja: a composição dos percentuais de aprovação mudaram significativamente. Os candidatos da repescagem tiveram um desempenho apenas infimamente pior em comparação com os candidatos da 1ª fase, demonstrando uma EVOLUÇÃO da preocupação e preparação séria após a 1ª reprovação.

Na 1ª avaliação a discrepância havia sido muito grande (46,81% e 29,32%), enquanto agora a distância foi drasticamente reduzida (50,32% e 49,26%)

Um sinal de que nosso alerta sobre a antecipação da preparação surtiu efeito à época.

No Exame passado os candidatos que vieram da repescagem do XIV Exame tiveram um desempenho MELHOR que os aprovados a 1ª fase:

Candidatos que vieram da repescagem: 17.024 inscritos oriundos do XIV Exame

Candidatos aprovados dentre os que vieram da repescagem: 9.046

Percentual de aprovação: 53,13%

Candidatos regulares: 53.330 aprovados na 1ª fase do XV

Candidatos regulares aprovados na 2ª fase: 23.547 

Percentual: 44,15%

Que virada!

Pela 1ª vez os candidatos da repescagem conseguiram demonstrar que efetivamente a repescagem pode ser mais vantajosa em comparação com quem vem da 1ª fase.

No XVI Exame, os candidatos reprovados no XV não foram nem um pouco bem, sendo que o percentual de aprovados caiu drasticamente:

Candidatos que vieram da repescagem29.783 inscritos oriundos do XV Exame

Candidatos aprovados dentre os que vieram da repescagem: 10.056

Percentual de aprovação: 33,76%

Candidatos regulares26.836 aprovados na 1ª fase do XVI

Candidatos regulares aprovados na 2ª fase: 17.820 

Percentual: 66,40%

Por fim, no XVII Exame, os candidatos que vieram da repescagem ficaram 5 pontos percentuais atrás de quem veio da 1ª fase:

Candidatos que vieram da repescagem: 9.016 inscritos oriundos do XVI Exame

Candidatos aprovados dentre os que vieram da repescagem: 4.522

Percentual de aprovação: 50,15%

Candidatos regulares: 60.572 aprovados na 1ª fase do XVII

Candidatos regulares aprovados na 2ª fase: 33.757 

Percentual: 55,73%

Vamos ver isso em forma de gráfico:

rendimento de que vem da repescagem 3

Após várias edições com repescagem, só podemos tirar uma conclusão: o pessoal da repescagem não pega pesado como deveria nos estudos.

Em apenas uma edição quem veio da repescagem teve um desempenho melhor. A lógica seria que em TODAS as edições o desempenho fosse melhor, pois quem está na repescagem tem muito tempo para se preparar só para a 2ª fase.

Um fato: quem vem da repescagem tem duas vantagens e duas desvantagens em relação aos candidatos que são aprovados no Exame em curso.

Vantagens:

1 - experiência

2 - mais tempo para estudar

Desvantagens:

1 - peso da reprovação

2 - pressão extra pelo resultado, pois só têm uma chance na repescagem.

Portanto, os candidatos da repescagem formam um grupo distinto se forem comparados com os candidatos advindos da aprovação na 1ª fase.

A distinção vem das condições diferenciadas, e elas devem ser levadas em consideração, em especial o fator tempo, ESSENCIAL para uma boa preparação. Quanto mais tempo para estudar, melhor. Esse é um axioma insofismável!

Quem reprovou na 2ª fase do XVII Exame terá, como tempo extra, 1 mês de preparação. Trata-se de um tempo excepcional antes dos demais candidatos sequer sonharem com a 2ª fase. Tal diferencial não pode ser desperdiçado!

Aqui batemos forte na tecla da necessidade dos candidatos iniciarem o quanto antes a preparação para a repescagem. A ideia é ser aprovado de todo e qualquer jeito, e uma preparação antecipada permite assumir essa pretensão de forma bem consistente:

Confiram os cursos de 2ª fase para o XVIII Exame de Ordem!

A lógica é simples: quanto mais tempo para se preparar, melhor.

Aproveitem essa vantagem!