Quinta, 11 de abril de 2013
Na 2ª feira, em primeira mão, trouxemos a informação de que Ética Profissional perderá 2 questões para a introdução da disciplina Filosofia do Direito na prova objetiva.
Confirmado: saem 2 questões de Ética Profissional para a entrada da Filosofia do Direito
Alguns candidatos estão perguntando se isso não violaria o provimento, em função da obrigatoriedade de 15% de questões de Ética na prova. Não viola!
O Parágrafo 4ª do art. 11 do provimento diz o seguinte:
§ 4º A prova objetiva conterá, no mínimo, 15% (quinze por cento) de questões versando sobre Estatuto da Advocacia e da OAB e seu Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina e Direitos Humanos.
Os 15% são de Ética e Direitos Humanos também!
Sabemos que 15% de 80 é igual a 12. Nós já temos 12 questões de Ética e mais 2 de Direitos Humanos, totalizando 14 questões. Logo, se retirarmos 2 questões de Ética os 15% continuarão a ser respeitados.
Muito bem!
Qual será o impacto disso na prova?
A julgar pela reação dos examinandos, vistas na nossa página no Facebook, não vai ser nada bom. E não será por três motivos básicos:
1 - os candidatos não estão muito familiarizados com a nova matéria;
2 - muitos sequer querem estudar filosofia. Parece que existe uma "aversão" ao tema e sua relativa complexidade;
3 - Ética, a queridinha de sempre na prova, perdeu espaço.
Como vocês sabem, eram 12 questões em 80, representando 30% das questões necessárias para a aprovação (12 em 40). Agora esse percentual cai para 25% do necessário para se lograr sucesso na 1ª fase.
E o que representa de verdade a retirada dessas duas questões de Ética?
De um modo geral, após observar os dados de aprovação na 1ª fase em seguidas edições, torna-se possível dizer que algo entre 20 a 24% dos examinandos ficam na chamada "zona limítrofe" de aprovação, ou seja, eles fazem entre 37 a 39 pontos na prova objetiva.
Ficam ali no "quase", muito próximos da aprovação. É neste grupo, e no grupo de candidatos que fazem 40 ou 41 pontos que o impacto será maior.
Não sei quantos exatamente ficam na faixa compreendida entre os 37 e os 41 pontos, mas deve ser um universo bastante representativo, talvez maior do que 30% do total de inscritos (a depender do grau de dificuldade da prova). A mudança neste X Exame de Ordem produzirá um impacto, de medida desconhecida, no desempenho dos candidatos.
IMPORTANTE: Todos vocês, muito provavelmente, já têm um cronograma definido de estudos. Não o quebrem em função de dicas ou conselhos de última hora, do achismo de A, B ou C. Estamos a pouco mais de 2 semanas da prova e agora não é hora de inovar. Qualquer extra na revisão precisa se adequar ao esquema já previamente estruturado! Se a pressão interna for grande e a consciência pesar, sacrifique um tempo extra para enquadrar eventuais acréscimos sem sacrificar o planejamento original! Sejam disciplinados!
Pois bem, como fugir do prejuízo causado e compensar a perda destes dois valiosos pontinhos?
Vamos ver as soluções de forma pontual:
1 - Enfrentar Filosofia?
Existem dois grupos de candidatos: os que estão estudando filosofia e os que não estão estudando. Muitos, que não estão estudando, nem querem passar perto dela, pois acham que será uma perda de tempo.
Faz sentido!
Falta pouco tempo para a prova e dedicar ao estudo dessa matéria agora, na reta final, pode ser contraproducente. Entretanto, se não doer muito, uma leitura rápida poderia perfeitamente ser feita sem comprometer o tempo final de estudos.
Aqui indico a Isolada Teórica de Filosofia do Direito para o X Exame de Ordem.
Mas a opção de NÃO estudar Filosofia está na mesa e merece uma ponderação. Se essa for a a escolha, optar por uma alternativa deve ser seriamente considerada.
2 - Priorizar uma disciplina dogmática?
"Eu não tenho o menor cacoete para estudar Filosofia, e agora?"
Existe um rol de disciplinas, consideradas de "importância mediana" por terem poucas questões na prova objetiva, que podem, de repente, surgir como solução.
Elas não exigem do candidato o grau de abstração necessário para a compreensão das nuances filosóficas e podem perfeitamente serem utilizadas como "substitutas".
Vamos conferir as chamadas "disciplinas de importância mediana":
Tributário - 4
Direitos Humanos - 3
Internacional - 2
ECA - 2
Consumidor - 2
Ambiental - 2
Eu recomendaria três em específico: ECA, Consumidor e Ambiental. Destas o candidato pode escolher 1 ou 2 e com elas suprir a retirada das 2 de Ética Profissional.
Claro! Sempre comprometer o planejamento já pré-estabelecido.
3 - Reforçar o que melhor domina?
Vamos imaginar que vocês são muitos bons em Trabalho, processo do Trabalho, Ética, Administrativo e Constitucional.
Feras mesmo!
Faz sentido estudar ainda mais essas disciplinas para otimizar ao extremo o desempenho?
Bom...vamos considerar dois aspectos básicos dessa assertiva:
1 - Por melhor que vocês sejam, não é muito provável que acerte tudo. Existe sempre uma margem de erro, exceto se o domínio for realmente absoluto. Estudar a mais o que se domina não representa de fato um "ganho" em termos de acertos na prova;
2 - Estudar a mais o que se julga bom é complicado. O que mais vai se rever, o que mais explorar? Para quem é bom em uma ou em um rol de disciplinas, ir além, considerando (evidentemente) o estudo específico para o Exame de Ordem e o pouco tempo restante, não vai fazer muita diferença para o candidato.
Aqui entra um velho debate: reforçar o que se sabe ou buscar mais pontos no que não se sabe? Qual das duas escolhas pode produzir um resultado melhor?
Nesta altura do campeonato eu fico tranquilamente com a 2ª opção. O estudo de uma disciplina em que o candidato não guarda nenhum domínio tende a produzir melhores resultados em termos de aproveitamento REAL na hora da prova.
Logo, volte para o item 2.
4 - Cursos de véspera?
Aqui uma alternativa bem racional: os cursos de "tiro curto", de dicas, que são preparados tendo como alvo os temas cuja probabilidade de serem cobrados na hora da prova são maiores.
E eles são altamente eficientes em razão da proposta oferecida.
Os bons cursos preparatórios têm. Cada candidato tem um bom leque de escolha.
Eu, obviamente, indico os cursos do Portal Exame de Ordem, em especial, agora nessa reta final, Projeto UTI 60 Horas, o Super UTI e o Pilares OAB:
Combo - Projeto UTI 60 Horas + Projeto Super UTI
O Pilares vem de graça na compra dos cursos relacionados acima.
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A impressão média dos candidatos é: entrou uma disciplina que ninguém sabe nada e meteram a faca naquela que era a queridinha de todos.
Independente disto, temos de considerar também a seguinte análise: como Filosofia do Direito é uma novidade e ela foge completamente ao dogmatismo reinante na prova, é muito provável que as 2 questões não sejam intrincadas. A OAB não vai entrar arrepiando logo de cara, pois lhe interessa criar o gosto entre os estudantes pela disciplina, como também para não aumentar as críticas e, ao fim, por ser absolutamente desnecessário.
Eu apostaria, para esta prova, em 2 questões relativamente fáceis. Ao menos uma leitura geral da matéria é recomendável a partir desta percepção.
Pode valer a pena!