Quinta, 13 de maio de 2010
Até que ponto a ansiedade compromete o desempenho de um aluno numa prova importante? Esta questão incomodou os acadêmicos da Unifesp a ponto de realizarem uma pesquisa para para levantar os índices de estresse, ansiedade e crenças de autoeficácia em indivíduos diante de uma situação que representa um desafio.
Idealizada pela psicóloga Tânia Loricchio, a pesquisa avaliou 237 bacharéis em Direito às vésperas de prestarem o Exame de Ordem. Também entre os meses de julho e agosto de 2009, a pesquisadora e sua equipe aplicaram 1.048 questionários a bacharéis inscritos em cursos preparatórios localizados em sete regiões da cidade de São Paulo.
Cada participante respondeu a três inventários compostos de questões sobre crenças de auto confiança e níveis de ansiedade e stress.
O perfil levantado é de alunos com idade média de 32 anos, 46% homens e 54% mulheres. A maioria deles, 80%, já havia prestado o Exame da Ordem. Em uma primeira análise, foi possível constatar que mais de 70% dos entrevistados apresentavam algum nível de estresse.
O resultado oficial será divulgado (inclusive pelo Espaço Vital ) no segundo semestre de 2010, depois que todo o material coletado - agora sendo apurado e tabulado pelo Centro de Estatística Aplicada da USP - apontar os detalhes do estudo.
?A pesquisa já começa a traçar um panorama de um assunto para muitos bastante familiar, mas ao mesmo tempo desconhecido em sua real dimensão?, diz o advogado Renato Froelich. Ele avalia que "o chamado mal da modernidade deixará de ser, em breve, um mistério - pelo menos, para os bacharéis em Direito?.
Fonte: www.espacovital.com.br
O chamado mal da modernidade, quando o assunto é o Exame de Ordem, não é nenhum mistério para os bacharéis em Direito.
Pressão familiar, da sociedade e dos amigos fazem parte da receita que eleva o stress de quem vai se submeter ao Exame da OAB.
O exercício da advocacia é o único, de nível superior, que exige a submissão a um exame de proficiência profissional, e isso em uma profissão muito valorizada pela sociedade.
Não passar no Exame representa para muitos uma catástrofe, pois o adágio "ficou 5 anos em uma faculdade agora tem de passar - transforma-se em uma pedra no peito de qualquer bacharel.
Não tenho dúvidas de que o aspecto emocional é determinate para a reprovação de milhares de candidatos a cada prova, e aprender a controlar as emoções não é só uma conversa do campo da auto-ajuda: é uma necessidade real.
Pensem nisso!