O que fazer com a prova?

Sexta, 14 de outubro de 2011

Prezado Professor Rogerio Neiva,

Fiz uma prova recentemente e, no meu entender, fui relativamente bem. Por ter sido a primeira prova de um nível mais elevado que prestei, achei que o meu percentual de acertos correspondeu às minhas expectativas. Para passar ainda não dá, mas estou evoluindo.

Entretanto, tenho as seguintes dúvidas:

- imprimi a prova e o gabarito, sendo que também tenho em mãos o meu gabarito, mas não sei o que fazer. Devo refazer a prova simulando a situação de concurso?

como avalio meu desempenho? Devo ver quais questões mais errei e dedicar mais tempo de estudo a essas matérias? Marco as questões certas e estudo como se fosse um texto? Vejo as questões que errei e tento definir o motivo do erro? Agradeço desde já pela atenção!

Tiago.

 Olá Tiago! Tudo bem?

Inicialmente, manifesto minhas desculpas pela demora e espero que compreenda. Tenha a certeza de que vinha me preocupado com a sua mensagem pendente de resposta.

Apesar das limitações de tempo, estou tentando desenvolver uma linha de pesquisa sobre a resolução de provas e exercícios, baseado nas construções de Reuven Feurstein, uma das maiores autoridades atualmente no mundo sobre o tema da aprendizagem, autor da Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural e que iniciou seus estudos no trabalho de recuperação de crianças do pós-guerra, diagnosticadas com distúrbios de aprendizagem. Este ano tive a oportunidade de realizar um curso de formação neste método.

Digo isto porque esta pesquisa tem toda a relação com o que perguntou, o que espero proporcionar contribuições e avanços, para que, assim, possa ajudar de forma mais adequada.

Mas neste momento, concretamente, minhas sugestões são as seguintes:

- levante, dentro daquilo que não acertou, o motivo de não ter acertado;

avalie se, tendo tido contato com a informação solicitada, havia compreendido ou não;

- pondere se esta informação era do tipo arbitrária ou lógicaarbitrária é aquela que não conta com um sentido lógico para compreensão, por exemplo prazos processuais (porque o prazo do RE é de 15 dias? Porque o prazo decadencial da ação rescisória é de 2 anos? Trata-se de conceitos arbitrários); já quanto aos conceitos lógicos você tem algum sentido (qual o sentido da cláusulas pétreas?);

- pense em como tratar isto: estudando novamente, criando técnicas para ?memorizar? as informações arbitrárias?

- também procure identificar os blocos temáticos de dificuldade. Por exemplo, em Direito do Trabalho, matéria que ministro, é comum este bloco de dificuldade envolver segurança e medicina ou trabalho do menor, aliás, cheio de conceitos arbitrários.

Reflita sobre isto.

Aproveite e leia o texto do link abaixo, que tem alguma relação com a pergunta: O que fazer após as provas e como reagir diante das reprovações?

Espero, como sempre, sem a pretensão da titularidade do monopólio da verdade absoluta, que as ponderações apresentadas proporcione reflexões e avanços!

Abcs!

Rogerio Neiva

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Fonte: Blog Tuctor