Segunda, 22 de fevereiro de 2016
Muito bem! Neste último final de semana tivemos o nosso 2º simulado para a prova da 1ª fase do XIX Exame. Como já aduzimos antes, este é o simulado mais importante entre os 3 que aplicamos pois ele pode mostrar a tendência da preparação, ou seja, se o caminho está sendo corretamente trilhado.
Neste momento o candidato precisa comparar o seu desempenho atual com o desempenho do início da preparação, ou, com o desempenho do 1º simulado.
Agora é hora de verificar os seguintes pontos:
1 - Se os estudos estão produzindo resultados;
2 - Em quais disciplinas estão produzindo este resultado;
3 - Quais são as deficiências que não estão sendo debeladas.
Essas 3 respostas são FUNDAMENTAIS para eventual correção de rumo, se, claro, ele precisar ser corrigido. Pode ser, e é o que esperamos, que a preparação esteja avançando, progredindo, e o simulado pode mostrar isso, o que é muito bom, em especial para o psicológico e para a motivação.
E aqui voltamos, mais uma vez, ao conceito de análise de desempenho.
Quando criei o conceito de avaliação de desempenho para o Exame de Ordem tinha em mente, exatamente, este período de tempo. Isso, de corrigir o rumo com pouco mais de um mês de antecedência é extrema valia exatamente para o candidato depois não precisar fazer o diagnóstico da reprovação, o que é bem pior.
É aqui, neste momento, e com esta antecedência, que a análise faz sentido e pode render frutos reais para os candidatos. O objetivo aqui é verificar a existência de lacunas no conhecimento em função do que já foi estudado e mensurar o nível de apreensão do conteúdo. Se o desempenho não for satisfatório em determinados pontos, o candidato poderá então reforçar o estudo exatamente neles, sanando as lacunas identificadas. Isso, na hora da prova, será de extrema valia.
É algo fundamental!
Trata-se de afastar os achismos e suposições quanto ao rumo a ser seguido. O candidato consegue ter a exata noção do que deve estudar para cumprir seu cronograma e ir adequadamente preparado para a prova (ou minimamente preparado, a depender do momento do início dos estudos).

2ª Simulado para o XIX Exame de Ordem
Eu recomendo, ainda, que o simulado seja feito em conjunto com uma outra prova da OAB. Isso pelo simples fato de que a resolução de um só simulado ou prova não demonstra de forma conclusiva o estágio de preparação do candidato exatamente por não abranger um espectro largo de conteúdo a ser avaliado. A mensuração tem de ser abrangente para a leitura das condições de preparo ser mais fidedigna com a realidade do próprio candidato.
Isso, obviamente, demanda um esforço especial, pois fazer 2 ou 3 provas é algo um tanto quanto cansativo.
Mas, com segurança, os resultados obtidos serão muito úteis e poderão fazer uma real diferença na hora da verdade. O esforço certamente será recompensado com o diagnóstico.
Ao resolver o simulado e a prova, vocês terão de fazer a ANÁLISE DE DESEMPENHO e mensurar o atual estágio de preparação.
Enfim: revolvendo 3 ou 4 provas o candidato terá uma visão mais completa de sua própria realidade, pois será submetido a 240 ou 320 questões diferentes, abrangendo um universo maior de conteúdo jurídico, algo que apenas uma prova não proporciona.
Como se faz a análise de desempenho?
Como montar o diagnóstico?
Primeiro confiram o resultado dos simulados e provas. Vocês encontrarão as seguintes disciplinas, que deverão ser classificadas por ordem de IMPORTÂNCIA (a ordem de importância é determinada pelo número de questões cobradas em cada disciplina):
Primeiro Grupo
Direito Civil,
Direito Processual Civil
Direito do Trabalho
Direito Processual do Trabalho
Direito Penal
Direito Processual Penal
Segundo Grupo
Direito Constitucional
Direito Administrativo
Direito Empresarial
Terceiro grupo
Direito Tributário
Direito Internacional
ECA
Direito Ambiental
Direito do Consumidor
Direitos Humanos
Filosofia do Direito
4 - Disciplina especial
Ética Profissional
Em cada prova o candidato deverá estabelecer os percentuais atingidos em cada disciplina. Pode parecer um trabalhinho muito chato (e é um trabalhinho chato mesmo!) mas ele é fundamental se estabelecer o autoconhecimento. É impossível achar uma solução sem antes identificar o problema. O preço a pagar até finalmente achar a aprovação pode ser caro demais.
Vejamos nosso tradicional exemplo!
Em uma determinada disciplina, nas últimas provas, foram cobradas 7 questões. Vamos fazer uma análise hipotética do desempenho de um também hipotético candidato nas últimas provas:
Simulado 1 - 7 questões / 3 acertos - 43% de aproveitamento
Simulado 2 - 7 questões / 4 acertos - 57% de aproveitamento
Prova do XII Exame - 7 questões / 2 acertos - 28% de aproveitamento
Média percentual total de acertos - 42%
Isso deve ser feito com todas as disciplinas nos simulados e nas 2 provas passadas.
(NOTA: é fácil fazer um cálculo percentual. Considerem, por exemplo, que 8 (ou 6, ou 3 ou qualquer outro número) representa 100%. A partir daí faça uma regra de 3 simples: se 8 é igual a 100% (das questões de determinada disciplina em uma prova, X (que representa o número de acertos) é igual a Y (o percentual de acertos daquela disciplina percentualmente)
8 - 100%
X - Y%
Ao concluir o trabalho, prova por prova, o candidato terá um quadro do seu desempenho, e também informações muito úteis para iniciar uma reflexão. Com isso duas coisas podem ser constatadas:
1 - As disciplinas cujo desempenho é sempre ruim, ou seja, estão sempre abaixo dos 50% de acertos, tal como no exemplo acima;
2 - As disciplinas em que vocês se julgam bons, mas não são.
Essa descoberta, essencial como fator de autoconhecimento, permite a escolha do caminho para a adoção da solução mais adequada. Com o diagnóstico, é possível traçar a melhor estratégia para conseguir a aprovação na 1ª fase.
Como?
A partir do diagnóstico o candidato pode definir com precisão exatamente quais disciplinas deverão ser PRIORIZADAS a partir de agora, considerando que temos uma boa margem de tempo de hoje até o dia da prova.
Com a identificação das fraquezas, a solução EXATA poderá ser providenciada. Isso, no dia da prova, COM TODA CERTEZA, fará a diferença.
E, claro, precisamos falar um pouco do tempo restante daqui até o dia da prova. O tempo é um luxo, uma preciosidade para quem vai começar a se preparar ou quem já vem estudando e precisa avaliar o desempenho para suprir eventuais lacunas.
Na atual conjuntura do Exame, acredito que um candidato muito afim de passar na prova começa a se preparar com 6 meses de antecedência. Quanto mais tempo dedicado ao objetivo, melhor. Mas isso não é uma possibilidade para todos.
Mas como não temos mais 6 meses, precisamos lidar com o tempo restante. Um candidato deve dedicar no mínimo 4 horas de estudo por dia. No mínimo!
Aqui os finais de semana também entram no cômputo, e estes devem ser sacrificados em maior escala: 6 ou 7 horas.
Muito, não é?
Não é!
Como temos apenas 35 dias, a vida social necessariamente terá de ir para ao altar dos sacrifícios, e nem preciso explicar o porquê de tal imolação.
Arranquem todo o tempo disponível e estudem com afinco!
Se o tempo parecer demasiado, lembrem-se de fazer alguns intervalos para descansar a mente para poder depois voltar com força total.

Todo esforço - ao final - será recompensado!