Quarta, 29 de abril de 2015
Todo mundo está bem ciente do tamanho da pancada que foi a prova da 1ª fase do XVI Exame de Ordem. Apesar de não ter sido estatisticamente a pior prova de todas, foi, certamente, a prova tecnicamente mais difícil aplicada até hoje:
Exclusivo: e se eu dissesse que a 1ª fase do XVI Exame de Ordem não foi a pior de todos os tempos?
Aí vem a pergunta: será que a 2ª fase vai ser tão ruim quanto a 1ª?
Eu acredito que não.
Como eu já venho afirmando a muito tempo, e demonstrando de forma estatística, o Exame de Ordem é regido pelas estatísticas:
Sua reprovação na prova do domingo não é resultado do acaso: ela foi friamente planejada!
A única lição a ser retirada do dia de hoje: o Exame da OAB é efetivamente regido pelos números!
Isso é válido tanto para a 1ª fase como para a 2ª. E é válido porque a baliza é dada pelo percentual final de aprovação na prova.
Vejam o gráfico abaixo:
Marquei em vermelho as discrepâncias, as edições em que o percentual de aprovação final "saiu da curva" média de aprovação.
A regra é um percentual final que oscile na casa dos 15 a 18%, com média final de 17,5%.
Muito bem!
Neste XVI Exame de Ordem nós tivemos 111.816 inscritos, com 26.836 aprovados, o que dá um percentual de aprovação de 24%. Vamos somar isto com o número de candidatos que vieram da repescagem (29.783) e temos um total de 56.619 habilitados na 2ª fase do XVI Exame.
Agora vejam os percentuais de aprovação entre os aprovados nas últimas provas da 2ª fase:
Agora uma observação empírica: as últimas 2 edições da 2ª fase do Exame de Ordem foram as 2 melhores provas já aplicadas.
Por que eu digo isso?
Porque no XIV e XV Exames nós não tivemos controvérsias nas provas subjetivas. E, tirando a questão da errata na prova de Administrativo do XII e um problema na prova de Civil do XI, estas edições também podem ser consideradas razoáveis.
Isso tudo fruto do grande trauma gerado pela 2ª fase do X Exame de Ordem.
Candidato consegue na Justiça, já como advogado, vencer a tese que o reprovou no X Exame de Ordem
Moral da história
Não seria exagerado dizer que muito provavelmente não teremos problemas técnicos na 2ª fase, pois a FGV há 2 edições demonstrou que acertou a mão, com ensaios prévios no XI e XII Exame, e também os percentuais de aprovação deverão seguir os parâmetros das últimas 2 edições.
E aqui temos de dar a mão à palmatória: as provas nesta 2 últimas edições não foram fáceis, é verdade, mas também não foram nenhum terror. Quem se preparou direito se deu bem!
Eu não vou NUNCA botar a mão no fogo pela FGV e jurar de pés juntos que a prova vai ser 100%. A experiência proíbe tamanha ousadia. Mas, dado o contexto e o histórico, creio que teremos pela frente provas subjetivas boas o suficiente para fazer justiça a quem se dedicou de verdade aos estudos.
Vamos deixar de lado, EVIDENTEMENTE, a questão da correção das provas, que é um outro problema. Só estou tratando aqui da qualidade dos enunciados e do grau de dificuldade das provas em si, e não da forma como abanca vai corrigir as peças.
Isso aí é uma outra história.
Estamos bem pertinho da prova, 18 dias para ser mais preciso. Esqueçam o próximo feriado e metam opé no acelerador dos estudos!
A sorte - e as estatísticas - conspiram a favor de vocês!