Quarta, 20 de janeiro de 2021
Um candidato vai para a prova da 1ª fase e tira 39 pontos. Isso é muito comum, evidentemente, e é mais comum ainda este candidato ficar se lamentando pela falta de sorte e pelo mísero pontinho perdido.
Comparando os 39 pontos com 40 a diferença é ínfima: a menor possível.
PIOR! E quando o candidato acerta os 40 pontos e no dia seguinte a OAB retifica o gabarito, e ele cai para 39 pontos? Isso aconteceu no XXVII e XXVIII Exames, e foi muito traumático para muitos candidatos.
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Mas os números não mostram a realidade, e a realidade é que essa diferença é MUITO MAIOR do que se imagina.
A prova tem 80 questões e elas abordam um universo muito grande de leis e doutrina. Imaginem todo o volume de temas vinculado ao Direito Civil, por exemplo. E de todo esse universo de conteúdo apenas 7 questões podem ser formuladas pela FGV.
Ou seja: para acertar as 7 questões é preciso dominar uma parte significativa do conteúdo da disciplina.
Um exemplo mais vertical ainda. Imaginem que Ética Profissional passe de 8 questões para apenas 1 na prova, mantendo todo o volume de conteúdo a ser estudado atualmente.
Para ter a certeza de que essa única questão será resolvida corretamente, o candidato tem de saber TUDO da disciplina. Se ele domina 90% do conteúdo corre o risco da questão ser formulada com os 10% restantes. Se ele errar a questão o seu desempenho será de 0% na disciplina, mesmo dominando os 90% restantes.
São 17 disciplinas, um monte de diplomas normativos, mais um outro tanto de doutrina e jurisprudência, e tudo para ser demandado em apenas 80 questões.
Percebem que adicionar mais um acerto ao cálculo significa dominar um naco bem grande de conteúdo?
Sim, a diferença entre 39 e 40 pontos pode ser, sem dúvida, de 4 ou 5 dias de estudo a mais.
E isso NÃO É pouca coisa.
Claro! A diferença pode ser também derivada de uma falha metodológica na preparação, ou mesmo de fatores de ordem emocional, mas ainda assim, quanto mais se estuda maior a probabilidade de aprovação.
Podemos considerar no cálculo a fato da banca não anular questões nitidamente equivocadas, mas isso tem de ser considerado como um elemento a ser superado também. Sim, é preciso sempre estudar para tirar bem acima dos 40 pontos, pois a banca (e a falha em algumas questões) podem atrapalhar o projeto de aprovação.
Intensivo OAB para o XXXII Exame de Ordem
Logo, se você está tirando 38 ou 39 pontos nos seus simulados PRECISA fazer uma análise séria das causas desse desempenho e buscar reparar a preparação, estudando ainda mais.
Lembrem-se: a reprovação não é por apenas um ponto, mas sim por muito mais.
Cada ponto na prova significa vários dias de estudo, com muitas questões resolvidas, aulas visualizadas e revisões efetivadas. A diferença entre 39 e 40 pontos é muito maior, maior mesmo, do que os simples números indicam.
Pensem nisso!