Quinta, 18 de agosto de 2016
Quem são os aprovados de primeira no Exame de Ordem? Essa é uma pergunta interessante, pois ninguém tem a menor vontade de fazer a prova mais de uma vez.
Entretando, essa é uma realidade para apenas 40% dos candidatos, considerando os examinandos do II ao XVII Exames. Esses 40% representariam 143 mil candidatos dentro deste período. Para 75% dos aprovados no Exame (269 mil examinandos), foram necessárias até três participações para obtenção do aproveitamento necessário na segunda fase.
Logo, a maioria significativa dos aprovados leva até 3 edições para ser aprovada. A partir daí o desempenho decaí sensivelmente.
Torna-se nítida portanto a necessidade de investir bastante na preparação logo de plano, pois a cada reprovação não só o tempo passa como também o desanimo vai fazendo sentir seus efeitos, tornando a empreitada mais difícil.
A FGV, identificando cada candidato por seu CPF, consegue avaliar e filtrar o desempenho com base no número de participações no Exame de Ordem. Entre a II e a XVII edições,
os examinandos realizaram 2,9 inscrições em média. Com isso, é possível afirmar que a cada nova edição, cerca de 30% dos examinandos presentes na primeira fase participaram da prova pela primeira vez.
Os dados referentes a essa análise evidenciam uma relação inversa entre a taxa de aprovação e o número de participações no Exame de Ordem. Confiram no gráfico abaixo:
A FGV tem uma hipótese para justificar essa lógica de desempenho:
"Uma das possíveis hipóteses para justificar essa relação está associada à melhor formação e preparação dos examinandos que são aprovados logo nas primeiras oportunidades. À medida que são necessárias novas tentativas, restam indivíduos cada vez menos preparados para atender às exigências do Exame, o que explicaria o menor aproveitamento."
Sim, faz sentido imaginar que os aprovados logo de plano são aqueles que tiveram uam formação melhor na facudlade ou que iniciaram a preparação para a prova com antecedência e qualidade. A percepção da FGV está correta neste ponto.
Vejamos, por fim, o percentual de aprovação por edição, do II ao XVII Exames:
Moral da história: quem está indo para a 4ª prova precisa ficar ligado, pois a preparação não tem sido adequada, considerando a média dos candidatos. Ir para a 4ªprova significa ter de, necessariamente, repensar todo o próprio conceito de preparação e rever toda a estratégica, reformulando-a.
A 4ª reprovação é um indicativo estatisticametne comprovado de que algo está errado. E, claro, algo precisa ser feito.