Segunda, 16 de novembro de 2020
Muitos candidatos enfrentam o mesmo problema em sucessivas provas: só conseguem fazer 39 pontos.
Sim! É uma reclamação comum!
Imaginem vocês: o candidato reprova 1 vez estudando por QUATRO meses e fazendo 39 pontos. Quando reprova uma 2ª vez, estudapor OITO meses e tira os mesmos 39 pontos.
Nem preciso dizer que algo está errado.
Fundamentalmente errado!
Fazer a prova por 2 vezes e tirar a mesma nota significa entender que um candidato NÃO consegue assimilar informações novas sem perder informações antigas.
Ou seja: estuda e esquece
Por exemplo: quem está estudando para a OAB por pelo menos 8 meses. A manutenção da nota - 39 pontos - em 2 edições diferentes significa dizer que um candidato NÃO consegue assimilar novos conteúdos, ou, assimila informações novas mas esquece outras.
Nova projeção para a 1ª fase do XXXII Exame de Ordem: 28 de fevereiro!
Não é normal, por assim dizer, manter o mesmo desempenho ao longo de duas edições. Nem é preciso comentar os casos em que o candidatos já passou da quinta tentativa ou mais...muito mais.
Ou seja: é nítido que existe um problema metodológico na forma como ela estuda.
Vencer essa limitação, evidentemente, é fundamental para a aprovação, e o trabalho para isso deve começar o quanto antes.
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Alguns elementos-chave potencializam a manutenção deste tipo de desempenho, como a perda de rumo (direcionamento de como estudar), pressão familiar (parentes no geral) e o nervosismo, que são componetes aptos a atrapalhar a evolução na assimilação do conteúdo.
O que fazer de agora em diante?
1 - Sobre a limitação de desempenho
Muitos, mas muitos candidatos vivem batendo na trave na 1ª fase. Parece até um carma, uma espécie de "encosto" intelectual, e, evidentemente, é algo extremamente frustrante.
Por óbvio, a manutenção de uma média de pontos na chamada "zona limítrofe de aprovação" (35-39 pontos) deriva, essencialmente, de uma capacidade em se absorver um volume maior de conteúdo que impulsione o candidato para a zona de aprovação (40), e essa permanência na zona limítrofe geralmente tem uma razão simples de ser: o candidato NÃO muda sua metodologia de estudos.
Quem espera resultados diferentes usando o mesmo método incorre em grave erro! É preciso saber e querer mudar quando a resposta não satisfaz!
Identifique as disciplinas em que o desempenho é RUIM!
Não adianta bater em prego que já foi martelado! É preciso bater nos pregos que ainda não entraram na cabeça. As disciplinas em que o desempenho é RUIM precisam de um upgrade no desempenho!
Resolva MUITOS exercícios das disciplinas com um desempenho ruim e aprenda com os erros!
Sim, vocês vão resolver muitos exercícios das disciplinas em que o desempenho não é bom e vai, evidentemente, errar bastante.
Aprendam com os erros! Verifiquem porque cada erro aconteceu e como saná-lo!
Provas anteriores do Exame de Ordem
Confiram também os cursos do Jus21 que estão em promoção:
O Jus21 já lançou o seu Curso Intensivo para o XXXII Exame de Ordem, um curso feito para entregar a melhor preparação possível para apróxima prova objetiva da OAB.
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Acertar 20% do necessário é FUNDAMENTAL!
Quem fica na zona limítrofe tem a OBRIGAÇÃO de acertar as 8 questões!
2 - Sobre o medo da prova e o nervosismo
Por pior que seja a prova, candidato algum pode pensar em fazê-la já projetando hipotética derrota.
Isso é péssimo para o emocional.
NÃO existe fórmula, mantra, oração, esquema, artifício ou sei-lá qualquer outra coisa apta a controlar um estado de espírito. Ou o candidato está realmente preparado e sabe disso, indo para a prova confiante e seguro, ou simplesmente, em maior ou menor grau, vai sentir a pressão pelo resultado positivo.
Primeiro ponto: ACEITEM o medo. Vocês são feitos de carne e osso e não de aço.
Ou seja: ter medo é normal.
Segundo ponto: se vocês terminaram o curso de Direito e estão estudando para a prova poderão, por mais inacreditável que pareça ser, serem aprovados.
Se vocês são candidatos é possível conseguir a carteira da OAB. Tanto para vocês como para qualquer outro candidato, pois o Exame é difícil mas não é impossível.
Esse é o ponto!!
E se assim é, temperem o natural medo com um pouco de confiança em si mesmo, na sua inteligência e capacidade.
Acrescente uma pitada de esperança também!
E medo ou não, a prova é inevitável, e se é inevitável, relaxe, vocês terão de fazê-la. Cedo ou tarde, se quiser advogar, terão de fazê-la. E lembrem-se: as derrotas anteriores têm uma causa. E atacar a causa vai inexoravelmente fazer o desempenho melhorar (vocês leram o 1º tópico, é claro!)
Munam-se de esperança, pois ela EXISTE!
3 - Sobre a pressão familiar
"Você tem de passar"
não é só o resultado
de uma pressão interna,
derivado dos receios do
próprio examinando.
"Você tem de passar"
também é uma imposição
que vem de fora,
e na maior parte
da vezes, de dentro de casa.
Pior!
Não é só ter de passar. É se dedicar a isto e ainda ser criticado. O "mas você só estuda" parece uma acusação, uma declaração de que o estudante é uma espécie de vagabundo inútil indisposto ao trabalho.
E ouvir isso dói.
Não se iludam: a pressão de dentro de casa é comum para muita gente. Tanto examinandos quanto concurseiros sofrem com essa estigmatização. Entre os examinandos, em especial, quando as reprovações se acumulam, a descrença entre os familiares pesa ainda mais.
Sei de histórias de verdadeiras opressões, massacres emocionais sobre quem já está encurralado pelas circunstâncias.
E o que fazer nestes casos, quando a adversidade vem de dentro de casa?
Uma solução real, de ordem prática, é bem difícil de apresentar. Em especial quando se trata de uma relação familiar. Conversar, explicar e mostrar causas e razões não são tarefas simples, em especial com quem é do convívio diário. Não existe uma fórmula única para uma multiplicidade de distintas relações familiares.
Sobre cada um de vocês existe um sonho, uma expectativa de terceiros, em especial dos pais. Qual pai não quer ver o sucesso do filho? E quando esse sucesso não vem na hora certa? O sofrimento, curiosamente, não é só do examinando, também é do pai e da mãe, e muitas vezes a única forma que eles têm de extravasar a própria ansiedade é na cobrança por resultados.
Isso é normal, claro! Mas pode ir um pouco além do normal, e a frustração pode desencadear uma cobrança exagerada, cujo resultado pode ser, ao invés de mais dedicação, uma ansiedade extremada, reflexo da incapacidade de atender aos anseios dos pais na hora certa. E a hora certa é a hora deles.
E o que é ansiedade, afinal de contas?
A ansiedade é uma das emoções mais perturbadoras que existem, também chamada de medo ou nervosismo. Ele é o resultado de acontecimento importantes na vida da pessoa, sejam eles negativos ou positivos. No nosso caso, ela seria resultante de uma experiência difícil (o relacionamento familiar e a cobrança) derivada de uma adversidade na vida: a dificuldade em ser aprovado na OAB.
Não se trata só de uma condição emocional. A ansiedade pode desencadear alterações físicas, comportamentais e até mesmo cognitivas. Esse impacto no organismo possuiu um termo médico específico - respostas de ansiedade - podendo gerar alterações diversas no comportamento, como o instinto de luta ou a paralisa, a inação.
A ansiedade gerar uma percepção interessante: a de que se está em perigo, sob ameaça, vulnerável em um determinado momento.
Existem uma série de ameaças que desencadeiam a resposta "ansiedade". No caso da pressão familiar por conta da aprovação, a ameaça é classificada como "ameaça social", derivada da percepção de que a pessoa está sendo rejeitada, humilhada, envergonhada ou criticada.
Cada organismo, evidentemente, reage de uma determinada maneira quando se encontra em um estado de ansiedade, mas é um fato de que o desempenho nos estudos é diretamente atingido diante de um quadro desse.
O quadro pode inclusive evoluir para uma série distintas de transtornos de ansiedade, que é um quadro clínico sério.
Algumas famílias cobram pelos resultados para dar uma "satisfação" a sociedade em razão dos 5 anos de curso, o bom desempenho na faculdade durante este tempo, ignorando que tal pressão tem um imenso potencial de gerar o efeito contrário, prejudicando o examinando.
A questão é séria, não é fácil de lidar com ela e não é brincadeira ou frescura.
Uma forma de lidar com isso é aproveitar a pressão para se entregar ainda mais aos objetivos. Fazer da pressão, se possível, um estímulo.
Esta é uma alternativa.
O auxílio médico também pode ser necessário, caso haja a percepção de que o emocional está tão desgastado que uma solução não pode ser encontrada sozinha.
Uma alternativa que pode ser adotada é o estudo fora de casa, em uma biblioteca, na faculdade ou na casa de amigos. Ao menos pelo lapso de tempo em que se está estudando, considerando que o ambiente de estudo é estranho ao ambiente familiar, onde a pressão é mais perceptível, a mente pode se concentrar no objetivo - o estudo - e deixar em segundo plano as preocupações.
Não é exatamente a melhor solução, pois se trata de uma fuga, mas serve de paliativo e pode ser útil até o objetivo ser atingido.
E, claro, e de preferência, uma conversa franca e aberta sobre o contexto pessoal com os pais representa a melhor solução.
Se serve de consolo, esta é uma realidade compartilhada por muitas, mas muitas pessoas mesmo.
Enfrentem isso com sinceridade e de frente.