Quarta, 8 de fevereiro de 2012
No Exame passado, quando a OAB divulgou a única questão anulada, eu liguei para o professor Renato Saraiva para informá-lo. Ele estava em aula e dei, em viva voz, a notícia aos alunos.
Mais tarde o professor Renato me ligou e disse que naquela hora muitos alunos se levantaram e foram embora: a única anulação não havia servido para eles.
Esse é o drama de quem fez 37, 38 ou 39 pontos: as anulações serão úteis?
Já teci considerações sobre perspectivas e probabilidades na postagem Quantas questões poderão ser anuladas da prova objetiva do VI Exame da OAB?
Na notícia de ontem sobre a reaplicação da prova para os candidatos de Duque de Caxias - OAB fará nova prova do Exame para candidatos de Duque de Caxias - soubemos que esta edição do Exame teve 101.896 inscritos e 99.712 presentes na 1ª fase.
Bom...neste quadro, vou tecer algumas considerações extras na tentativa de ajudá-los a tomar uma decisão.
Mas antes faço uma advertência! Em princípio quem não passou simplesmente não passou: está reprovado. Se for investir em um cursinho saiba que o risco de não conseguir ser aprovado nos recursos é sempre MAIOR do que a probabilidade de lograr sucesso, MESMO para quem acertou 39 questões.
A anulada precisa ser uma das que o candidato ERROU. Se ele fez 39 pontos, projetando o fator da aleatoriedade ele teria 50% de chances de se dar bem ou mal. Na 1ª postagem "linkada" acima teço considerações sobre probabilidades. Utilizem-a como parâmetro.
Pois bem...
Conversei com um advogado que também entende de Exame de Ordem e estranhamos o fato do volume de comemorações nas redes sociais não ter sido alto (esse "volume", curiosamente, é um bom termômetro), apesar da prova não ter sido considerada muito difícil, ou bem mais difícil comparando com a última edição.
Parece que o período de final de ano atrapalhou o estudo dos candidatos. Não só tivemos um número de inscritos nesta edição menor que nas anteriores como o verão brasileiro deu uma arrefecida nos estudos.
Moral da história: provavelmente teremos um número menor de aprovados nesta prova objetiva comparando com a última prova.
Esse é um ponto.
O segundo está ligado ao fato de que poucas questões são objeto de questionamento dos candidatos nesta edição. Andei sondando a web e apenas seis são questionadas, e nem todos os recursos são bons o suficiente para convencer plenamente de suas razões.
Recorrer por recorrer NUNCA foi efetivo. A escolha com certeza não está ligada a aspectos técnicos.
O que vou escrever agora é um achismo meu, ou seja, a margem de erro é uma variável relevante.
Eu aposto em 2 anuladas.
Se errar, e o erro será para mais uma ou menos uma questão. A margem é de 1 a 3 questões.
Dificilmente sairá disso.
Mas a aposta é essa: 2 anuladas!
Não teremos muitos aprovados comparando com a edição passada mas também não será um massacre. Cada anulada joga mais 3 a 4 mil candidatos na faixa de aprovação e a OAB não está muito disposta a quebrar recordes e recordes.
Para mim a baliza é essa.
Eis então o conselho: quem fez 38 ou 39 pontos pode assumir o risco.
Quem fez 37 ou menos, não.
Claro! Não é necessário deixar de estudar!! Estou falando apenas de investir uma grana em um curso preparatório. Estudar independe disso!
Agora é esperarmos a decisão da OAB, marcada para o dia 06/03. A prova da 2ª fase está prevista para o dia 25/03.